«Esto representa una violación inadmisible de la soberanía brasileña. Tal práctica es incompatible con la confianza de una asociación estratégica entre ambos países» – Luiz Alberto Figueiredo, canciller brasileño, sobre espionaje de EEUU a Dilma

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Governo cobra americanos por espionagem

Dizendo-se «inconformado» e «indignado» com as informações de que a presidente Dilma Rousseff foi alvo direto de espionagem americana, o governo brasileiro cobrou ontem uma resposta formal dos EUA sobre o caso.

Em reunião com o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, o ministro Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) solicitou «explicações formais por escrito» a respeito das acusações de monitoramento.

Ontem, Shannon não desfrutou da informalidade comum em encontros na sala do chanceler e sequer sentou-se no sofá do gabinete. Da mesa, Figueiredo afirmou em tom mais duro que o de praxe que o Brasil está «irritado».

O embaixador não deu nenhuma explicação, mas prometeu levar ainda ontem os pedidos do Brasil à Casa Branca. A expectativa é de que os EUA se posicionem ainda nesta semana.

«Isso representa uma violação inadmissível e inaceitável da soberania brasileira. Esse tipo de prática é incompatível com a confiança necessária a uma parceria estratégica entre os dois países», disse Figueiredo em entrevista ao lado do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).

Os dois trataram do tema em uma reunião emergencial convocada por Dilma.

«O tipo de reação [do governo brasileiro] vai depender do tipo de resposta que for dada», acrescentou o chanceler.

«Se a violação do sigilo atingiu a presidente, o que não dizer de cidadãos brasileiros e de empresas?», questionou Cardozo.

A reação acontece após o «Fantástico», da Rede Globo, revelar que Dilma e assessores teriam sido monitorados pela NSA (Agência de Segurança Nacional) dos EUA. A denúncia se baseia em documentos vazados pelo ex-técnico Edward Snowden.

Ontem, o governo evitou apontar que medidas pode adotar contra os EUA, além de levar o caso a instâncias internacionais como a ONU –já anunciada anteriormente.

Cardozo, contudo, admitiu que a situação chegou a um novo patamar. «Quando a violação da soberania se dá não para investigar ilícitos, mas para uma dimensão política, empresarial, do ponto de vista valorativo a situação fica, sem sombra de dúvida, piorada», disse.

Ele lembrou que, recentemente, os EUA informaram «textualmente» que não foram feitas interceptações com objetivo político ou econômico.

Diante da acusação, o chanceler defendeu uma «regulamentação internacional» para o tema.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/127249-governo-cobra-americanos-por-espionagem.shtml

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