Brasil al balotaje: Dilma critica el tono agresivo de la oposición y Aécio no cree en las encuestas

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Na zona leste paulistana, Dilma critica tom agressivo da oposição

A presidenta e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) voltou a criticar o tom belicoso da campanha eleitoral deste segundo turno, disseminado por Aécio Neves (PSDB) e pela mídia tradicional. “Nós estamos diante de uma eleição, talvez a eleição mais conflituosa dos últimos anos. Nunca uma eleição teve aspectos tão agressivos quanto esta.” As declarações foram feitas ontem (20), diante de representantes dos movimentos sociais de cultura e juventude durante encontro em uma praça do Conjunto Habitacional José Bonifácio, em Itaquera, bairro da zona leste de São Paulo.

Participaram artistas do movimento hip hop brasileiro, como GOG, Emicida, Crônica Mendes, Negra Li, Markão DMN, representantes da Liga do Funk, como o MC Thelles Henrique, e também autoridades políticas, como o  ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal reeleito pelo Rio de Janeiro Jean Wyllys (Psol) e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Essa agressividade, segundo Dilma, tem raiz em “uma tentativa sistemática de pregar inverdades, informações parciais”. “Nós enfrentamos uma verdadeira guerra da comunicação contra aquilo que é a verdade dos fatos neste país, quando não ocultam”, afirmou a candidata petista, citando a campanha do PSDB, que atribui a criação de programas como o Bolsa Família e o Prouni a governos tucanos.

“Ora, eles foram contra o Bolsa Família. Chamaram o Bolsa Família de Bolsa Esmola. Aquilo que eles falam que é a origem do Bolsa Família  não passa de um programa pequeninho, feito para poucos. Pra vocês terem uma ideia, o que eles gastaram em oito anos a título de Bolsa Família  é o que nós gastamos em dois meses pagando Bolsa Família. Hoje, eles falam que farão o Prouni. Como? Se eles entraram na Justiça querendo anular o Prouni“, acrescentou.

Dilma disse que o PSDB até faz programas sociais, mas para “muito poucos” beneficiados, “porque, na origem, no meio e no fim, eles [PSDB] são elitistas. Eles são aqueles que não olham o povo. Eles são aqueles só olham a minoria.” “É um bando de mentiras colocadas num papel celofane, aparentemente defendendo aquilo que é indefensável.”

Ela também atribuiu a campanha dura como uma forma da candidatura como tática adotada pelos adversários, que entregaram o governo federal em 2002 com taxas de desemprego elevadas e tendo “quebrado três vezes” o país. “Daí porque a conversa tem que, preferencialmente, baixar o nível, porque é o único nível que eles conseguem disputar de fato e de direito. Eles condenaram o Brasil e nós fizemos no Brasil.”

A presidenta ainda assumiu compromissos com negros, mulheres e LGBT. «Eu tenho o compromisso de lutar contra a discriminação da juventude negra desse país, contra os autos de resistência, contra esse morticínio. Assim como tenho um compromisso de lutar contra a violência que vitima a mulher. E também contra a homofobia, temos que criminalizar a homofobia. E para desenvolver a democracia, vai precisar de uma reforma política”, comprometeu-se a presidenta.

Ódio seletivo

Em seu discurso, Lula acusou a oposição de difundir o ódio contra o PT. “Nós nunca falamos com eles metade das grosserias que eles falam com a gente. Tem gente sendo agredido nas ruas, tem gente sendo agredido nas periferias desse país e é ódio que eles conseguiram disseminar contra o PT, contra a esquerda, contra a presidenta Dilma.”

Um dos reflexos disso, de acordo com o ex-presidente, é o discurso de negação da política, que, como resultado prático, se refletirá em uma composição mais conservadora do Legislativo federal nos próximos quatro anos. “Seis meses atrás, eles tentavam insinuar que a juventude não gostava de política. E eles tentaram fazer a juventude negar a política, falando mal a vida inteira da política pra tentar negar. Porque toda vez que a sociedade nega a politica, o que vem é pior”, disse o ex-presidente.

“Você vai ver, presidenta, que o Congresso Nacional eleito agora é um pouco pior que o que termina o seu mandato. Pior do ponto de vista ideológico. Foi eleito mais ruralista, foram eleitos representantes dos empresários e foram eleitos menos representantes de vocês (trabalhadores) no Congresso Nacional. É importante a gente ter em conta que uma das coisas que a elite sabe fazer muito bem é negar a política todo santo dia para que vocês não gostem de política. E a desgraça de quem não gosta de política? É que é governado por quem gosta. E se quem gostar forem só eles, nós estamos prejudicados”, adicionou.

Lula se mostrou indignado por Aécio Neves ter chamado Dilma Rousseff de “leviana” e “mentirosa” ao longo do segundo debate eleitoral do segundo turno. “Eu jamais imaginei que um pretenso candidato a presidente da República pudesse chamar a presidenta de mentirosa nas câmeras de televisão. Eu jamais imaginei que ele pudesse chamar a nossa presidenta de leviana”, afirmou, acusando o adversário tucano de ser agressivo e cínico apenas para deixar Dilma nervosa.

“Não é possível que esse rapaz não tenha tido educação de berço para respeitar as pessoas mais velhas do que ele, respeitar as mulheres, respeitar uma mãe e uma avó, mas, sobretudo, respeitar uma mulher que está num cargo que é uma instituição, a Presidência da República.”

Para o ex-presidente, a resposta que será dada para a oposição será uma nova vitória nas urnas, mas ele pediu para que Dilma mantenha os nervos sob controle para o último debate presidencial, marcado para esta sexta-feira (24) na Rede Globo. “Você vai ter o último debate da televisão. Em nenhum momento, companheira, se iguale a ele. Em nenhum momento, faça o jogo rasteiro que ele está fazendo. Em nenhum momento, aceite provocação.”

“Não tem folga. Daqui para frente é a Miriam Leitão falando mal da Dilma na televisão, e a gente falando bem dela (Dilma) na periferia. É o (William) Bonner falando mal dela no Jornal Nacional, e a gente falando bem dela de casa em casa. Nós contra eles”, finalizou.

«Eu tenho memória»

O deputado Jean Wyllys ressaltou, entre os motivos para apoiar Dilma, a abertura para o diálogo num segundo mandato da presidenta e avanços que a administração do PT no governo federal trouxeram para o Brasil.

«No primeiro turno, eu não votei na presidenta Dilma, mas no segundo decidi votar na presidenta Dilma porque, de fato, o governo do PT, além de todos os avanços desses 12 anos, é o governo que se abre para o diálogo com essas minorias. Não há diálogo noutro espaço. Então, por esse motivo, eu decidi não lavar as mãos e ficar em cima do muro. Eu assumi um lado, com a consciência de que vou continuar fazendo pressão para que haja políticas públicas pra essas minorias. O governo precisa disso e eu sei que ele vai se abrir para isso», destacou o parlamentar.

«Além disso, eu tenho memória. Quando eu entrei na faculdade de comunicação da UFBA (Universidade Federal da Bahia) só havia uma pessoa que pegava ônibus na minha turma, que era eu. Pegava ônibus e trabalhava. Os demais todos tinham carro e não havia um negro na sala de aula. Eu voltei agora para dar uma palestra e agora a paisagem humana da faculdade de comunicação mudou. Hoje, há negros e pessoas da periferia. Isso é muito significativo e eu não posso desprezar isso neste momento. Então, estou com a presidenta Dilma.»

Rede Brasil Atual

 

Aécio minimiza resultado de pesquisa e diz que institutos já tiveram ‘erros grosseiros’

O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, minimizou nesta terça-feira as pesquisas de intenção de voto ao reagir aos resultados apresentados na terça-feira, com a presidente Dilma Rousseff numericamente à frente dele, segundo o último Datafolha. O tucano chegou a ironizar o resultado.

— Pelo que vimos das pesquisas no primeiro turno, esse Datafolha já está me dando como eleito. Sou o próximo presidente da República se a diferença (entre mim e ela) for essa.

Aécio se amparou à diferença verificada no primeiro turno, quando a última sondagem, feita na véspera, indicava que ele tinha 26% das intenções de voto. O resultado das urnas, no entanto, apontou que ele chegou em segundo lugar com 33,55%.

O candidato disse que não vai se abalar com levantamento divulgados nesta reta final porque, segundo ele, no passado as pesquisas cometeram “erros grosseiros”.

— Em todas as nossas pesquisas, estamos com margem enorme e muito maior do que essa sobre a candidata. Se eu me abalasse com pesquisas, certamente não teria tido o resultado que tive no primeiro turno.

Sobre denúncias de que pessoas do PSDB estariam envolvidas no escândalo da Petrobras, o tucano disparou:

— Eu já disse que tudo tem que ser investigado. Se cometeu ilicitude, tem que pagar por ela. — disse ele, acusando ainda o PT de “impedir as investigações e transformar culpados em heróis”.

O Globo

 

Datafolha: Dilma tem 47% dos votos totais e Aécio, 43%

Em nova pesquisa Datafolha desta terça-feira, Dilma Rousseff (PT) aparece com 47% dos votos totais, enquanto Aécio Neves (PSDB) manteve os mesmos 43% da pesquisa divulgada na segunda-feira. Brancos e nulos foram de 5% para 6% e indecisos, de 6% para 4%.

Considerando os votos válidos, Dilma está com 52% e Aécio, com 48%, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

Os números apontam um empate técnico no limite máximo da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa desta terça-feira ouviu 4.355 eleitores. O registro no Tribunal Superior Eleitoral é BR-01160/2014.

O levantamento aponta ainda dados sobre a inflação. Em abril, o índice dos que achavam que a inflação ia aumentar era de 64%. No fim de setembro, o número era de 50%. Na pesquisa desta segunda, apenas 31% apostam que a inflação vai aumentar. Para 24%, a inflação vai diminuir.

O aumento do otimismo, segundo a Folha de S. Paulo, motivado pela campanha eleitoral — tanto de Dilma, quanto de Aécio. A explicação é que a maioria dos eleitores de Dilma e Aécio apostam que os respectivos candidatos vão vencer a eleição, favorecendo a tendência de acreditar que o futuro presidente terá condições de promover melhorias.

O levantamento mostra ainda mostra o avanço de Dilma entre eleitoras mulheres — de 42% para 47% desde o dia 9 —, no grupo dos trabalhadores que recebem entre dois e cinco salários mínimos — de 39% para 45% desde o dia 15% — e no Sudeste — de 34% para 40% desde o dia 9.

O interesse pela eleição também aumentou: passou de 39% no fim de agosto para 50% na pesquisa desta terça.

Zero Hora

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