Brasil al balotaje: Dilma y Aécio Neves comienzan a disputarse los votos de Marina

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Dilma diz que parte dos votos de Marina vai se dividir

Em entrevista coletiva, nesta segunda-feira, a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, disse que acha uma temeridade falar sobre os apoios no segundo turno. «Óbvio que muitas vezes os apoios não dependem só de uma pessoa, tem várias instâncias. Nós temos certeza que uma parte dos votos vai se dividir entre eu e o outro candidato», afirmou.

Dilma declarou ainda que recebeu um telefonema «gentil e civilizado da candidata Marina». «Ela me cumprimentou pela eleição, eu agradeci o cumprimento e disse que tenho certeza que nós também lutávamos para melhorar o Brasil, em que pesem nossas diferenças».

A candidata antecipou que vai começar a campanha nesta terça-feira. «Vamos fazer primeiro a reunião de todos os governadores e senadores da minha base, eleitos no primeiro turno. E também dos governadores em que não há disputa dentro na base. Em princípio a gente vai aguardar para avaliar. A tendência nossa é começar pelo Nordeste, ir para o Sul, Minas Gerais e São Paulo na sequência. Iremos no tempo necessário pra todos os estados do Nordeste», acrescentou.

Antes de responder às perguntas dos jornalistas, Dilma disse que as urnas mostraram, em primeiro lugar, que a população quer garantir o que já conquistou. «Segundo, achando que se deve corrigir o que não está bom, mas terceiro também dizendo que temos que avançar mais. E disse também que vamos ter mais uma vez no Brasil dois projetos se confrontando. Esses dois projetos têm uma peculiaridade. Ambos têm práticas de governos que ocorreram, então não vamos comparar só programas, mas também governos muito concretos que apresentaram propostas para o Brasil, tiveram tempo de fazê-lo, ao contrário de quem nunca tinha governado o país antes», afirmou.

Dilma criticou mais uma vez os governo tucanos que, segundo ela, quebraram o país. «Esses dois projetos, eles se enfrentam, e quando digo que voltam os fantasmas do passado, me refiro ao que ocorreu durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Diante da crise, quebraram o País três vezes. As taxas de juros foram as mais elevadas praticadas no Brasil em períodos pós Plano Real. Praticaram taxas de juros de 45%. E, ao mesmo tempo, tiveram taxa altíssima, média em torno de  25%, e por ai».

«Mas, além disso, jamais colocaram os pobres no orçamento. Todas as políticas sociais foram restritas, feitas para poucas pessoas. O Brasil tem 202 milhões de habitantes, então politicas que fazem a diferença tem que ser compatíveis com esse número de habitantes», acrescentou.

A petista também alfinetou a escolha de Armínio Fraga como ministro da Fazenda de Aécio. «Eu não tenho que repetir o ministro do Aécio Neves. Até porque indicar o Armínio Fraga é um complicador pra ele, porque foi justamente no período em que ele era ministro da Fazenda que a inflação saiu por duas vezes do limite superior da política de metas. Em 2001 a inflação foi a 7,7%, e em 2002, foi a 12,5%. Além disso, foi também na gestão do Armínio Fraga que tivemos a maior taxa de juros desse período, de 45%. Isso é uma coisa muito complicada. Cada um opta pelo que quiser, tenho um governo e os números do meu governo são claros».

Aécio diz ver «absoluta convergência» com programa de Marina

O candidato do PSDB, Aécio Neves, também deu entrevista coletiva e disse que aguarda com “cautela” qualquer confirmação de apoio, mas fez um aceno à ex-senadora Marina Silva ao dizer que sua “candidatura é a encarnação da mudança” e que o seu programa de governo tem diversos pontos em comum com o programa de Marina.

Informado de que as prioridades de Marina seriam o compromisso com o “fim da reeleição, a sustentabilidade e a manutenção dos avanços já conquistados” no País, Aécio disse que vê nesses e em outros pontos “absoluta convergência” com aquilo que propõe.

“Se vocês avaliarem os nossos programas, vão encontrar muito mais pontos de convergência do que pontos de divergência”, afirmou Aécio durante entrevista coletiva em São Paulo, onde teve votação expressiva. “Estou aberto, obviamente, para conversar em torno de um projeto para o Brasil. Nossas propostas estão aí e elas sempre poderão ser aprimoradas”, completou.

Ontem, Marina afirmou que o povo brasileiro quer mudança e não está contente “com o que está aí”, indicando que não apoiará a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). A ex-senadora também sinalizou que estaria disposta a apoiar um candidato que se comprometesse com seu programa de governo.

O tucano também contou que recebeu hoje um telefonema de Marina. “Eu recebi hoje pela manhã, de forma muito honrosa para mim, um telefonema da ex-ministra Marina Silva, me cumprimentando pelo resultado da eleição. Retribui e a cumprimentei pela sua luta, pela sua campanha”, disse Aécio.

Sem dar mais detalhes sobre a conversa, Aécio enfatizou que não fará pressão por apoio e que respeitará quaisquer decisões. “Nós temos que, agora, dar tempo ao tempo. Cada liderança saberá o tempo de tomar uma decisão e qual será essa decisão. Não cabe a mim avançar nesse tempo”, afirmou.

“Respeitarei qualquer que seja a decisão. Obviamente estaremos de braços abertos para receber aqueles que, como nós, compreendem que este ciclo de governo do PT precisa ser encerrado e que, no lugar dele, precisamos implantar um novo projeto”, continuou.

Aécio rebateu declaração da presidente Dilma de que o Brasil não queria voltar aos «fantasmas do passado», referindo-se ao PSDB, e diss que o que assusta são os «monstros do presente».

O tucano ainda «convidou» a petista a fazer uma campanha «de alto nível, propositiva». «Eu quero convidar aqui a candidata Dilma Rousseff para fazermos uma campanha de alto nível, uma campanha propositiva. Temos uma campanha que se difere em vários aspectos e as diferenças serão explicitadas, da minha parte sempre com enorme respeito, até porque respeitando o adversário você respeita a própria democracia», afirmou

Jornal do Brasil

 

PSB decide na quarta-feira entre apoio a Aécio ou Dilma no segundo turno

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) anunciará nesta quarta-feira (8) sua posição em relação à disputa do segundo turno da eleição presidencial entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). A decisão, que será tomada no encontro da Executiva Nacional dos socialistas em Brasília, será soberana em relação à coligação Unidos Pelo Brasil que apoiou a candidatura de Marina Silva, que contava com PPS, PPL, PRP, PHS e PSL, além da Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora pretende lançar.

No primeiro turno, Marina terminou em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto, com 22.176.619 votos, e petistas e tucanos cobiçam fatias do seu eleitorado e apoio formal tanto do partido quanto da ex-senadora, que já havia concorrido à presidência da República em 2010, pelo PV, tendo terminado também como a terceira mais votada. Ontem (5), a candidata derrotada do PSB já sinalizava para a possibilidade de apoiar Aécio em um segundo turno, ainda que a posição oficial da legenda seja definida nesta quarta-feira. O próprio presidente da sigla, Roberto Amaral, disse que só irá se pronunciar depois da reunião da Executiva Nacional, em nome da unidade partidária.

Embora a diretriz oficial seja da decisão consensual, alguns correligionários já se manifestaram após a confirmação do segundo turno entre Dilma e Aécio, um sinal claro do racha interno que caracteriza o PSB dos últimos anos, que divide dois grupos principais: um composto por militantes históricos de esquerda, como o próprio Amaral, que foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo Luiz Inácio Lula da Silva, bem como a deputada federal Luiza Erundina (SP), reeleita ontem para novo mandato; outra formada por quadros que se aproximaram nos últimos anos do PSDB, como o presidente estadual do partido, Márcio França (SP), que foi eleito vice-governador na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), e o deputado federal Júlio Delgado (MG), que comanda o diretório mineiro dos socialistas.

Mesmo entre divergências, as duas alas antagônicas conviveram nos últimos anos em torno da liderança do ex-governador pernambucano Eduardo Campos, presidente nacional da legenda e candidato à presidência da República, morto em agosto de 2014. Sem o neto de Miguel Arraes, o PSB hesitou em decidir se lançaria Marina Silva ou outro candidato ou ainda sairia da disputa presidencial. Venceram os favoráveis em lançar Marina Silva, que havia se filiado ao PSB apenas por não ter conseguido se candidatar em tempo pela Rede. Entre eles, o deputado federal pelo Rio Grande do Sul Beto Albuquerque, que acabou saindo como candidato à vice-presidência da coligação.

Ontem, o parlamentar havia anunciado que vai defender o apoio ao candidato Aécio Neves no segundo turno, alegando que não esqueceria os ataques feitos por Dilma à candidatura de Marina durante a campanha no primeiro turno, embora o tucano tenha também optado pelo mesmo caminho de agressões quando a ex-senadora era cotada como a favorita para chegar ao segundo turno presidencial.

O atual governador pernambucano, João Lyra Neto, foi outro que se antecipou em anunciar apoio ao senador mineiro na corrida presidencial. No entanto, o governador eleito, Paulo Câmara, disse que a posição da ala pernambucana ainda será discutida internamente pela direção estadual e posição será levada ao diretório nacional. “É preciso respeitar as instâncias partidárias”, afirmou em entrevista à Rádio Jornal AM.

Mesmo que a relação entre o PT e Marina tenha se desgastado sobremaneira nas últimas semanas de campanha, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) considera que o apoio do PSB no segundo turno está em aberto e crê na possibilidade de alinhamento com Dilma. “Marina não é o PSB. O PSB não é um partido que tenha identidade com os tucanos. E tem uma esquerda no PSB.”

Já a presidenta Dilma Rousseff evitou tecer comentários, mas avaliou que os mais de 22 milhões de votos recebidos pela terceira colocada devem ser divididos entre PT e PSDB. “Seria uma temeridade qualquer fala a respeito de como será o apoio no futuro. É óbvio que muitas vezes os apoios não dependem só de uma pessoa. Eles são decididos por várias instâncias. Temos certeza de que uma parte dos votos será decidida entre mim e o candidato.”

Rede Brasil Atual

 

PT e PMDB mantêm maiores bancadas no Congresso Nacional

Mesmo perdendo algumas cadeiras, PT e PMDB continuam com as maiores bancadas no Congresso Nacional. Nas eleições deste ano, foram eleitos 513 parlamentares para a Câmara Federal, sendo 70 do PT, 66 do PMDB e 54 do PSDB. Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a renovação na Câmara foi de 46,4%, com 275 reeleitos e 238 novos. O número de partidos com representação passou de 22 para 28.

As três principais siglas também têm o maior número de representantes no Senado, mas, nesse caso, o PMDB passa de segundo para primeiro lugar, com 18 representantes. Em seguida, ficam o PT, com 12, e o PSDB, com 10. A Casa renovou cerca de um terço de seu quadro. No entanto, o segundo turno da eleição presidencial e das eleições estaduais ainda pode trazer mudanças na configuração partidária do Senado, já que ainda existem senadores na disputa. Há suplentes do PMDB, PT, PSDB, DEM, PRB e PSC com possibilidade de assumir mandatos após o segundo turno.

Confira os partidos que elegeram as maiores bancadas na Câmara Federal:

PT – 70 deputados
PMDB – 66 deputados
PSDB – 54 deputados
PSD – 37 deputados
PP – 36 deputados
PR – 34 deputados
PSB – 34 deputados
PTB – 25 deputados
DEM – 22 deputados
PRB – 21 deputados
PDT – 19 deputados
SD – 15 deputados
PSC – 12 deputados
PROS – 11 deputados
PC do B – 10 deputados
PPS – 10 deputados
PV – 8 deputados
PHS – 5 deputados
PSOL – 5 deputados
PTN – 4 deputados
PMN – 3 deputados
PRP – 3 deputados
PEN – 2 deputados
PSDC – 2 deputados
PTC – 2 deputados
PRTB – 1 deputado
PSL – 1 deputado
PT do B – 1 deputado

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