Estudiantes desaparecidos en México: caravana de padres se reúne en Brasil con víctimas de la violencia y habitantes de asentamientos

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Pais de estudantes mexicanos desaparecidos acreditam que filhos estejam vivos

Depois de oito meses do sumiço de 43 estudantes secundaristas mexicanos, emboscados por policiais fardados quando voltavam de um passeio em três ônibus, as famílias continuam as buscas pelos jovens e têm esperanças de que eles estejam vivos. O ataque ocorreu em 26 de setembro de 2014, na cidade de Iguala, no estado de Guerrero, contra os alunos da Escola Normal Rural Raúl Isidro Borgos, de Ayotzinapa. Eles haviam viajado com objetivo de levantar recursos para a manutenção de sua escola e para assistir a marcha nacional contra o esquecimento da matança dos estudantes, em 1968, que seria no dia 2 de outubro, na Cidade do México.

Intitulada Caravana 43 América do Sul, a viagem dos pais dos alunos desaparecidos, em busca de apoio internacional, já passou pela Argentina e o Uruguai, e atualmente está no Brasil para denunciar o crime e o que consideram falta de investigação pelo governo mexicano. No Rio de Janeiro, o grupo participou nesta terça-feira (9) de entrevista coletiva, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.

Mario César Gonzalez Contreras, pai do normalista César Manuel Hernández, desaparecido aos 20 anos de idade, disse que não crê na Justiça de seu país, mas espera ver o filho ainda com vida. “Não cremos na Justiça. Mas o meu filho vai ter que regressar. Todos os pais estão procurando por eles. Nós os queremos vivos”, disse Mário.

Hilda Vargas, mãe de Jorge Antônio Tizapa Legideño, desaparecido aos 21 anos, também reforçou o sentimento de encontrar os estudantes vivos. “Nós estamos procurando nossos filhos com vida. O governo apenas vem emitindo sua posição oficial, baseada no que disseram três pessoas que foram presas. Não tenho prova científica [de que estejam mortos]. Como pais, procuramos nossos filhos vivos. E justiça vamos pedir quando tivermos nossos filhos conosco.”

De acordo com o grupo, cerca de 100 pessoas foram detidas no México pelo crime, incluindo o prefeito da cidade de Iguala e sua mulher. A versão oficial diz que os jovens teriam sido queimados em um aterro sanitário. No ataque, seis pessoas morreram e 29 ficaram feridas.

Nesta quarta-feira (10), a Caravana 43 se encontrará com vítimas da violência e moradores de favelas, no Complexo da Maré. No dia 12, haverá um ato de encerramento da passagem do grupo pelo Brasil, na Cinelândia, tradicional espaço de manifestações políticas, no centro da cidade. A caravana já esteve em Porto Alegre e São Paulo.

EBC

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