Brasil: en la etapa final del juicio político en su contra, Dilma Rousseff asegura que «no tiene ninguna intención de renunciar»

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¿Cómo sigue el juicio político a Dilma?
La última etapa del juicio político a la presidenta Dilma Rousseff se iniciará el 25 de agosto y se espera que en la noche del día 30 se conozca el veredicto final tras una votación abierta en el Senado brasileño. Si no se logran los 54 votos se levantará la suspensión y volverá a ocupar la presidencia, en caso contrario Michel Temer continuará en el gobierno hasta el 31 de diciembre de 2018 y Dilma será suspendida por ocho años para ejercer cargos públicos.

Em entrevista concedida ao jornalista Roberto Cabrini e exibida nesta madrugada, a presidente Dilma Rousseff falou do processo de impeachment, da traição do interino Michel Temer e da perseguição judicial ao ex-presidente Lula, entre outros temas.

“Não tenho a menor intenção de renunciar. Não dou esse presente a eles”, disse Dilma, ao ser questionada sobre a hipótese de renúncia. Ela também lembrou que “jamais vai jogar a toalha”.

Em relação ao processo de impeachment, ela afirmou que ocorre porque muitos, como disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR), querem estancar a sangria da Lava Jato porque “temem alguma delação”

Ela também explicou por que o processo atual não passa de um golpe de estado. “Sou vítima de um julgamento fraudulento, que tem como objetivo fazer uma eleição indireta”, afirmou, lembrando que seus antecessores também cometeram as chamadas pedaladas fiscais. “Ou é crime para todo mundo ou não é para ninguém”, afirmou.

Dilma também disse que Temer traiu não apenas a ela, mas também os eleitores. “Temer não foi eleito para fazer o que está fazendo. Foi eleito com o meu programa de governo”.

Em relação aos escândalos de corrupção, ela disse não ter qualquer responsabilidade. “Não tenho responsabilidade nenhuma se um funcionário da Petrobras resolveu ser corrupto”. Mesmo em relação a acusações de caixa dois para o marqueteiro João Santana, ela disse não ter qualquer envolvimento. “Eu não reconheço, eu não paguei. Não vou assumir responsabilidade sobre o que eu não controlo. É público e notório que não participei.”

Ela também defendeu o presidente Lula, dizendo que uma eventual prisão do ex-presidente seria “uma temeridade”.

Brasil 24/7


Reta final do impeachmnet no Senado começa esta semana e deve se estender por seis dias

Depois de enfrentar mais de um ano de protestos e há 100 dias longe do poder, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) chega ao momento decisivo em que o Senado fará o julgamento final de seu processo de impeachment. A partir de quinta-feira, parlamentares começam a decidir não apenas o futuro de Dilma, mas os rumos do Brasil, em uma sessão que pode se estender por seis dias e se encerrar somente no dia 30. Ainda em agosto, brasileiros saberão se a presidente fica no cargo, inocentada de suposto crime de responsabilidade, ou se será afastada definitivamente, naquele que pode ser o segundo impeachment desde a redemocratização.

Se o “sim” vencer, o presidente interino Michel Temer assume definitivamente o mandato. Caso o “não” prevaleça, Dilma retorna imediatamente ao cargo. O Estado de Minas entrevistou especialistas para esclarecer o que acontece com o país a partir do julgamento da presidente Dilma (confira quadro). “O Senado vai notificar a presidente afastada e o presidente interino sobre o resultado. O presidente da sessão (Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal) vai estabelecer o prazo para ou Temer voltar à vice-presidência ou para que Dilma tome ciência da condenação”, explica o professor de direito constitucional da pós-graduação da PUC Minas José Alfredo de Oliveira Baracho.

De acordo com as denúncias da acusação, reforçadas pelo relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), Dilma teria cometido crime de responsabilidade ao editar três decretos de créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional. Também são citadas entre as irregularidades o atraso de repasses ao Banco do Brasil para o pagamento do programa Plano Safra, em manobra fiscal popularizada como “pedaladas fiscais”.

Embora o mérito do processo não estivesse ainda em discussão, a votação do último dia 10, em que por 59 votos a 21, os senadores definiram que Dilma deveria ir a julgamento por crime de responsabilidade, já sinaliza que não será fácil para a presidente reverter o resultado. O afastamento ocorre definitivamente se 54 senadores votarem pela condenação da petista, que tem lançado mão de todos os recursos para voltar à Presidência.

Na semana passada, Dilma anunciou que estará presente no plenário do Senado para se defender. Ela terá 30 minutos para se manifestar, tempo que pode ser prorrogado a critério do ministro Ricardo Lewandowski. Como senadores poderão fazer perguntas à presidente, ela poderá ficar mais de sete horas no plenário. Em carta aberta ao povo brasileiro, a presidente afastada adiantou sua defesa, ressaltando que “a democracia há de vencer”.

Na mensagem, ela admite erros na condução do governo, mas reforça que não cometeu crime de responsabilidade e, por esse motivo, “se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe”. Dilma lembra que os mesmos atos foram cometidos por presidentes que a antecederam. “Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente”, escreveu. Também se comprometeu a convocar plebiscito para consultar a população sobre a antecipação das eleições, reforma política e eleitoral.

RITO A sessão do impeachment, no entanto, começa bem antes da participação de Dilma. O depoimento de oito testemunhas convocadas – duas da acusação e seis da defesa – consiste na primeira fase da sessão. As oitivas não podem ser interrompidas, mas estão previstos intervalos na reunião entre as 13h e as 14h e entre as 18h e as 19h. “Vamos trabalhar até esgotar as oitivas. Ingressaremos se necessário na madrugada de sexta para sábado porque (as testemunhas) estarão sendo mantidas isoladas, num quarto de hotel à disposição dos senadores”, disse Lewandowski. Essa fase pode se estender por mais de 67 horas.

Dilma falará na sequência e, depois da manifestação da presidente afastada, começa a fase de discussão, marcada por debates orais entre a acusação e a defesa. Cada uma das partes fará uso da palavra por uma hora e meia, com possibilidade de réplica e tréplica por uma hora. Em seguida, virão pronunciamentos dos senadores, que terão 10 minutos cada para usar a tribuna. Conforme planejamento feito de forma conjunta entre Lewandowski e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a expectativa é de que a votação final do impeachment ocorra no dia 30. A votação será nominal e acompanhada pelo painel eletrônico.

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Dilma diz que Temer quer antecipar o impeachment por medo de delação

A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou em entrevista ao SBT, exibida na madrugada desta segunda-feira (22), que Michel Temer e seus aliados se empenham para antecipar a votação do impeachment porque temem o surgimento de denúncias que os comprometam.

«Por que eles tem tanto interesse em antecipar, em dias, o impeachment? Para mim, eles têm medo de uma delação que mostre claramente qual é o grau de comprometimento de quem meu julgamento beneficia: o governo interino, provisório e ilegítimo», considera a petista.

O Senado iniciará a etapa final do processo de impeachment na quinta (25). A expectativa é de que o resultado saia entre os dias 30 e 31.

Ela deu as declarações ao programa «Conexão Repórter». Segundo o apresentador, Roberto Cabrini, a gravação ocorreu no dia 4 deste mês, antes de o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar a abertura de inquérito contra Dilma por suspeita de obstrução das investigações da Operação Lava Jato.

A presidente afastada voltou a afirmar que não sabia do esquema de corrupção da Petrobras e, questionada, disse não ter medo «nenhum» de uma eventual condenação.

«Se tiver de ser alvo da Lava Jato, com razões embasadas, eu serei. Agora, quero ver onde vão embasar razões para eu ser alvo da Lava Jato. (Sobre temor de condenação). Nenhum, eu sei o que eu fiz», justificou.

«Meu governo não esteve associado à corrupção, até porque eu não testou associada à corrupção. Nunca tive conta rejeitada, a não ser agora, porque eles querem fazer o processo de impeachment», complementou, fazendo menção a reprovação de suas contas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), fato embrionário do processo de impeachment.

Dilma considera ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não cometeu crimes e não será preso. Classificou essa possibilidade como «uma temeridade» e «um equívoco».

«Acho uma temeridade prenderem o presidente Lula, principalmente porque tenho certeza de que ele é absolutamente inocente das coisas de que é acusado. Acho que ele não será preso, acho que eles não cometerão esse equívoco», opinou.

Dilma rechaçou as suspeitas de que foi beneficiada com dinheiro desviado da Petrobras e afirmou que jamais esteve nas mãos de empresários investigados.

«Eu acho que não sou refém das empreiteiras. Os próprios empreiteiros sabem disso. Nenhum pode chegar e dizer que me deu qualquer contribuição. Podem falar que deu para minha campanha. Agora, para mim? Ninguém deu contribuição nenhuma», defendeu-se.

A respeito da confissão do marqueteiro de suas campanhas, o publicitário João Santana – ele admitiu ter recebido pagamento de caixa 2 – a petista se isentou de qualquer responsabilidade.

«Ele confessou, é responsabilidade dele. Eu não reconheço, eu não paguei. Primeiro, tem que investigar e ver se pagou; quem pagou e como pagou. Não tenho certeza se ele mentiu ou se falou a verdade. Não vou assumir responsabilidade do que eu não sei, não controlo e não sei como foi feito», disse.

‘VÁRIOS ERROS’

Como em outras ocasiões, a presidente afastada reconheceu «vários» erros e citou a aliança com Temer e a dificuldade em reagir à crise econômica.

«Erros? Vários. Não perceber que ia ser traída como fui. Achei que era possível fazer um ajuste rápido para sair da crise. São Muitos os meus erros, mas também são muitos os meus acertos, como qualquer ser humano», analisou.

Durante a entrevista, ela comentou a fama de ser uma governante dura e fria, crítica frequentemente feita, sobretudo por parlamentares. Ela atribuiu as acusações a um pré-julgamento.

«Preconceito total. Vejo (nisso) a construção da imagem que eles (adversários) querem mostrar: uma pessoa fria, seca e insensível. Isso é trabalho de imagem desconstruída. Sou uma pessoa resistente, firme. Não me abato, jamais jogo a toalha», afirmou.

Dilma negou estar isolada e contou que vem conversando com senadores para tentar convencê-los a impedirem seu afastamento definitivo.

Perguntada quantos votos tem no Senado, ela disse que isso é sigiloso e que a divulgação dessa informação permitiria a seus adversários fazer uma «pressão irresistível» nos parlamentares. Não especificou, porém, o significado de pressão irresistível.

Folha de S. Paulo


Após impeachment, Temer se prepara para combater críticos

Após completar cem dias à frente do governo e chegar à reta final do processo de impeachment, o presidente interino, Michel Temer, planeja ações para combater o ceticismo de empresários e aliados insatisfeitos com a maneira como tem conduzido o ajuste nas contas públicas, considerado essencial para a recuperação da economia do país.

Dois empresários que estiveram recentemente com Temer disseram à Folha que o governo recuou diante de todas as corporações que até aqui reagiram contra medidas propostas pelo governo.

Eles acham que, se Temer continuar assim, poderá chegar ao fim de seu mandato em situação semelhante à do ex-presidente José Sarney (1985-1990), que encerrou seu governo com a inflação em alta e a popularidade no chão.

Em conversas recentes com empresários e líderes tucanos que lhe fizeram cobranças desse tipo, Temer afirmou que a interinidade impõe limites à sua atuação e prometeu que, depois que o processo de impeachment acabar, será ele quem irá cobrar dos aliados a aprovação de medidas econômicas impopulares.

O julgamento da presidente afastada, Dilma Rousseff, pelo Senado terá início na próxima quinta-feira (25) e deve ser concluído até dia 31. Se Dilma for condenada, Temer deixará de ser interino e terá a missão de governar até o fim de seu mandato, em 2018.

Os empresários ouvidos pela Folha, que pediram para não ser identificados, disseram estar dispostos a dar um voto de confiança a Temer, mas afirmaram que o governo poderia ter sido menos hesitante mesmo durante o atual período de interinidade.

Para um assessor presidencial, Temer exibiu até aqui sua habilidade para a conciliação política, mas está disposto a contrariar interesses depois que assumir a Presidência em caráter definitivo, se for necessário.

PRIMEIRO PASSO

Temer deu um primeiro passo nessa direção na sexta (19), quando reuniu a cúpula do Congresso, líderes partidários e ministros para discutir uma estratégia para a aprovação de sua agenda econômica e evitar a criação de novas despesas pelo Congresso.

«O governo fará após o impeachment tudo que for necessário para pôr a economia nos trilhos, fazendo com que ela volte a crescer e gerar emprego», afirmou o ministro Geddel Vieira Lima, chefe da Secretaria de Governo. «Ele fará o que for necessário, seja popular ou impopular.»

Temer tem uma viagem prevista à China assim que o processo de impeachment terminar. Ele planeja fazer logo depois uma espécie de tour mundial, num esforço para recuperar a credibilidade perdida pelo país após meses de instabilidade política.

Além disso, o presidente interino pediu à sua equipe que organize encontros com investidores e agências de classificação de risco, numa tentativa de dissipar dúvidas sobre os rumos da economia.

Temer também pretende mudar sua relação com o Congresso e os principais partidos da sua base, abrindo espaço para que o PSDB e o DEM tenham maior protagonismo. Nas palavras de um assessor presidencial, o governo será mais «firme» e «duro» ao cobrar fidelidade de aliados na votação de medidas de interesse do governo.

O governo também deve apresentar logo após o impeachment seu programa de privatizações e concessões, além de medidas regulatórias para estimular investimentos.

Para a equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a prioridade será a aprovação da proposta que impõe um teto à expansão do gasto público e da reforma da Previdência Social, cujo projeto ainda não foi apresentado.

Em conversas com analistas e empresários, integrantes da equipe econômica têm dito que o encaminhamento das reformas e do programa de privatizações, além de mudanças na gestão das estatais, permitirá a volta da confiança e do crescimento.

Se o Congresso aprovar as medidas propostas por Temer, a equipe de Meirelles aposta que o país poderá crescer quase 4% em 2018, último ano do mandato de Temer.

Folha de S. Paulo

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