Brasil: otro día con protestas y abucheos a Temer en dos actos

Protesto Fora Temer em frente ao Copacabana Palace, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ), na manhã desta sexta-feira (5). Alessandro Buzas/Futura Press
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Com vaias para ‘presidente em exercício’, Rio abre Jogos Paralímpicos

Assim como na abertura da Olimpíada Rio 2016, no mês passado, a cerimônia de abertura da Paralimpíada, realizada ontem (7), no mesmo estádio do Maracanã, foi marcada por vaias e gritos de «Fora, Temer», momentos antes de o presidente chegar à tribuna, acompanhado pela mulher, Marcela.

Temer foi uma das últimas autoridades a ocupar o espaço reservado no Maracanã. Ele chegou com as luzes do estádio apagadas e sem ter seu nome anunciado pelo serviço de som. Segundo a Folha de S.Paulo, nas arquibancadas havia pelo menos uma faixa com a expressão «Fora, Temer», próxima à tribuna de imprensa.

O programa da cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos entregue aos jornalistas que trabalharam no evento continha uma pequena gafe, ao indicar que a abertura oficial dos Jogos seria anunciada pelo «Exmo. Senhor Presidente da República em exercício, Michel Temer».

Segundo o diretor de Comunicação do Comitê Rio 2016, Mário Andrada, o material já estava impresso há cerca de um mês, quando na época ainda não havia definição de quando terminaria o processo de impeachment.

Temer voltou a ser vaiado no momento em que, cumprindo o protocolo, anunciou os Jogos oficialmente abertos. Diferentemente do ocorrido na cerimônia das Olimpíadas, as vaias foram abafadas em seguida, com a entrada de música em alto volume e queima de fogos.

Assim que foi anunciado por Philip Craven, o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Michel Temer começou a ser ruidosamente vaiado. «Considero abertos os Jogos Paralímpicos Rio-2016», disse. Pela transmissão na TV, a frase chegou a ser cortada.

Rede Brasil Atual


Temer é recebido com vaias, gritos de ‘fora’ e aplausos em desfile na Esplanada

O presidente Michel Temer foi recebido sob protestos e gritos de «golpista» por pessoas que foram assistir ao desfile de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios. O protesto de dezenas de pessoas fez com que o cerimonial do desfile fosse momentaneamente interrompido. Os manifestantes estavam em uma arquibancada na diagonal da tribuna reservada ao presidente, praticamente na frente de do espaço destinado a diplomatas e demais autoridades.

Durante cerca de um minuto, os gritos e as vaias interromperam o protocolo do evento. Um dos manifestantes abriu uma pequena faixa com os dizeres: «Não aceitamos governo ilegítimo». Em menor número, um grupo de pessoas na mesma arquibancada se opôs ao protesto, levantando pequenas bandeiras do Brasil e dizendo «A nossa bandeira jamais será vermelha». Após a execução do Hino Nacional, os protestos continuaram, de forma mais espaçada.

O presidente desceu do carro ao lado da primeira dama, Marcela Temer, e foi recebido pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, e pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. Ele não estava com a tradicional Faixa Presidencial.

Temer se posicionou na tribuna onde estavam os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O desfile é o primeiro evento público de Michel Temer desde que assumiu a presidência da República.

Estudantes, protestos e arquibancada para convidados

No momento em que Temer deu autorização ao Comandante Militar do Planalto, general de Divisão César Leme Justo, para o início oficial do evento, não foram ouvidos mais protestos. Quando o desfile já estava ocorrendo, inclusive com a condução do Fogo Simbólico pelo atleta Arthur Nory, os presentes aplaudiram as apresentações.

Após o início do desfile, três jovens que participavam da manifestação teriam se retirado «espontaneamente» da plateia. A arquibancada onde foram feitos os protestos foi reservada para convidados do Palácio do Planalto. O estudante Lucas Bertho, 20 anos, um dos que deram início ao protesto, disse à Agência Brasil que mora em São Paulo e que estava na arquibancada junto a outros alunos do curso de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo. Ele contou que foi a Brasília para cursar uma disciplina e que foi convidado pela Presidência a participar do desfile com os colegas. De acordo com o estudante, o ato começou de forma não planejada e um dos jovens que estava com um pequeno cartaz foi convidado a se retirar.

A Secretaria de Imprensa da Presidência informou que a distribuição de convites foi feita de acordo com a demanda de funcionários da Presidência, que podiam solicitar um determinado número de entradas.

Lucas destacou que não é petista nem defende o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff. Ele argumenta que Temer chegou ao poder de forma «ilegítima» e defende eleições diretas.

A assessoria de imprensa de Michel Temer informou que nenhum dos seguranças estava autorizado a retirar os manifestantes ou qualquer pessoa das arquibancadas, mas que a única exceção seria feita a manifestações políticas por meio de cartazes.

Jornal do Brasil


Protestos marcam Dia da Independência em todo o país

O 7 de Setembro foi marcado por protestos em todo o país. O Grito dos Excluídos, manifestação tradicional da data, registrou, até agora, atos em 19 cidades, sendo 14 capitais. A estimativa da organização, antes dos atos, era protestos em 23 estados e no Distrito Federal. A coordenação nacional do Grito informou que ainda está recebendo informações dos organizadores locais para saber se a expectativa se concretizou.

Além da pauta habitual, de defesa dos direitos sociais, os pedidos de eleições diretas e de saída do presidente Michel Temer dominaram os protestos. Em algumas cidades, manifestações contrárias a Temer se juntaram às atividades programadas pelo Grito dos Excluídos – caso de Brasília.

A coordenação nacional do Grito confirma, por enquanto, protestos em 14 capitais: Belo Horizonte, Teresina, Belém, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Aracaju, Maceió, Fortaleza, Recife, Curitiba, Salvador, Porto Alegre e Boa Vista. Segundo o movimento, no interior, houve manifestações nas cidades de Montes Claros e Governador Valadares, em Minas Gerais, Sorocaba, em São Paulo, Juazeiro do Norte, no Ceará, e Garanhuns, em Pernambuco.

Os repórteres e correspondentes da Agência Brasil acompanharam os protestos em sete capitais:

Brasília

Em Brasília, um protesto contra o presidente Michel Temer convocado pelas redes sociais uniu-se ao Grito dos Excluídos. O grupo marchou entoando palavras como “Eu já falei, vou repetir, é o povo que tem que decidir”, defendendo a escolha popular dos governantes.

Os manifestantes também criticaram a reforma da Previdência e a proposta de fixação de um teto para o reajuste orçamentário, contida na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, no auge da manifestação, havia cerca de 2,7 mil participantes. Para os organizadores, eram 10 mil.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, o ato do Grito dos Excluídos ocupou cerca de 1 quilômetro de uma das pistas da Avenida Presidente Vargas, e a marcha percorreu cerca de 2 quilômetros até a Praça Mauá.

A manifestação, que tradicionalmente defende direitos sociais, ganhou novas bandeiras com a adesão de grupos contrários ao impeachment de Dilma Rousseff e favoráveis à saída do presidente Michel Temer.

São Paulo

Na capital paulista, o protesto chamou a atenção para os problemas do capitalismo, tema da edição do Grito dos Excluídos deste ano. A marcha foi pacífica e não houve incidentes. Em alguns momentos, os participantes gritaram palavras de ordem contra o governo Temer.

Belo Horizonte

O ato do Grito dos Excluídos no centro de Belo Horizonte converteu-se em um protesto contra o governo de Michel Temer. Contrários ao processo que levou ao afastamento definitivo da presidenta Dilma Rousseff, eles pediam a convocação de eleições diretas.

A organização estimou em 10 mil pessoas o número de participantes no ato. A Polícia Militar informou que não faz estimativa de participantes.

Porto Alegre

A marcha do Grito dos Excluídos na capital gaúcha partiu da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que estava ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Após o protesto, o grupo desmobilizou a ocupação, que ocorria também no Ministério da Fazenda.

A maioria dos participantes era composta por integrantes do MST. Havia ainda membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT), movimentos negros, feministas e LGBT. Representantes dos bancários, em greve nacional desde nesta quinta-feira (6), também acompanharam a caminhada.

Salvador

Na capital baiana, o protesto teve participação de representantes de movimentos sociais e religiosos e de centrais sindicais. Durante a passeata, em tom crítico, líderes e coordenadores do Grito dos Excluídos manifestaram-se em um carro de som contra o atual governo e a situação social e política do Brasil.

Segundo os organizadores, mais de 15 mil pessoas participaram do ato de ontem. A Polícia Militar não divulgou estimativa do número de participantes.

Recife

No Recife, o Grito dos Excluídos também uniu a tradicional pauta de demandas por direitos sociais, respeito aos direitos humanos e reformas estruturais ao pedido pela saída do presidente Michel Temer do poder. O grupo criticou, ainda, mudanças defendidas publicamente pelo governo Temer.

EBC


EUA estão prontos para trabalhar com o governo Temer, diz Biden

O vice-presidente americano, Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira, durante palestra de abertura da 20ª Conferência do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), em Washington, que os Estados Unidos estão prontos para trabalhar com o governo de Michel Temer. Ele afirmou que o povo brasileiro tem enfrentado um momento econômico e político difícil, mas que o povo vai “seguindo sua Constituição”.

— Não sou ingênuo em relação à complexidade dos desafios, que vão permanecer. Enquanto nos encontramos aqui hoje, estamos vendo grandes mudanças políticas acontecendo na região. No Brasil, o povo, segue a sua Constituição para navegar em um momento econômico e político difícil, obedecendo aos procedimentos estabelecidos para tratar da transição de poder — afirmou ele, que concluiu: — Os Estados Unidos vão continuar a trabalhar de perto com o presidente Temer, enquanto o Brasil enfrenta esta pressão, pois o Brasil é e continuará a ser um dos parceiros mais próximos dos Estados Unidos na região, porque a parceria entre democracias não é baseada na relação entre líderes, é baseada em uma forte relação entre os dois povos — afirmou.

Biden também aproveitou o momento para elogiar as mudanças na Argentina, que agora permitem novas parcerias entre os dois países, e a retomada das relações com Cuba, além de afirmar que o novo acordo de paz entre a Colômbia e as Farcs é um marco para a região. Ele afirmou que está otimista com o futuro da América Latina, mas defendeu um forte combate à corrupção na região:

— A corrupção é um câncer que carcome a política, que destroça qualquer sociedade e promove a desigualdade ao desviar milhões de dólares que poderiam ser destinados a infraestrutura e escolas, o que melhoraria a qualidade de vida da sociedade — afirmou Biden, que completou: — A corrupção piora os direitos humanos, aumenta a delinquência, e todos estes problemas afeta a todos nós.

Ele afirmou ainda que nenhuma democracia pode ser sustentável sem ter crescimento econômico, e que o crescimento econômico não ocorre sem um estado de direito, onde há respeito às regras claras. O vice-presidente voltou a reforçar esta nova parceria dos Estados Unidos com a região, que segundo ele é baseada em “respeito mútuo” e não mais no “que podemos fazer por vocês”, mas sim “o que podemos fazer juntos”:

— Não há nenhuma região mais importante para a segurança e prosperidade dos Estados Unidos que o nosso continente — afirmou Biden, lembrando que quase metade das exportações americanas vão para o continente americano.

O Globo

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