«Nunca Brasil precisó tanto del PT como ahora», dice Lula al día siguiente de la absolución de Temer

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«Nunca o Brasil precisou tanto do PT como agora», diz Lula

No dia seguinte ao julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que absolveu a chapa DilmaTemer, o ex­presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que as instituições sofrem de «falta de credibilidade» e que o país passa por uma profunda crise econômica, moral e ética.

Lula não mencionou o resultado favorável à expresidente Dilma Rousseff (PT) e ao atual mandatário, Michel Temer (PMDB), mas disse que «neste instante, o Brasil está precisando do PT». «Nunca o Brasil precisou tanto do PT como está precisando agora», disse neste sábado (10), em evento de posse do diretório paulista do PT na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

«Nós sabemos como fazer a economia crescer, como criar emprego», afirmou o petista, pedindo que seus correligionários mostrem à população as realizações das administrações do partido. «Haverá um dia que a gente vai se dar conta do que foi o PT». Segundo Lula, o partido mostra «que é possível uma alternativa econômica, cultural, ambiental». «Porque quando a gente chegar lá, a gente vai ter que desfazer tudo o que eles estão fazendo».

No mesmo evento, Lula brincou a respeito dos processos que responde na Justiça e disse que pensa em fazer delação ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância. «Eu estou quase falando: ‘Moro, meu amigo Moro, o Joesley disse que eu tenho US$ 82 milhões. Se você quiser que eu faça uma delaçãozinha e você me der US$ 41 milhões, eu faço. O primeiro que eu entrego é ele», falou. «E aí vou lá para o tríplex».

PAZ E ÓDIO

Para o ex­presidente, que voltou a dizer que pode ser candidato se o PT quiser, seus opositores ficam irritados com pesquisas que mostram que ele tem chances de voltar ao Planalto. «E eles, que transmitiram ódio durante todos esses anos, não estão colhendo Aécio [Neves, senador], FHC [o expresidente Fernando Henrique Cardoso], [senador José] Serra, [governador Geraldo], Alckmin. Estão colhendo o [deputado federal Jair] Bolsonaro (PSCRJ), subproduto do ódio que lançaram contra o PT».

«Agora, são eles que têm vergonha de colocar aquela camisa verde­amarelo quando se diziam ser brasileiros e nós não», comentou. Ele ainda cutucou o prefeito paulistano, João Doria (PSDB), um de seus críticos mais veementes, ao citar ações na cracolândia da capital paulista. «Essas pessoas não podem ser tratadas como caso de polícia, elas são dependentes».

No discurso, Lula brincou dizendo que colocará em seu nome o termo «Lulinha paz e amor» pelo qual ficou conhecido na eleição presidencial de 2002, a primeira que venceu depois de três tentativas.

E voltou a exaltar o PT, que encolheu nas disputais eleitorais do ano passado. «Nós sofremos uma derrota muito grande na eleição para prefeito em 2016. Teve fotografia até de enterro do PT», pontuou. «O PT ressurgiu das cinzas e vai voltar a ser um partido grande», declarou.

INTERPRETAÇÃO

Mais cedo, a nova presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR) criticou o julgamento que absolveu a chapa Dilma­Temer. «O TSE mudou sua interpretação para manter Temer no governo».

Ela não considerou que a decisão de ontem era sobre a ex­presidente Dilma, mas apenas a respeito do atual mandatário. «Se fosse a Dilma, não tenho dúvida nenhuma, eles iriam continuar o mesmo processo iniciado, com a colocação de provas que não serviam naquele momento, mas iam retirá­la da presidência».

Para a senadora, Temer não tem condições de governar. Ela fez um discurso em apoio a uma nova eleição para o Planalto. «Nós vamos ficar com um presidente que está morto já, tentando se proteger e não governando o Brasil».

Gleisi, que é alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal), disse que, «infelizmente», há «participação do poder judiciário no processo político do país». «E isso é muito ruim para a estabilidade das nossas instituições», avaliou.

Nesse contexto, ela denunciou uma «caçada» ao ex­presidente Lula, réu na Lava Jato. «Eles querem que o senhor não seja candidato a presidente porque se for, o senhor vai ganhar. Uma eleição neste país sem o Lula não é uma eleição, é uma fraude».

Folha de S. Paulo


Em festa de aniversário de Rodrigo Maia, Temer comemora decisão do TSE

POR MARIA LIMA

Com a faca nos dentes para superar no Congresso Nacional até julho a denúncia que está sendo finalizada pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, para, em agosto, retomar com força a aprovação das reformas. Assim o ministro Moreira Franco resumiu na noite desta sexta-feira a disposição do presidente Michel Temer após conseguir a vitória no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para o Temer e seus aliados, foi a mais importante para que esse governo chegue ao final, em dezembro de 2018.

Durante a animada festa de aniversário do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Temer traçou cenários das batalhas que tem pela frente, mas se mostrou confiante de que o pior já passou. Aos presentes, Temer disse que o risco maior de cassação era no TSE e que, no Congresso, terá os votos necessários para rejeitar o pedido de impeachment.

Eu na presidência, o Rodrigo na Câmara e o Eunício no Senado vamos liderar o País e a retomada do estado brasileiro. Nosso foco será levar o Brasil para um porto seguro até 2018, com inflação baixa, redução de juros, normalização do câmbio, PIB crescente e a volta do emprego. Foi uma vitória extraordinária, mas sei que têm outras batalhas pela frente», disse Temer segundo um dos convidados, frisando que agora todos precisam agir com serenidade.

Os interlocutores do presidente durante a festa, que teve banda e música ao vivo, contaram que ele estava sereno e cuidadoso com as palavras ao tratar dos embates que enfrentará com Janot nos próximos meses. Mas discutiram sobre as ações do procurador geral mirando sua derrubada da presidência.

– Eu, se fosse o Temer, ia usar minhas atribuições para corrigir desvios de função. Como presidente, ele pode ajustar a relação entre os poderes e colocar um freio de arrumação jurídico. Como o ministro Gilmar Mendes disse em seu voto brilhante, não é possível ficar tentando derrubar um presidente da República todo dia – defendeu um dos políticos presentes na festa, que conversou longamente com Temer.

A festa de aniversário de Rodrigo Maia foi bastante concorrida. A maioria dos presentes eram deputados convidados pelo anfitrião, o deputado Alexandre Baldy (Podemos-GO). Temer foi acompanhado de dona Marcela e ficou na festa até o início da madrugada deste sábado.

O Globo


Temer dice tener «mucha tranquilidad y serenidad» tras fallo corte electoral

El presidente de Brasil, Michel Temer, dijo estar tranquilo después de que el Tribunal Superior Electoral (TSE) lo absolviera, junto a Dilma Rousseff, de las denuncias sobre presunta corrupción en la campaña electoral de 2014.

“Estoy con mucha tranquilidad y mucha serenidad. Esto es lo que vamos continuar haciendo, pacificando el país”, aseguró Temer a la televisión Globo.

Por cuatro votos frente a tres, la Corte Electoral brasileña absolvió el viernes por la noche a Dilma Rousseff y Michel Temer de la supuesta financiación irregular denunciada en la campaña que compartieron en 2014, con lo que mantuvo en su puesto al actual presidente brasileño.

Temer, en el poder desde mayo de 2016, participó en esos comicios como candidato a vicepresidente y fue compañero de la entonces mandataria Dilma Rousseff, destituida el año pasado por presuntas irregularidades fiscales en los presupuestos.

Tras conocer el resultado, Temer emitió una nota en la que afirmó que prevaleció la Justicia “de forma plena y absoluta” tras la resolución del TSE.

“El Judiciario se manifestó de modo independiente. Cada uno de nosotros acatará con sobriedad, humildad y respeto la decisión del TSE”, dijo el portavoz de la Presidencia, Alexandre Parola, en el Palacio de Planalto, sede del Gobierno.

Temer señaló además que la decisión del TSE es una señal de que las instituciones “continúan garantizando el buen funcionamiento de la democracia brasileña”.

“Como jefe del Ejecutivo, el presidente de la República seguirá, junto con el Congreso Nacional, honrando su compromiso de trabajar para que Brasil vuelva al camino del desarrollo y el crecimiento con más oportunidades para todos”, añadió el mandatario.

Con la absolución en el TSE, Temer elimina uno de los frentes judiciales que tiene abiertos y pasa a enfrentar otro no menos complicado en la Corte Suprema, que ha abierto una investigación en su contra por los supuestos delitos de corrupción pasiva, obstrucción a la justicia y asociación ilícita.

Esas sospechas se basan en las confesiones de ejecutivos del grupo JBS, que han declarado a la Justicia que sobornaron a Temer desde 2010, además de entregar unos audios en los que éste escucha en silencio o asiente ante el relato de posibles delitos.

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