Las encuestadoras: las grandes derrotadas de las elecciones en Brasil y Uruguay

275

Derrotada nas eleições, mídia troca golpismo por lobismo, por ora

A grande derrotada nas eleições presidenciais foi a mídia tradicional, seguida pelos bancos privados. A imprensa corporativa, patrocinada por estes bancos, passou anos doutrinando o brasileiro a se afastar da luta política, a criminalizar movimentos sociais, a ver a política apenas como sinônimo de corrupção e não como instrumento de transformação da realidade, a que todo cidadão deve se engajar de alguma forma, nem que seja apenas votando com consciência política.

O truque é simples: o povo é induzido a odiar a política e desiste da luta pelo poder popular, então a classe dominante ocupa o poder com seus candidatos manietados.

Esse truque deu parcialmente certo no primeiro turno. No Congresso Nacional eleito, parlamentares que se elegem com votos de opinião perderam espaço para candidatos do poder econômico. Mesmo assim, as mudanças nas correlações de forças foram relativamente pequenas. O Congresso já era majoritariamente conservador e continuou sendo. Evitou um avanço progressista no poder Legislativo.

Mas fracassou no segundo turno, com a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, que tinha a oposição da mídia corporativa e de todo o mercado financeiro.

Todo o poder de fogo da mídia corporativa para eleger seu candidato tucano foi usado, sem escrúpulos. O Manchetômetro (estudo desenvolvido por professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro) demonstrou que o noticiário dos jornais e telejornais de grande circulação e audiência fizeram verdadeira campanha negativa contra a candidata petista, e campanha positiva para os candidatos de oposição.

Um verdadeiro golpe foi a tentativa da revista Veja de produzir uma reviravolta às vésperas das eleições produzindo uma matéria sensacionalista, panfletária e sem compromisso com a verdade, cuja natureza de campanha eleitoral negativa e paralela foi reconhecida pelo Ministério Público Eleitoral e pela Justiça Eleitoral. O caso ainda precisa ser investigado pois, se houve premeditação de criminosos confessos, em ação conjunta com interesses escusos para solapar a democracia e soberania do voto popular, os crimes são bem graves.

Apuradas as urnas, o noticiário desta mesma mídia corporativa mudou no dia seguinte. Saiu o sensacionalismo golpista, entrou o lobismo conservador, até legítimo para jornais e TVs conservadores na área econômica.

O caso Petrobras passou a ser tratado com sobriedade, atendo-se mais aos fatos e menos às especulações, ilações. A economia brasileira já não está mais próxima do fim do mundo, como era dito antes das eleições. O tom do noticiário é de que precisa apenas de um novo ministro da Fazenda ao agrado do mercado para reverter expectativas. O tom de crise, seja econômica, seja política, seja institucional, ficou restrito a alguns colunistas e editorais. As manchetes agora refletem o lobismo para ocupação de ministérios, sobretudo os da área econômica e que afetam a comunicação social, por atingir os interesses dos próprios “barões da mídia”.

Nota-se também o lobismo no noticiário puxando para a agenda política conservadora, já buscando no parlamento reações à proposta de reforma política com plebiscito.

Há ainda uma tentativa de valorizar a oposição acima da real correlação de forças. A votação mais expressiva no segundo turno não é suficiente para fazer a oposição mais forte, quando a oposição encolheu em poder regional, elegendo menos governadores, e elegeu praticamente a mesma bancada que tinha, tanto no Senado como na Câmara dos Deputados. Quem cresceu em poder regional elegendo mais governadores foram partidos da base governista como PMDB, PSD, PCdoB etc.

Por mais que o PMDB tenha rachado durante o processo eleitoral, seus sete governadores vão querer manter uma boa relação com a presidenta para fazer uma boa administração. Mesmo os cinco governadores do PSDB também agirão de forma semelhante, pelo menos nos dois ou três primeiros anos do segundo mandato.

Rede Brasil Atual

Encuestadoras hacen “mea culpa”

Ante las acusaciones en las redes sociales de manejo de cifras de encuestas intencionadas previo a las elecciones, para volcar la opinión pública hacia un partido, casi todos los representantes de de las encuestadoras reconocieron “errores” y explicaron de diversas maneras las diferencias con los resultados reales.

La directora de la empresa Cifra, Mariana Pomiés, dijo que los fallos en el pronóstico se debieron a diversos factores de “difícil explicación”. En una entrevista a una agencia de prensa, admitió que al comparar los datos con patrones de otros comicios optaron por un “modelo muy conservador” y sobreestimaron “el desgaste del gobierno”.

Pomiés abordó el error desde otro ángulo: “Pensamos que Uruguay era más moderno”, y dijo que creyeron que la campaña “fresca y joven” de Luis Lacalle Pou acapararía más votos que Tabaré Vázquez.

Por su parte, el director de Interconsult, Juan Carlos Doyenart, fue el primero en admitir su error. El lunes escribió en Twitter, “proyectamos al Frente Amplio 44% y subestimamos su votación, las disculpas a quienes siguen nuestros resultados, estamos en plena autocrítica”, explicó.

El integrante de Equipos Mori, Ignacio Zuasnábar, admitió en Subrayado que las encuestadoras deben reflexionar sobre sus métodos de trabajo “para evitar que estas cosas continúen profundizándose en el futuro”.

Zuasnábar recordó que “todas las encuestadoras proyectaron la suma del Partido Nacional y Colorado por encima del Frente Amplio y la situación se dio exactamente al revés.

2014: “annus horribilis”

Agregó que “el año 2014 viene siendo un año complicado para las encuestadoras. Estamos teniendo algunos problemas que no teníamos en el pasado”, insistió.

“Hay que revisar métodos de relevamiento, estamos en un momento muy particular del sistema de encuestas porque hay metodologías muy heterogéneas: cara a cara, telefónica fija, telefonía celular y encuestas por Facebook. Estamos en un momento con cambios en el electorado donde hay pequeños segmentos de la población que se definen a último momento y eso es un problema”, justificó.

Encuestas

La semana previa a la elección, las últimas encuestas de Equipos, Factum y Cifra proyectaron que el Frente Amplio recibiría entre 41% y 44% y que blancos y colorados superarían al partido de gobierno.

Cifra estimó que el Frente Amplio lograría 42% de los votos, el Partido Nacional 31%, el Partido Colorado 17% y el Partido Independiente 3%.

Equipos pronosticó que el partido de gobierno lograría 41%, el Partido Nacional 29,2%, el Partido Colorado 13,5% y el Partido Independiente 2,4%.

Factum proyecto que Tabaré Vázquez lograría 44%, Luis Alberto Lacalle 32%, Pedro Bordaberry 15% y Pablo Mieres 3%.

República

Más notas sobre el tema