El “Fora Temer” suena con fuerza en los carnavales brasileños

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Nos blocos e trios elétricos, ‘Fora, Temer!’ cai na boca dos foliões

Não foi só Caetano Veloso que puxou um sonoro «Fora Temer» dos foliões em show no carnaval de Salvador, na noite de ontem (24). O cantor Russo Passapusso, da banda System, não deixou por menos. Ao passar pelo circuito Barra-Ondina, onde ficam as equipes de rádio e TV que cobrem o carnaval baiano, ele a multidão provocou: “Golpistas, machistas», que logo respondeu: «Não passarão». Russo, novamente: «Fascistas, machistas», para os foliões emendarem: «Não passarão”. Em seguida, surgiu o sonoro «Fora, Temer!».

Alvo das manifestações carnavalescas, o presidente Michel Temer (PSDB) escolheu justamente a cidade de Salvador para passar o feriado. Está descansando com a família na Base Naval de Aratu.

No Rio de Janeiro, o bloco mais esperado pelos foliões ontem foi justamente o Bloco Fora Temer!. O evento, chamado por rede social, atraiu a atenção de mais de 20 mil pessoas, que confirmaram presença na atividade realizada na Cinelândia. O samba animou a todos até altas horas, segundo o site Correio do Brasil.

O Bloco Fora Temer marcou a abertura do carnaval carioca. A iniciativa resultou da união de vários blocos já consagrados, entre eles os Boêmios da Lapa, Bloco dos Bancários e Meu Bem, Volto Já, entre outros.

Nas redes sociais, os organizadores assim definem o perfil desse bloco dos blocos. “Somos bem alegres e irreverentes, contra o golpe de 2016 e o atual governo entreguista que quer retirar direitos do povo brasileiro com retrocessos trabalhistas e previdenciários: esse é o Bloco Popular Fora Temer!”.

O «Fora, Temer!» também foi tema de debates nas redes sociais.

Rede Brasil Atual


Mais de 70 blocos protestam no carnaval de São Paulo

Se os blocos de carnaval de rua de São Paulo assumiram um papel importante nos últimos anos, ocupando o espaço público e revertendo a visão que se tinha sobre a festa na cidade, neste ano eles marcam posição também no âmbito político. Blocos populares e tradicionais como Vai Quem Qué, Bloco da Abolição, Jegue Elétrico e Ilú Obá de Min, articulados através do Arrastão dos Blocos, protestam juntos contra possíveis mudanças no carnaval de rua da cidade.

O Arrastão reúne mais de 70 blocos de carnaval da capital paulista. A articulação se iniciou pela primeira vez em abril de 2016 para defender a democracia e protestar contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Em 2017, voltam às ruas utilizando a música para defender a própria festa.

«A gente fez alguns desfiles contra o golpe em uma grande festa na rua cantando músicas contra o Temer, o Cunha e com o intuito de fazer uma conscientização política por outra via. Depois que o golpe se consolidou, o Arrastão continuou mobilizado, mas mudou um pouco o caráter dessa luta política e nos voltamos para nossas premissas do carnaval de rua mesmo: que é a garantia de poder pular o carnaval livremente, pelo direito da ocupação do espaço público». diz Paula Klein integrante do bloco Agora Vai.

Os blocos se preocupam com as políticas culturais da gestão de João Doria (PSDB) na cidade, principalmente com a possibilidade de privatização do carnaval de rua. «Temos um princípio muito importante de que não se pode privatizar a rua. Não pode usar cordão, abadá, qualquer coisa que exclua pessoas. A gente quer continuar fazendo um carnaval de rua livre, democrático, plural, aberto, gratuito, sem interesses, não importa o que aconteça», afirma Lira Alli, do bloco Vai Quem Qué.

Segundo Alli, a gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) estabeleceu diálogo com os blocos e fez crescer o carnaval de rua da cidade. Para ela, as recentes declarações do atual secretário de Cultura André Sturm, que afirmou que o carnaval de rua deveria estar na Secretaria de Turismo, são preocupantes.

Sturm fez outras afirmações sobre o carnaval de rua paulistano. Em entrevista, afirmou que «o carnaval de rua é um bom exemplo da crise de um conceito que é a cidadania. Porque cidadania virou sinônimo de: ‘eu tenho direito’, quando cidadania é ‘eu tenho dever'». A declaração foi dada ao site BBC Brasil.

«Na verdade, o que a gente pede para a prefeitura é o apoio com banheiro químico, ambulância e CET. Não é muita coisa. Não é a prefeitura que executa o carnaval. Quem faz são os blocos livremente organizados. A gente sabe que o carnaval desse ano já tinha muita coisa que estava organizada ano passado, mas existem algumas perspectivas de que isso mude na atual gestão», lamenta Lira.

Brasil de Fato


“Fora, Temer” incendeia o carnaval de BH em 2017

“Me beija que eu não sou golpista”. Com esse lema, o protesto contra o governo não eleito de Michel Temer (PMDB) tomou as ruas de Belo Horizonte, capital mineira, unindo a alegria do carnaval à consciência política.

A história começou há alguns meses. Em abril de 2016, no auge do processo de impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT), um grupo de fiscais da receita estadual se uniu para lutar contra o golpe e a fragilização da democracia. De lá para cá, eles têm produzido milhares de materiais de agitação, como cartazes, faixas, camisas e adesivos, espalhando o “Fora, Temer” por todo canto da cidade.

Para o carnaval, o grupo produziu mais de 260 mil adesivos e está entregando kits “Fora, Temer” para 30 blocos. Cada kit contém 1.000 adesivos com a logo do bloco e mais mil adesivos genéricos, além de outros materiais. O grupo financia seu trabalho vendendo camisetas, abadás e panos de chão.

Durante o desfile do Bloco Chama o Síndico, realizado na Afonso Pena na quarta-feira (22), o grupo se uniu a mais de 100 mil pessoas, em um ensurdecedor “Fora, Temer”, abrindo o carnaval da cidade em um momento apoteótico.

Brasil de Fato

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