Brasil: Fiscalía de San Pablo denunció a Fernando Haddad por corrupción y lavado de dinero

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La Justicia de Brasil acusó de corrupción y lavado de dinero a Fernando Haddad, el compañero de fórmula de Lula da Silva

El ex alcalde Fernando Haddad, probable candidato a presidente de Brasil por el PT, fue denunciado por el Ministerio Público de San Pablo por los crímenes de corrupción, lavado de dinero y asociación ilícita. La acusación de la Fiscalía es un nuevo desdoblamiento de la investigación que involucra al empresario Ricardo Pessoa, dueño de la constructora UTC Engenharia y detenido por el Caso Petrobras.

La fiscalía acusó a Haddad de recibir de manera indirecta recursos para su campaña de reelección como alcalde de San Pablo en 2012.

Según la investigación, la constructora UTC Engenharia obtuvo trato preferencial en licitaciones después de saldar una deuda equivalente a 1,6 millones de dólares relacionada con la campaña de Haddad.

La Fiscalía afirma que, aunque Haddad no solicitó directamente el pago, tenía control total de los movimientos, de acuerdo con los fiscales.

Haddad es el actual candidato del Partido de los Trabajadores a la vicepresidencia, y podría asumir la candidatura para presidente, ya que la Justicia impugnó la postulación de Lula, que cumple una sentencia de 12 años por corrupción y lavado de dinero.

El ex mandatario, aunque inhabilitado, encabeza los sondeos con casi el 40% de las preferencias electorales.

Haddad, sin embargo, tiene un respaldo mucho menor entre los electores. No logró la reelección como alcalde en 2016 y los sondeos varían demasiado sobre el apoyo que captaría si reemplaza a Lula como candidato presidencial.

Infobae


Promotoria acusa Haddad por corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro

O ex-prefeito Fernando Haddad, provável candidato a presidente da República pelo PT, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e quadrilha. A acusação da Promotoria é um novo desdobramento da investigação envolvendo a UTC Engenharia, de Ricardo Pessoa, que teria pago uma dívida de R$ 2,6 milhões da campanha de 2012 à Prefeitura com recursos de caixa 2.

“Prefeito da cidade de São Paulo, recém-eleito (2013), detendo o poder de, em razão de suas funções, ainda que em perspectiva de hipótese e mesmo que não se concretizasse, qualquer contrapartida para a empresa UTC Empreiteira S.A., solicitou e recebeu indiretamente, vantagem indevida de R$ 2.600.000,00. Depois, agiu por interpostas pessoas de forma a dissimular a natureza, a origem, a localização e a movimentação dos valores provenientes, direta e indiretamente, daquela infração penal”, diz trecho da nova denúncia contra o atual candidato a vice-presidente na chapa petista.

Segundo o promotor Marcelo Batlouni Mendroni, “nesse contexto de dissimulação, ocorreu o pagamento, em parcelas, da vantagem indevida no valor de R$ 2.600.000,00; de forma direta em favor do PT e de forma indireta em favor do ex-prefeito da cidade de São Paulo Fernando Haddad, que foi o beneficiário final dos pagamentos e quem, exercendo o cargo de prefeito, e em razão desta função, detinha domínio a respeito de fatos que poderiam resultar em benefícios de contraprestação à Empreiteira UTC Engenharia S.A.”.

Além de Haddad e Pessoa, foram denunciados também o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor financeiro da UTC Walmir Pinheiro e o ex-deputado estadual pelo PT Francisco Carlos de Souza, o Chicão. A acusação afirma que gráficas controladas por Chicão “foram utilizadas para o final recebimento de parte da propina de R$ 2.600.000,00; sendo que outra parte foi recebida diretamente por ele, nas dependências da própria empresa UTC Engenharia S.A., em dinheiro em espécie”.

O Ministério Público de São Paulo já havia movido uma ação de improbidade – também relativa à UTC – contra o ex-prefeito na qual pede a condenação do petista por enriquecimento ilícito. Na ocasião, a assessoria de Haddad afirmou em nota que demonstrou com documentos que “todo o material gráfico produzido em sua campanha (a prefeito em 2012) foi declarado e que não havia razão para receber qualquer recurso não declarado da UTC”.

O caso UTC resultou ainda em denúncia feita em maio pela Promotoria Eleitoral contra Haddad por suposto caixa 2 na campanha de 2012, quando ele foi eleito prefeito de São Paulo. Réu na Justiça Eleitoral, Haddad nega que tenha cometido irregularidades na campanha.

A reportagem está tentando contato com a defesa dos denunciados. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, HADDAD

Surpreende que, no período eleitoral, uma narrativa do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, sem qualquer prova, fundamente três ações propostas pelo Ministério Público de São Paulo, contra o ex-prefeito e candidato a vice-presidente da República, Fernando Haddad. É notório que o empresário já teve sua delação rejeitada em quase uma dezena de casos e que ele conta suas histórias de acordo com seus interesses. Também é de conhecimento público que, na condição de prefeito, Fernando Haddad contrariou no segundo mês de seu mandato o principal interesse da UTC de Ricardo Pessoa na cidade: a obra confessadamente superfaturada do túnel da avenida Roberto Marinho.

Assessoria do candidato Fernando Haddad

COM A PALAVRA, A UTC

“A UTC e seu acionista informam que sempre colaboraram, colaboram e continuarão a colaborar com as autoridades responsáveis pelas investigações, processos administrativos e judiciais relacionados às licitações com empresas e órgãos públicos. A UTC celebrou com o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União e Advocacia-Geral da União (AGU), em meados de julho de 2017, um acordo de leniência com base na Lei Anticorrupção nº 12.846/2013.”

Assessoria de imprensa da UTC Participações

COM A PALAVRA, O ADVOGADO LUIZ FLÁVIO BORGES D’URSO, QUE DEFENDE VACCARI

“Não procede o que esse delator fala, o Sr. Vaccari jamais fez essa solicitação. Isso é somente palavra de delator, sem qualquer comprovação, pois não retrata a verdade.”
Luiz Flávio Borges D’Urso, defesa de Vaccari.

Estadão


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