Científicos brasileños logran que personas con parálisis vuelven a caminar

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Graças à ‘balbúrdia’ da ciência brasileira, pessoas com paralisia voltam a andar

Em meio aos ataques do governo de Jair Bolsonaro (PSL) às universidades federais, à educação básica e à pesquisa nacional como um todo, a ciência brasileira avança a passos largos. Duas pessoas que perderam os movimentos dos membros inferiores com lesão na medula espinhal estão recuperando o movimento das pernas e voltando a caminhar. O “milagre” está sendo possível graças ao Projeto Andar de Novo, conduzido pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, professor e pesquisador na Universidade de Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos.

No centro do projeto está a interface cérebro-máquina, que consiste em um estimulador da musculatura das pernas comandado por sinais cerebrais, captados no momento em que o paciente imagina estar caminhando. Uma tecnologia desenvolvida pelo brasileiro com ajuda de seus colaboradores em diversos países. Um know how totalmente Made in Brazil.

No início do mês, a revista científica internacional Scientific Reports publicou artigo com novos resultados do Andar de Novo. Nele, os autores relatam como dois dos pacientes do seu grupo original de voluntários, bem como um novo paciente, conseguiram recuperar a capacidade de caminhar com um grau importante de autonomia.

Em vez do exoesqueleto apresentado na abertura da Copa do Mundo disputada no Brasil, em 2014, uma estrutura mais simples comporta o conjunto que permite o funcionamento de um sistema de estimulação elétrica de grupos musculares dos membros inferiores.

“Seguindo a sua filosofia original, e diferentemente de estudos recentes de outros grupos, toda a abordagem usada neste estudo se valeu de métodos não-invasivos que não necessitam de qualquer procedimento cirúrgico medular”, explica o cientista em sua página em uma rede social.

“Neste estágio do treinamento, os pacientes não precisaram mais usar o exoesqueleto robótico, mas apenas um sistema de suporte corpóreo e um andador convencional e de baixo custo”.

Top 100

O artigo com os resultados do trabalho de Nicolelis foi escolhido entre mais de 1.600 artigos em neurociência publicados pela revista Scientific Reports. Um outro trabalho do cientista, sobre a sincronização entre cérebros de primatas durante uma tarefa social foi o vigésimo segundo mais lido e baixado na publicação, o que conferiu uma distinção.

“Invadam os grupos do Zap e mostrem a ciência brasileira competindo em pé de igualdade com qualquer um no mundo! Ou agimos agora ou ñ vai sobrar nada”, escreveu recentemente em seu perfil no Twitter. Nicolelis é um dos mais importantes cientistas brasileiros da atualidade e também ativista político e ferrenho defensor da educação e da ciência brasileira.

Os novos resultados do Andar repercutiram também no meio político. “Como bem disse o próprio professor Nicolelis, taí um feito histórico da ‘balbúrdia’ da ciência brasileira! Enquanto isto, o DESGoverno Jair Bolsonaro e seu ministro perseguem professores e querem cortar verbas das universidades públicas!”, disse a deputada Erika Kokay (PT-DF).

“Aqui novamente as imagens de um feito histórico da balbúrdia da ciência brasileira!”, diz cientista brasileiro Miguel Nicolelis , que fez dois paraplégicos caminharem por meio de uma interface cérebro-máquina”, tuitou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT).

O religioso Leonardo Boff também deixou seu recado. “Parabens Miguel Nicolelis. Só por isso você comparece como candidato a um Nobel em ciência. Você nos mostra outra coisa que a estupidez do ex-capitão nos quer reduzir.”

Para o deputado federal Pepe Vargas (PT-RS), “a pesquisa brasileira faz paraplégicos caminharem. Enquanto os pesquisadores brasileiros fazem história, o governo federal corta o orçamento. Não existe argumento para o corte na educação brasileira. Bolsonaro é inimigo do conhecimento. Parabéns para o professor Miguel Nicolelis.”

Rede Brasil Atual


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