Brasil | Escándalo en Lava Jato: la Cámara de Diputados convoca a Moro para que explique los mensajes sobre Lula

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Diputados por escuchar a exjuez Moro sobre mensajes comprometedores

Una comisión de la Cámara de Diputados de Brasil aprobó ayer un requerimiento para invitar al ministro de Justicia, el exjuez Sérgio Moro, a aclarar el intercambio de mensajes comprometedores que salieron a la luz y ponen en duda su imparcialidad.

Según la estatal Agencia Brasil, la Comisión de Trabajo, Administración y Servicio Público de la Cámara certificó el convite a Moro de autoría del vicelíder del Partido de los Trabajadores, diputado Rogério Correia.

Por tratarse de invitación, el cuestionado exmagistrado no está obligado a comparecer y todavía no hay fecha definida para escucharlo.

Además de esta invitación, otras peticiones fueron protocoladas en el plenario de la Cámara y en la Comisión de Derechos Humanos y Minorías. Estas aún no han sido votadas por los representantes.

Legisladores de partidos de oposición también evalúan un pedido para instalar la Comisión Parlamentaria Mixta de Investigación a fin de averiguar el intercambio de mensajes entre Moro y el procurador de la operación Lava Jato, Deltan Dallagnol.

El sitio digital The Intercept publicó el domingo tres reportajes que sacaron a la luz inéditas conversaciones de Moro con fiscales de la Lava Jato para incriminar al expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, quien cumple prisión desde hace más de un año por supuestos actos de corrupción.

Las revelaciones del grupo de periodistas, liderados por el bloguero, abogado y comunicador estadounidense Gleen Greenwald, muestran como la Lava Jato no resulta una acción jurídica, sino una operación política fuera de la ley.

Tales conversaciones fueron obtenidas hace algunas semanas por el sitio a través de una fuente anónima.

Sobre Moro y el presidente Jair Bolsonaro, el columnista dijo tener conversaciones acerca del exjuez pensando en la posibilidad de aceptar una oferta del político de extrema derecha si ganaba en las urnas. ‘Eso fue antes de la elección, creo que después de la primera vuelta’, afirmó.

Para Greenwald, tras las revelaciones, las sentencias de Moro deben ser reevaluadas, pues cuando un juez viola las reglas éticas, obviamente crea duda si se acepta su juicio.

Esa incertidumbre ahora existe y los abogados de Lula podrían entrar con un proceso y anular el juicio del expresidente ‘a causa de esa evidencia nueva’, pronosticó.

Prensa Latina


Câmara aprova convite para que Moro explique mensagens atribuídas a ele

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (12) um convite ao ministro Sérgio Moro para que explique as mensagens atribuídas a ele e publicadas no site Intercept, em que Moro, segundo o site, orientaria procuradores da Operação Lava Jato. O ministro já havia se oferecido para fazer a mesma coisa no Senado.

Como se trata de convite, e não convocação, o ministro não é obrigado a comparecer.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) havia apresentado à comissão um requerimento de convocação de Moro, que obrigaria o ministro a comparecer, sob risco de cometer crime de responsabilidade. No entanto, um acordo entre os parlamentares transformou o pedido de convocação em convite.

«Acho que é um debate que nós temos que fazer, no sentido de aprofundar o processo democrático brasileiro. Não é possível no futebol o juiz conversar com o capitão de um time adversário e determinar aqui lo que vai apitar. Isso vale para o sistema jurídico brasileiro», afirmou o deputado.

O colegiado agendou a audiência com o ministro da Justiça o dia 26, em conjunto com outras duas comissões: a de Constituição e Justiça e a de Direitos Humanos e Minorias.

No Senado, também houve acordo para evitar uma convocação do ministro da Justiça, e assegurar que ele possa ir à Casa voluntariamente como convidado para falar do conteúdo das conversas que supostamente trocou com o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dall’Agnol.

Nesta terça, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou que Moro vai comparecer à CCJ da Casa no dia 19 para falar sobre o vazamento.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), encaminhou a Alcolumbre um ofício no qual o ministro da Justiça se colocava à disposição dos senadores para ser ouvido pela CCJ.

O que diz a Constituição

No domingo (9), o site Intercept publicou reportagens com trechos de conversas que teriam sido extraídas do aplicativo Telegram, entre 2015 e 2017. Nas conversas, Moro orientou ações e cobrou novas operações dos procuradores.

A Constituição diz que um juiz não pode aconselhar o Ministério Público nem direcionar seu trabalho. Deve apenas se manifestar nos autos dos processos para resguardar sua imparcialidade.

Moro e Bolsonaro em jogo do Flamengo

O presidente Jair Bolsonaro levou na noite desta quarta o ministro Sérgio Moro ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para assistir ao jogo entre Flamengo e CSA, pelo Campeonato Brasileiro.

Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o episódio que envolve o ministro em relação às publicações do site The Intercept. Nesta terça, encerrou uma entrevista em São Paulo quando recebeu uma pergunta sobre o assunto. Mas no mesmo dia recebeu Moro na residência oficial do Palácio da Alvorada e depois foi com ele, de lancha, para uma cerimônia da Marinha. Nesta quarta, ele também recebeu o ministro, em audiência no Palácio do Planalto. À noite, foi com o ministro ao jogo.

Na noite desta quarta, Bolsonaro e Moro estavam na tribuna do estádio quando um torcedor jogou uma camisa do Flamengo para o presidente, que a vestiu. Logo depois, Bolsonaro pediu aos torcedores que jogassem outra, para Moro poder usar. Um torcedor, então, jogou. E o ministro da Justiça vestiu (veja no vídeo acima).

Em outro momento, quando ainda não estavam usando a camiseta do clube, Bolsonaro e Moro ergueram os braços, e parte dos torcedores os aplaudiu.

Também compareceram ao jogo o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro Paulo Guedes (Economia).

G1


‘In Fux we trust’, disse Moro a Deltan em mensagem vazada

Novos trechos de diálogos entre o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, e o ex-juiz e ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, no aplicativo Telegram foram divulgados nesta quarta-feira, 12.

Veiculado por um jornalista do site The Intercept Brasil em um programa da Rádio Bandeirantes, o conteúdo mostra Deltan falando em um grupo de procuradores da Lava Jato sobre uma conversa que teve com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. No encontro, Fux teria dito ao procurador que a sua equipe poderia “contar com ele”, que o então relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, morto em janeiro de 2017, “fez queda de braço com Moro e viu que se queimou” e que “o tom da resposta do Moro depois foi ótimo”.

As mensagens de Deltan são do dia 22 de abril de 2016, pouco mais de um mês depois de Sergio Moro divulgar o conteúdo de grampos telefônicos que flagraram ligações entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Moro deu publicidade a áudios de telefonemas feitos depois do fim do prazo legal das interceptações, o que levou Teori a cobrar dele explicações.

“Caros, conversei com o Fux, mais uma vez, hoje. Reservado, é claro: o ministro Fux disse quase espontaneamente que Teori fez queda de braço com Moro e viu que se queimou. E que o tom da resposta do Moro depois foi ótimo. Disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me para ir à casa dele rs. Mas os sinais foram ótimos. Falei da importância de nos protegermos como instituições. Em especial no novo governo”, afirmou Deltan Dallagnol aos procuradores.

Em seguida, ele encaminhou o conteúdo da conversa ao próprio Moro, que respondeu: “Excelente. In Fux we trust” [Em Fux nós acreditamos]. Após a divulgação das mensagens, a hashtag #infuxwetrust chegou aos Trending Topics do Twitter.

Veja


Lula desafia Globo a fazer debate entre ele, Moro e Dallagnol

Em nova entrevista concedida nesta quarta-feira (12), desta vez à TVT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs à TV Globo que faça um debate entre ele e seus algozes – o procurador da República Deltan Dallagnol e o ministro da Justiça Sérgio Moro.

Conduzida pelos jornalistas Juca Kfouri e José Trajano na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, a entrevista durou cerca de duas horas.

Segundo Kfouri e Trajano, Lula se mostrou indignado com as revelações do conluio entre Moro e Dallagnol, trazidas ao conhecimento público pelo site The Intercept Brasil no último domingo (9).

O ex-presidente também falou do desmonte do país pelo atual governo, afirmando que o ministro da Economia quer vender até o Palácio do Planalto. “Só não quer vender a cadeira de Bolsonaro, porque ninguém quer comprar”, diz o ex-presidente, segundo relato de Kfouri em seu blog.

A entrevista vai ao ar na quinta-feira (13) às 20h. Pode ser assistida pela internet ou por canais a cabo e UHF.

Brasil de Fato


Lula deve ser libertado e ter sua condenação anulada, diz Bernie Sanders

Após a série de reportagens publicadas pelo Intercept Brasil sobre conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol que mostram irregularidades nos casos da Lava Jato, o senador norte-americano pelo estado de Vermont Bernie Sanders afirmou que a condenação contra Luiz Inácio Lula da Silva deve ser anulada e que o ex-presidente deve ser libertado.

Em declaração dada ao site The Intercept, Sanders afirmou que a prisão do ex-mandatário tem um caráter político e que sua condenação deve ser anulada.

«Hoje está mais claro do que nunca que Lula da Silva foi preso em uma perseguição política e que foi negado a ele um julgamento justo e o devido processo», disse o senador.

Sanders também afirmou que «durante sua presidência, Lula alcançou enormes reduções na pobreza e permanece como o político mais popular do Brasil».

«Eu me coloco com líderes sociais e políticos de todo o mundo que estão pedindo ao Judiciário brasileiro para que liberte Lula e anule sua condenação», afirmou.

Ainda nesta terça, o deputado do Partido Democrata pelo estado da Califórnia, Ro Khanna, pediu ao governo dos Estados Unidos que investigue e apoie investigações sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a divulgação das mensagens entre Moro e Dallagnol.

«Essa reportagem [publicada pelo Intercept Brasil] confirma o que todos nós sabíamos – que Moro foi um fator ruim e parte de uma conspiração maior para mandar Lula para a cadeia», afirmou Khanna.

O democrata ainda disse que «embora não caiba aos EUA fazer um julgamento factual sobre a inocência de Lula, essa reportagem mostra que Moro não foi imparcial e coordenou [atos] com a procuradoria. Isso viola todas as normas judiciais e éticas».

Vazamento

Uma série de três reportagens publicadas no último domingo (09) pelo Intercept Brasil expõe mensagens do ex-juiz federal Sérgio Moro, do procurador Deltan Dallagnol e outros membros do Ministério Público do Paraná que mostram atuação conjunta dos dois para impedir uma vitória eleitoral de Fernando Haddad e antecipar a prisão de Lula. As conversas revelam até que o procurador tinha dúvidas sobre as provas que dizia ter no caso do tríplex.

Juristas de todo o país condenaram as atitudes do atual ministro da Justiça e do procurador durante os processos da Lava Jato. Nesta segunda-feira (10), a OAB recomendou o afastamento de Moro e Dallagnol de seus cargos públicos até que investigações sejam concluídas.

Brasil de Fato

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