Greenpeace denuncia que Bolsonaro está «inundando de veneno» a Brasil tras autorizar 42 nuevos agrotóxicos

Plantação de soja no Brasil Foto: Michel Filho / Agência O Globo
818

Greenpeace apunta contra Bolsonaro por el uso de agrotóxicos: “Está inundando de veneno a Brasil”

La organización ambientalista Greenpeace denunció este lunes que el Gobierno del ultraderechista Jair Bolsonaro esta «inundando de veneno» a Brasil, tras autorizar el uso de 42 nuevos agrotóxicos, que se suman a otros 197 aprobados durante su mandato.

Según Greenpeace, de los 239 químicos para la agricultura que han sido autorizados desde que Bolsonaro asumió como presidente de Brasil, el pasado 1 de enero, el 43 % es considerado como «extremadamente tóxico» y el 31 % no es aprobado en la Unión Europea.

«Ya pasamos de 200 las aprobaciones de agrotóxicos este año, el país está inundado de veneno», señaló Marina Lacorte, coordinadora de la campaña de Alimentación y Agricultura de Greenpeace, citada en un comunicado.

La activista señaló que si bien se pueden producir alimentos sin la necesidad de utilizar agrotóxicos,»cada vez más venenos llegan a la mesa del pueblo brasileño y más insostenible queda nuestra agricultura, haciéndola inviable a largo plazo».

Según Greenpeace, solo de los 42 químicos que fueron autorizados este lunes por el Gobierno de Bolsonaro, 18 son clasificados como «extremadamente tóxicos».

Uno de ellos es un producto elaborado con base en Florpirauxifen-benzil, una molécula nueva en Brasil, que según la ONG puede provocar reacciones alérgicas en la piel y es considerada como altamente tóxica para organismos acuáticos, con efectos prolongados.

Para la organización ambientalista, la autorización de 239 agrotóxicos, en prácticamente seis meses, representa un hecho «inédito» en Brasil, para este mismo período de tiempo, durante la última década.

«Además de los 239 agrotóxicos ya autorizados, hay 440 nuevos pedidos de registro. Si el ritmo de liberación continúa como va, podemos finalizar 2019 con un nuevo récord de aprobación de agrotóxicos, superando 2018», señaló la ONG.

De acuerdo con Greenpeace, en 2018 fueron aprobados 422 agrotóxicos.

Clarín


Governo federal libera mais 42 agrotóxicos no Brasil e amplia recorde desde a posse de Bolsonaro

O Ministério da Agricultura autorizou a utilização de 42 novos agrotóxicos no Brasil, ampliando o recorde de pesticidas liberados pelo governo federal neste ano. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (24).

Ao todo, a pasta liberou 239 novos agrotóxicos no país desde janeiro. Segundo o ministério, boa parte das substâncias segue fórmulas que já estão no mercado — apenas uma delas nunca havia sido introduzido no Brasil—, e a medida visa aumentar a concorrência.

Na lista, há itens que já foram banidos pela União Europeia e vários definidos como «muito perigosos para o meio-ambiente» pelo próprio governo.

Em abril, a ministra da Agricultura , Tereza Cristina (DEM), atribuiu as liberações recordistas neste ano a critérios «técnicos» que eram barradas em governos anteriores por conta de «processo ideológico».

Oficialmente, a pasta defende a autorização do uso destas novas fórmulas para “aumentar a concorrência e baratear custos” dos agrotóxicos , enfatizando que os produtos são fórmulas “genéricas” de princípios ativos já produzidos no Brasil.

A engenheira agrônoma e porta-voz do Greenpeace, Marina Lacôrte, diz que a regulamentação dos agrotóxicos autorizados neste ano ignora bases cientificas:

— Não há produtos novos ou que nunca tinham sido liberados antes, com exceção de um, mas há muitas combinações novas, que podem ter efeitos diferentes e que ainda não foram estudadas. A patente é quebrada e outras indústrias passam a produzir — explica Lacôrte. — Há, ainda, produtos que serão descontinuidados em breve por serem muito tóxicos (na avaliação do governo), mas foram liberados com novas marcas.

Sem teste

O novo agrotóxico introduzido no Brasil, segundo a ONG, não foi sequer testado na União Europeia, seria muito tóxico e prejudicial aos animais aquáticos. Chamado de Florpirauxifen-benzil, ele não consta no cadastro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

O Greenpeace estima que 30% dos agrotóxicos liberados desde janeiro já foram vetados no bloco europeu. O crescimento no número de produtos no país começou em 2016, mas aumentou consideravelmente desde a posse do novo governo, apoiado pela bancada ruralista.

O governo já atendeu a 440 outros pedidos de registro de agrotóxicos , que ainda precisam passar por etapas burocráticas até a liberação.

— O cliente da Anvisa e do Ministério do Meio Ambiente é a sociedade, não as empresas. Claro, elas são também parte do processo. Ninguém está falando em parar de usar agrotóxicos da noite para o dia. Isso é impossível. Mas estamos pedindo políticas públicas voltadas para esse problema — defende a porta-voz da ONG. — O agronegócio conta com o retorno econômico, tratado com muito orgulho pelo setor, mas deixa de fora a contaminação de água, que não pode ser mais aproveitada, e a do solo. Isso inviabilizará a produção a longo prazo.

Procurados, Anvisa e Ministério do Meio Ambiente não haviam se manifestado até a conclusão desta reportagem.

* Estagiário, sob orientação de Marco Aurélio Canônico

O Globo


VOLVER
Más notas sobre el tema