Bolsonaro cancela reunión entre diplomáticos brasileños e iraníes

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Governo Bolsonaro cancela reunião entre diplomatas brasileiros e iranianos em Teerã

O governo de Jair Bolsonaro cancelou reunião agendada para esta quarta-feira (8), entre a encarregada de negócios da embaixada brasileira em Teerã, Maria Cristina Lopes, e diplomatas iranianos na chancelaria do país persa. A agenda do encontro cancelado pelo Itamaraty envolvia temas relacionados a cooperação cultural.

Segundo a Folha de S.Paulo, entre os motivos para o cancelamento estaria a divergência entre Brasil e Irã a respeito do ataque norte-americano que, no dia 2, assassinou o general Qassem Soleimani.

O ataque ordenado pelo presidente norte americano Donald Trump foi classificado como terrorismo de Estado por diversos analistas, entre os quais o professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Reginaldo Nasser.

Após o ataque, o Ministério de Relações Exteriores brasileiro divulgou nota na qual manifestou apoio “à luta contra o flagelo do terrorismo”. Depois da nota, contrariando opinião da cúpula militar, Bolsonaro declarou seu apoio ao governo norte-americano. “Nós não aceitamos o terrorismo. Não interessa o lugar do mundo em que ele venha a acontecer”, disse.

No mesmo dia, o Irã convocou a diplomacia brasileira de sua embaixada em Teerã para explicar a posição.

Explosões em Bagdá

Duas fortes explosões causadas por foguetes Katyusha foram ouvidas nesta quarta-feira (8), dentro da chamada Zona Verde, região fortificada em Bagdá, na qual estão vários prédios do governo e missões estrangeiras. A informação é da agência Reuters. Segundo fontes não identificadas citadas pela agência, não houve vítimas.

Ao contrário do ataque realizado e assumido pelo Irã na madrugada desta quarta-feira (8), nem o país persa, nem outra nação ou grupo reivindicou a ação.

Rede Brasil Atual


Lula da Silva criticó el «servilismo» de Bolsonaro con Trump

Luiz Inácio Lula da Silva le recomendó a Jair Bolsonaro dejar de «arrodillarse» ante Donald Trump apoyando a libro cerrado la ofensiva estadounidense lanzada el jueves último contra Irán cuando fue asesinado el general iraní Qassem Soleimani . «Creo que es grave este servilismo (..) Brasil no tiene que envolverse en este conflicto» apartándose de su tradición diplomática.

Desde que llegó al Palacio del Planalto, en enero del año pasado, el excapitán del ejército «no ha medido esfuerzos para demostrar que es un lamebotas de Estados Unidos, hasta hizo la venia frente a la bandera norteamericana», reseñó.

«Brasil es un constructor de paz (..) a diferencia de EEUU que siempre está tirando piedras».

Durante una entrevista transmitida en vivo este miércoles por el portal DCM el expresidente analizó la posición del actual gobierno ante la escalada de la crisis en Medio Oriente donde ayer Irán atacó dos bases norteamericanas en Irak.

Discrepó con Bolsonaro, para quien el fallecido Qassem Soleimani, jefe de la Guardia Revolucionaria iraní, no tenía el grado de general.

Millones de iraníes participaron en los funerales de Soleimani que «era oficialmene reconocido como un general», declaró Lula.

Irán es un país «poderoso», con armamento, una población numerosa y «hoy tiene más influencia en Irak que Estados unidos».

Asumiendo una posición criticada hasta por sectores de las fuerzas armadas brasileñas Bolsonaro acusó de «terrorista» al gobierno de Teherán llevando la relación bilateral al borde de la ruptura.

La diplomática Maria Cristina Lopes, responsable interina de la misión en Teherán, fue convocada dos veces por las autoridades persas para que explique la posición de Brasila.

Grupos de interés que simpatizan con el bolsonarismo, como los empresarios del agronegocio, no adhieren al discurso hostil contra un país que en 2019 importó 2.100 millones de dólares de maíz, soja y carnes brasileños. Una eventual ruptura de relaciones supondrá el embargo a las importaciones de alimentos.

Al aceptar ser un mandadero de la Casa Blanca, Bolsonaro se embarcó en la estrategia personal del republicano Trump con vistas a los comicios norteamericanos de noviembre en los que busca su reelección, sostiene Lula.

«Estados Unidos siempre precisa enemigos, esto me huele a campaña electoral de Trump, él sabe que las elecciones no están fáciles, sabe que puede perder las elecciones, aunque esto no es seguro, y sabe que una guerra puede ayudarlo, esto es muy delicado porque Irán tiene una tradición cultural milenaria» y el conflicto puede extenderse dado que «China tiene interés en Irán, Rusia tiene interés en Irán».

El líder del Partido de los Trabajadores atribuyó la actitud de Bolsonaro no sólo a su adulación de Trump, sino también a la «falta de conocimiento» acerca de las sutilezas de la diplomacia.

Dijo haber aprendido mucho sobre política internacional con el excanciller Celso Amorim y Marco Aurelio García (1941-2017), el dirigente del PT, que fue su consejero durante sus dos mandatos.

En la entrevista de hoy Lula recordó, para demostrar cual debiera ser el papel brasileño en esta crisis, que hace unos diez años viajó a Teherán como mentor de un acuerdo nuclear construido con el consenso de Irán y Turquía y el aval de Estados Unidos y Francia.

Página 12


Lula comenta tensão no Irã e diz que Bolsonaro é “lambe botas” de Trump

O ex-presidente Lula disse que o atual mandatário do país, Jair Bolsonaro, é 1 “lambe botas” dos Estados Unidos e de Donald Trump. A fala foi feita nesta 4ª feira (8.jan.2020) durante entrevista ao site Diário do Centro do Mundo.

O petista falou que os EUA sempre criam 1 inimigo pouco antes das eleições.“Isso está me cheirando a campanha eleitoral”, disse. Trump tentará reeleição neste ano pelo Partido Republicano.

Para o petista, os EUA “gostam de criar confusão e de preferência longe do território deles”. Segundo ele, “não há necessidade de se inventar ‘terrorismo’ no Irã”.

“Hoje está provado que não havia armas químicas no Iraque. E em nome disso destruíram 1 país, que hoje se volta contra os EUA.”

Lula afirmou ainda que o governo brasileiro não deve se meter na disputa entre os países estrangeiros. “O momento não é adequado para o Brasil se meter em uma briga externa. O Brasil não tem contencioso com o mundo, sempre manteve uma política diplomática harmoniosa. Devemos ser um construtor de paz”, afirmou.

Eis a íntegra da entrevista de Lula (o petista começa a falar a partir de 1h15min32s):

Poder 360


Bolsonaro faz live assistindo Trump e lembra relação de Lula com Irã

O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) fez uma transmissão ao vivo em suas redes sociais assistindo ao pronunciamento do presidente Donald Trump sobre ataques em bases norte-americanas.

Ao final do pronunciamento do presidente dos Estados Unidos Bolsonaro fez um breve comentário citando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua relação com o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

“Muitos acham que o Brasil deve se omitir no tocante aos acontecimentos. Vou dizer apenas uma coisa. O sr. Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto presidente da República, esteve no Irã e lá defendeu que aquele regime enriquecesse urânio acima de 20%, que seria para fins pacíficos”, lembrou Bolsonaro.

O presidente deixou a entender que Lula teria ido contra a Constituição do Brasil ao estreitar os laços com o Irã.

“Nós temos que seguir nossas leis, não podemos extrapolar. Acredito que a verdade tem que fazer parte do nosso dia a dia e nós queremos paz no mundo. Repito, o sr. Lula esteve no Irã e defendeu junto ao Ahmadinejad que o país enriquecesse urânio acima de 20% para fins pacíficos. Nossa constituição diz aqui, no artigo quarto, que a República Federativa do Brasil rege-se, nas relações internacionais, pelos seguintes princípios: a defesa da paz e o repúdio ao terrorismo”, concluiu Bolsonaro.

Com relações próximas ao presidente dos Estados Unidos, o governo de Bolsonaro fez comentários de apoio ao ataque contra o general Qasem Soleimani e disse apoiar a luta contra organizações terroristas pelo mundo. Ao mesmo tempo, Bolsonaro afirmou que pretende manter as relações e negócios com o Irã.

Parceiro comercial 

A referência feita por Bolsonaro às relações do ex-presidente Lula com o Irã trata de visitas feitas entre os líderes e autoridades dos dois países a partir de 2003, quando o petista assumiu o Planalto.

Entre 2003 e 2005 a exportações brasileiras com o Irã cresceram 47% e no último ano do governo Lula, em 2010, o aumento nas exportações foi de 130%, se tornando um importante parceiro comercial do Brasil.

No ano passado, o Brasil exportou um volume total de US$ 2,1 bilhões ao Irã, com um saldo positivo de quase US$ 2 bilhões.

Estado de Minas


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