Brasil: gremios y movimientos marcharán en defensa de la democracia luego del acto militar que pedirá el cierre del Congreso

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Centrais e movimentos vão às ruas por democracia três dias após ato pró-Bolsonaro

As centrais sindicais decidiram ampliar a pauta do ato marcado para 18 de março, originalmente em defesa dos serviços públicos e da educação, incluindo empregos, direitos e democracia. Reunidos nesta quinta-feira (27) na sede do Dieese, em São Paulo, dirigentes de todas as centrais veem com preocupação atitudes do governo Bolsonaro, entre outras, que na avaliação das entidades “colocam em risco a estabilidade social”. A manifestação do dia 18, que já estava marcada, ocorrerá três dias depois de um ato pró-Bolsonaro convocado para apoiar o governo – e também pressionar o Congresso –, com apoio do próprio presidente e com mensagens de extrema-direita disparadas por redes sociais.

Segundo o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, os sindicalistas acompanham “com indignação e preocupação o movimento que o presidente Bolsonaro vem fazendo, em confrontar o processo democrático e os poderes da República”. Por isso, a decisão de ampliar o ato do dia 18. “O caráter da manifestação se mantém.” Também participou da reunião de hoje o ex-candidato à Presidência Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Ontem (26), as centrais divulgaram nota sobre a situação política. Apesar das críticas, a questão do impeachment não está em pauta neste momento, de acordo com o dirigente da CTB.

O calendário definido anteriormente pelas centrais prevê atos também nos dias 8 e 14 de março, o primeiro pelo Dia Internacional da Mulher e o segundo em memória da vereadora Marielle Franco, cujo assassinato completará dois anos nesse data. Todos, além da pauta específica própria, ganharam novo peso após a gravidade das convocações ao ato pró-bolsonaro.

Eles voltarão a organizar um 1º de Maio unificado. Na próxima terça-feira, as entidades participam ainda de reunião com partidos e organizações sociais em defesa do Estado democrático de direito, marcado para o Congresso Nacional.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou ao portal da central que o dia 18 terá mobilizações em locais de trabalho, paralisações e atos pelo país. Ele afirmou que enquanto as medidas do governo retiram direitos sociais, a economia “patina”, sem sinal de recuperação, e o patrimônio nacional é posto à venda por preço irrisório.

“As filas para receber o Bolsa Família só aumentam, mais de 12 milhões de brasileiros e brasileiras estão desempregados e mais de 50% da população na informalidade. Isso sem contar o crescimento do número de pessoas em situação de rua em todo país. E para piorar não existe nenhuma política no sentido de reverter este cenário, pelo contrário”, afirma Sérgio Nobre, ressaltando o caráter anti-Estado de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Eles odeiam tudo que é público, tudo que é estatal, e não escondem isso”, afirma. E acrescenta que o país tem serviços públicos de qualidade, mas se não houver reação todos estão sob ameaça de destruição.

Rede Brasil Atual


Líderes da Câmara marcam reunião para articular resposta a vídeo disparado por Bolsonaro

Líderes na Câmara dos Deputados organizam uma reunião, na próxima terça-feira, 2, às 10h, para articular um posicionamento sobre o vídeo compartilhado pelo presidente Jair Bolsonaro. O objetivo do encontro é chegar a uma «resposta institucional dura» sobre a convocação feita por Bolsonaro para ato em sua defesa e contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 15 de março.

«Isso não é um problema da oposição, é um problema de todos que defendem a democracia. Estamos chamando todos os partidos da Casa, muito além da oposição», informou a líder da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Segundo a deputada, as lideranças da Casa se articulam para realizar um «debate amplo» que conte com a presença de representantes de entidades civis que se posicionaram sobre o assunto, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e centrais sindicais.

A líder da minoria disse ainda que o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) «tem todo o conhecimento» sobre a reunião e que a ideia inicial dos parlamentares envolvidos era que ele próprio convocasse o encontro. «Gostaríamos que ele (Maia) e Davi Alcolumbre (presidente do Senado) estivessem na reunião», afirmou.

O debate de terça também selará as conversas sobre o direcionamento para um possível pedido de impeachment de Bolsonaro, que ainda não é considerado de forma séria pelos parlamentares, segundo Jandira. Em evento em Madri, nesta quinta-feira, Maia chegou a comentar que o PT e o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) têm o direito de apresentar pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro, se decidirem por tal. «O que eu posso fazer? É um direito deles», disse Maia.

A bancada petista ainda não tem uma posição sobre o tema. O líder do partido na Câmara, deputado Enio Verri (PT-PR), informou que o grupo se reúne na segunda-feira, à tarde, para discutir uma resposta à atitude do presidente. «Nossa bancada é muito grande, são 54 parlamentares. É claro que tem deputados que defendem que a bancada oriente pelo pedido de impeachment. Mas isso ainda não está no radar do partido e nem da liderança”, explicou. Para o deputado, um pedido do tipo «não se faz por fazer» e para tal seria preciso ter «base social e amplo apoio político». «Hoje não temos nada que oriente nessa direção», destacou.

Estadao


Bolsonaro nega envio de vídeo sobre ato no próximo dia 15; jornalista diz que ele mente

O presidente Jair Bolsonaro negou, nesta quinta-feira (27/2), durante transmissão ao vivo em sua página no Facebook, que tenha compartilhado pelo WhatsApp vídeo que convoca a população para manifestação no próximo dia 15. Pouco depois da live feita pelo presidente, a jornalista Vera Magalhães, responsável pela notícia que Bolsonaro buscou desmentir, afirmou, pelo Twitter, achar «perigoso a um presidente mentir em rede nacional».

A declaração de Bolsonaro e a resposta de Magalhães dizem respeito a uma informação divulgada pela jornalista na última terça-feira (25/2). Segundo ela, o presidente transmitiu, naquele dia, para contatos no WhatsApp, um vídeo chamando para a manifestação em seu apoio e «contra os inimigos da nação».

«O presidente Jair Bolsonaro está disparando de seu celular pessoal um vídeo em tom dramático que mostra a facada que sofreu em 2018 em Juiz de Fora para dizer que ele «quase morreu» para defender o País e agora precisa que as pessoas vão às ruas no dia 15 de março para defendê-lo. O ato do dia 15 está sendo convocado por movimentos de direita em defesa do governo e contra o Congresso Nacional», escreveu a jornalista.

Em seguida, ela informava que, ao compartilhar o vídeo, Bolsonaro escreveu a seguinte mensagem:

«- 15 de março.

– Gen Heleno/Cap Bolsonaro

– O Brasil é nosso,

– Não dos políticos de sempre.»

Na live desta quinta-feira, Bolsonaro disse que compartilhou um vídeo, mas de uma manifestação ocorrida em 2015. «A Vera Magalhães teria — olha só, Vera, como eu sou legal contigo, você teria recebido um vídeo, eu pedindo, sim, o apoio para manifestação de 15 de março de… 2015! Então, esse vídeo deve tá rodando por aí, vou botar no meu Facebook daqui a pouco, é um vídeo que eu peço o comparecimento na manifestação de 15 de março de 2015, que, por coincidência, foi num domingo. E daí, pelo que parece, Vera Magalhães, você pegou esse vídeo, não posso afirmar que seja essa a história realmente, (porque) não sou da tua laia, então, em cima disso você fez a matéria que eu taria disparando WhatsApp pedindo apoio para o movimento do dia 15 de março agora.

Terminada a transmissão, a jornalista se manifestou pelo Twitter e postou prints do WhatsApp de Bolsonaro. «Aqui está o print que publiquei dos DOIS vídeos que o senhor enviou a seus contatos no WhatsApp neste feriado, e não em 2015. Veja que tem seu passeio de moto no Guarujá, depois seu texto, e os dois vídeos, presidente. Eles falam da facada que o senhor sofreu, que foi em 2018, e de sua eleição, também em 2018. Como podem ser de 2015?», questionou. «Portanto aqui está a minha vergonha na cara. O senhor foi aconselhado a fazer essa live nesses termos? Acho perigoso a um presidente mentir em rede nacional. Acrescenta mais uma à sua lista de condutas impróprias. Um abraço», acrescentou.

Leia o que disse o presidente Bolsonaro:

«Praticamente toda a mídia (afirmou que) eu disparei trilhões de zap pedindo o apoio de todos à manifestação de 15 de março. O que eu mandei para poucas pessoas do meu círculo de amizade; eu mando sem filtro. São ministros, algumas personalidades, talvez não passe de 50, 60 (pessoas).

E a Vera Magalhães teria, olha só, Vera, como eu sou legal contigo, você teria recebido um vídeo, eu pedindo, sim, o apoio para manifestação de 15 de março de… 2015! Então, esse vídeo deve tá rodando por aí, vou botar no meu Facebook daqui a pouco, é um vídeo que eu peço o comparecimento na manifestação de 15 de março de 2015, que, por coincidência, foi num domingo. E daí, pelo que parece, Vera Magalhães, você pegou esse vídeo, não posso afirmar que seja essa a história realmente, (porque) não sou da tua laia, então, em cima disso você fez a matéria que eu taria disparando WhatsApp pedindo apoio para o movimento do dia 15 de março agora.

Depois, como ela não conseguiu, viu que tinha feito besteira, porque o vídeo é de cinco anos atrás, começou a ligar para algumas pessoas para saber se eu tinha mandado záp ou não. E uma pessoa teria confirmado que eu mandei um zap. Agora, esse vídeo ela não mostra.

Mostra o vídeo, vê se eu estou lá atacando o Parlamento brasileiro, atacando o Poder Judiciário, atacando quem quer que seja. Veja. Ela não mostra isso ái. Ela printou o vídeo; essa pessoa que passou pra ela… ela printou o vídeo, não mostrou o vídeo em si. Até o vídeo que tá no print dela não tem nada a ver. É um vídeo que fala um pouco da minha vida, da facada, da campanha, nada mais além disso.

Agora, com toda certeza, repito, não posso afirmar com toda certeza. Ela queria dar um furo de reportagem com aquele vídeo convocando o pessoal para 15 de março, domingo, mas ela, no seu afã de dar um furo jornalístico rapidamente, ela esqueceu de ver a data que era 2015, se bem que dava pra ver pela minha fisionomia, eu estava mais jovem.

Agora, mais um trabalho porco, que a mídia toda repercutiu. (…)

Por não gastar dinheiro com essa mídia podre que nós temos, sofremos ataques. (…)

Não vou mudar. Não estou atacando a mídia brasileira. Vocês são importantes quando vendem a verdade».

Correio Braziliense


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