Bolsonaro afianza su vínculo con Trump y firma un acuerdo militar con EEUU

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Alianza militar Brasil-EE.UU.

El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, firmó un acuerdo militar con Estados Unidos que, según el jefe del Comando Sur, Craig Faller, ayudará a enfrentar amenazas como la que supone Venezuela en la región. El tratado permite el ingreso de la industria brasileña como proveedor del sector de defensa norteamericano, el mayor del mundo. El acuerdo, que debe ser ratificado por los parlamentos de ambos países, fue firmado en la sede del Comando Sur (Southcom) de Estados Unidos en Miami, con motivo de la visita al país de Bolsonaro , quien se reunió con el presidente Donald Trump el sábado.

“Es un acuerdo histórico”, dijo Faller, quien recibió a Bolsonaro en la sede del Southcom ubicada en Doral, un suburbio de Miami habitado mayormente por venezolanos. Faller dio una conferencia de prensa junto al ministro de Defensa brasileño, el general Fernando Azevedo, para dar mayores precisiones. “Este ha sido un viaje muy provechoso en materia de defensa para Brasil y nuestras fuerzas armadas”, destacó Azevedo al respecto, según el diario Folha de São Paulo.

El instrumento firmado el domingo permitirá ampliar el acceso brasileño al mercado de defensa estadounidense, así como otros acuerdos para el sector, al reducir los procesos burocráticos para el comercio bilateral en ese rubro. Además podría facilitar la entrada de productos brasileños en los otros 28 países miembros de la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN), la mayoría de los cuales tiene acceso al fondo de defensa estadounidense.

El tratado estaba bajo análisis desde que Michel Temer gobernaba Brasil (2016-18). Las negociaciones se aceleraron bajo el mandato de Bolsonaro, un capitán retirado de muy buena sintonía con el presidente de Estados Unidos, Donald Trump. El año pasado, Trump anunció al Congreso de su país su interés en declarar a Brasil como aliado militar estratégico de Estados Unidos fuera de la OTAN, tal como sucedió en 1998 con Argentina.

Bolsonaro, que estuvo presente en la firma del convenio, cenó el sábado por la noche con Trump en Mar-a-Lago, el club privado que el mandatario estadounidense posee en Palm Beach, a unos 110 kilómetros al norte de Miami. En la comida, los presidentes ratificaron la “alianza estratégica” entre sus países y reiteraron el apoyo a “la democracia en la región, incluyendo a Guaidó y a la Asamblea Nacional venezolana democráticamente electa”, según un comunicado conjunto.

También acordaron agilizar las medidas para lograr en 2021 la entrada de Brasil en el programa Trusted Trader, que supondrá un aumento del intercambio comercial bilateral. A su vez, Trump reiteró el apoyo de Washington para la entrada de Brasil en la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económico (OCDE), y urgió a los otros países miembros a trabajar para alcanzar ese objetivo.

Página/12


Brasil e EUA assinam acordo de defesa que facilita intercâmbio militar

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e o almirante Craig Faller, comandante do Comando Sul americano, assinaram neste domingo 8, em Miami, um acordo bilateral de defesa, que busca “melhorar ou fornecer novas capacidades militares”.

Sem declarações à imprensa, Bolsonaro e Faller assinaram o pacto na sede do Comando Sul, que dirige as operações militares dos Estados Unidos no Caribe, na América Central e do Sul.

O Acordo de Projetos de Pesquisa, Testes e Avaliação abre caminho para que EUA e Brasil “desenvolvam futuros projetos conjuntos alinhados com o mútuo interesse das partes, abrangendo a possibilidade de aperfeiçoar ou prover novas capacidades militares”, segundo nota do porta-voz da Defesa brasileiro.

A assinatura ocorre no dia seguinte ao presidente americano, Donald Trump, receber Bolsonaro em sua residência e clube de golfe Mar-a-Lago, em Palm Beach, perto de Miami.

Após o encontro de sábado à noite, os dois mandatários discutiram sobre a crise venezuelana e reiteraram seu apoio ao líder da oposição, Juan Guaidó, a quem reconhecem como presidente interino da Venezuela.

O acordo de defesa permite “reduzir processos burocráticos no comércio de produtos militares” nos dois países.

Também abre o mercado dos EUA para o Brasil e facilita a entrada de produtos brasileiros em outros 28 países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma aliança multilateral de defesa.

O Brasil não é membro, mas foi designado pelos EUA como “aliado preferencial extra-Otan”.

Em março do ano passado, os dois presidentes assinaram um acordo de salvaguardas tecnológicas que permite o uso da base de Alcântara (no norte do Brasil) para o lançamento de foguetes norte-americanos.

Pressão na Venezuela

EUA e Brasil promovem as medidas de pressão contra o governo venezuelano. Ambos fazem parte dos cerca de 50 países que consideram o mandatário Nicolás Maduro ilegítimo e reconhecem o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino.

No sábado, Trump e Bolsonaro “reiteraram o apoio de seus países à democracia da região, incluindo o presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, e a Assembleia Nacional venezuelana democraticamente eleita, em seu trabalho para restabelecer a ordem constitucional na Venezuela”, informou o governo brasileiro em nota.

Em declarações curtas à imprensa, Trump elogiou o brasileiro. “Ele faz um trabalho fantástico, fantástico. O Brasil o ama e os Estados Unidos o amam”, disse a jornalistas na saída do jantar.

Bolsonaro, que se reconhece como um grande admirador do contraparte americano, não deu declarações à imprensa.

Uma importante autoridade do governo americano havia dito à imprensa no sábado que o tema mais importante no jantar seria “a crise na Venezuela (…), que provavelmente sofrerá a pior crise humanitária e de segurança que o hemisfério ocidental sofreu em tempos modernos”.

Na quinta-feira 5, o governo brasileiro ordenou a retirada de todos os seus diplomatas e funcionários de serviços estrangeiros da Venezuela e pediu a Maduro que retirasse os seus do território brasileiro.

Em Caracas, o governante venezuelano denunciou na sexta-feira 6 um suposto plano dos EUA de desencadear um conflito que justificaria uma intervenção militar na Venezuela com a ajuda dos vizinhos Colômbia e Brasil.

“Um plano para levar a guerra à Venezuela foi decidido da Casa Branca”, disse Maduro no palácio presidencial de Miraflores.

“Jair Bolsonaro foi chamado à mansão Donald Trump em Miami, o único assunto: empurrar o Brasil para um conflito armado com a Venezuela; é o único assunto que ele tem com Jair Bolsonaro e, da Venezuela, nós denunciamos”, afirmou.

Carta Capital


Trump frustra Bolsonaro em encontro nos EUA: “Não faço nenhuma promessa”

O presidente Jair Bolsonaro viajou aos Estados Unidos na noite de sábado (7) e jantou com Donald Trump no Mar-a-Lago, resort do presidente estadunidense na Flórida.

Pouco antes do jantar ambos apareceram e falaram brevemente com a imprensa. Neste momento, ambos rasgaram elogios e Trump disse que os Estados Unidos “sempre vão ajudar o Brasil”. Apesar das bajulações e da promessa do presidente estadunidense, não houve nenhuma sinalização de algum acordo concreto ou vantagens dos EUA ao Brasil. Pelo contrário.

Quando afirmou que a relação entre Brasil e EUA “está mais forte do que nunca”, Trump foi questionado por um repórter se isso significaria que seu pais não voltaria a sobretaxar os produtos do Brasil, ao que o mandatário respondeu: “Não faço nenhuma promessa”. Neste momento, Bolsonaro, aos sorrisos, não estava acompanhado de tradutor – o presidente brasileiro não fala inglês.

No jantar, além de Bolsonaro e Trump, estiveram presentes o deputado federal Eduardo Bolsonaro e os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. Do lado de Trump, participaram o diretor para Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Mauricio Claver-Carone, a assessora especial e filha do presidente, Ivanka Trump, o genro e assessor sênior, Jared Kushner, o conselheiro Nacional de Segurança, Robin O’Brien, e o presidente da Corporação Internacional para o Desenvolvimento das Finanças dos EUA, Adam Boehler.

Planalto excluiu Folha da cobertura do jantar

Principal alvo dos ataques que o presidente Jair Bolsonaro costuma a fazer contra a imprensa, o jornal Folha de S. Paulo foi excluído da lista de veículos autorizados a cobrirem o jantar.

Apesar de ter solicitado participação na cobertura, a Folha ficou de fora da lista formada por veículos como a TV Globo, Record, Band, EBC e SBT, Bloomberg, Reuter, AFP, rádio Jovem Pan, BBC Brasil, Metrópoles, O Globo e O Estado de S. Paulo.

O Planalto justificou a ausência da Folha na lista com o argumento de que o critério para integrá-la seria uma cobertura diária da presidência em Brasília, sendo que o jornal possui repórteres fixos para fazer tal cobertura.

Em nota, o jornal classificou a atitude como “perseguição”. “A Presidência mais uma vez discrimina a Folha, o que já se tornou um método de perseguição. O jornal continuará cobrindo esta administração de acordo com os padrões do jornalismo crítico e apartidário que o caracteriza e que praticou em relação a todos os governos.” , diz o veículo.

Brasil de Fato


 

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