Bolsonaro afirma que hay «histeria» por el coronavirus y es criticado por el cierre parcial de la frontera con Venezuela

814

Bolsonaro dice que hay «histeria» por el coronavirus y anuncia una «fiestita» por su cumpleaños

«El virus trajo una cierta histeria y algunos gobernadores, creo, aunque puedo estar equivocado, toman medidas que van a perjudicar y mucho a nuestra economía», declaró el gobernante en una entrevista con la radio Tupí, en alusión a las restricciones de circulación ya impuestas en casi todos los 27 estados de Brasil.

Bolsonaro, quien ya llegó a considerar el coronavirus como una suerte de «ficción» o «fantasía» alimentada por la prensa, afirmó que la «histeria» con la pandemia llevará a la economía del país a «un hueco», precisamente en momentos en que, según él, comenzaba a recuperarse de la profunda recesión en que cayó entre 2015 y 2016.

«Esto comenzó en China, fue para Europa y nosotros íbamos a pasar por esto, pero lo que está equivocado es la histeria esa, eso de que parece que fuera el fin del mundo», apuntó.

El mandatario aseguró que, aún con restricciones de circulación, el transporte público en ciudades como Río de Janeiro o Sao Paulo, en la que hoy se registró la primera muerte por coronavirus en el país entre cerca de 300 casos, muestra una «normalidad» absoluta.

«Los autobuses están todos llenos, la vida continúa y no hay que tener histeria», recalcó Bolsonaro, quien ha sido objeto de unas duras críticas de casi todos los sectores del país por sus dudas frente a la pandemia.

El pasado domingo, el mandatario contrarió las recomendaciones del propio Ministerio de Salud y de la Organización Mundial de la Salud (OMS) y acudió a unas manifestaciones, que él mismo alentó, en contra del Parlamento y el Poder Judicial, que han frenado algunas polémicas iniciativas de su Gobierno.

Aún cuando cumplirá 65 años el próximo sábado y se encuentra en los llamados «grupos de riesgo», Bolsonaro se abrazó a muchos de los manifestantes, se fotografió con ellos y permaneció en la protesta durante cerca de una hora.

Bolsonaro aseguró a Radio Tupí que se siente en «excelente» estado, aunque este mismo martes se sometió a un segundo examen contra el coronavirus, pese a que un primer análisis que le fue realizado la semana pasada dio negativo.

El líder de la ultraderecha brasileña estuvo la semana pasada en Miami, donde incluso fue recibido por el presidente de Estados Unidos, Donald Trump, y la mitad de las 30 personas que integraron la comitiva y regresaron con él en el mismo avión oficial han dado positivas de coronavirus.

Las muestras para el primer examen le fueron tomadas a Bolsonaro el pasado jueves, un día después de su regreso, por lo que se teme que el eventual período de incubación de la enfermedad pudiera no haberse completado para ese momento.

En relación a su próximo cumpleaños, y pese a las restricciones ya recomendadas por las autoridades sanitarias, aseguró a Radio Tupí que «habrá fiesta» el próximo sábado.

«Vamos a hacer una fiestita tradicional, hasta porque yo cumplo años el día 21 y mi esposa el día 22. Entonces, serán dos días de fiesta», declaró.

Hoy


Bolsonaro fala em ‘certa histeria’ sobre vírus e diz que fará ‘festinha’ de aniversário

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar, nesta terça-feira (17), que existe uma «histeria» em relação à crise do coronavírus e disse que fará uma «festinha tradicional» para celebrar seus 65 anos.

O presidente faz aniversário neste sábado (21). Especialistas em saúde recomendam evitar aglomerações e reduzir o contato social para fazer frente à crise sanitária.

«Eu faço 65 [anos] daqui a quatro dias», disse, em entrevista à rádio Super Tupi. O apresentador do programa em seguida lhe pergunta: «vai ter bolo presidente?» «Vai ter uma festinha tradicional aqui. Até porque eu faço aniversário dia 21 e minha esposa dia 22. São dois dias de festa aqui», acrescentou. «Emenda, dia 21, próximo de meia-noite ela me cumprimenta; logo depois eu a cumprimento».

Além de falar que realizará o evento para o seu aniversário, Bolsonaro afirmou que medidas adotadas por governadores para conter a Covid-19 vão prejudicar muito a economia.

«Esse vírus trouxe uma certa histeria. Tem alguns governadores, no meu entender, posso até estar errado, que estão tomando medidas que vão prejudicar e muito a nossa economia», declarou.

«A vida continua, não tem que ter histeria. Não é porque tem uma aglomeração de pessoas aqui e acolá esporadicamente [que] tem que ser atacado exatamente isso. [É] tirar a histeria. Agora, o que acontece? Prejudica», acrescentou.

Diferentes governadores adotaram nos últimos dias medidas para diminuir a circulação de pessoas em seus estados, numa tentativa de reduzir a velocidade de disseminação do vírus.

À rádio o presidente questionou ainda o fechamento de feiras e outros pontos que concentram atividade econômica.

«Eu vi aí, não sei se é verdade, que a nossa Feira dos Nordestinos está proibida de funcionar. Isso é uma histeria. Porque o cara não vai na Feira do Nordestino, ele vai na esquina ali comer um churrasquinho de gato num outro lugar qualquer para se juntar. O cara não vai ficar em casa. Então essa histeria leva a um baque da economia», disse.

«Quando você proíbe o jogo de futebol, o cara que vende o chá-mate ali na arquibancada, o cara que guarda o carro lá fora, perdeu o seu emprego. Ele, que já não vive muito bem, porque está na informalidade, vai ficar sem um ganha-pão e vai continuar se virando, correndo atrás de ganhar a vida em outro [lugar], continuar transitando no meio da população como um todo. E vai ter mais dificuldade, e em tendo mais dificuldade come pior; acaba não comendo adequadamente, ele fica mais debilitado. Em o coronavírus chegando nele, tem uma tendência maior de ocupar um leito hospitalar», detalhou.

Apesar de em diferentes momentos Bolsonaro ter minimizado os efeitos do Covid-19, ele declarou que é preciso «diluir» a incidência do vírus ao longo do tempo, para não sobrecarregar os sistemas de saúde. «Uma nação, o Brasil por exemplo, só será livre desse vírus, do coronavírus aí, quando um certo número de pessoas for infectada e criar anticorpos, que passam a ser barreira para não infectar quem não foi infectado ainda», disse.

«Como [o vírus] está vindo, tem que ser diluído. Em vez de uma parte da população ser infectada num período de dois, três meses, que seja entre seis, sete, oito meses. Porque havendo um pico de pessoas com problema, e geralmente ataca quem tem mais idade ou quem tem algum tipo de problema de saúde, aí passa a ser mais grave», concluiu.

No último domingo (15), Bolsonaro ignorou orientações dadas por ele mesmo na semana passada, ao estimular e participar dos protestos pró-governo sem demonstrar preocupação com a crise do coronavírus.

Bolsonaro incentivou os atos desde cedo em suas redes sociais —foram ao menos 42 postagens sobre o tema. Sem máscara, participou das manifestações em Brasília, tocando simpatizantes e manuseando o celular de alguns apoiadores para fazer selfies. «Isso não tem preço», disse, durante transmissão ao vivo em suas redes sociais.

No último domingo, ocorreram manifestações em diferentes pontos do país com gritos de guerra e faixas em defesa do governo federal e com uma série de ataques ao Congresso e ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Bolsonaro foi duramente criticado por parlamentares. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, divulgaram notas condenado o comportamento do presidente da República que, até mesmo ignorando recomendações médicas, foi até o local do protesto.

Também no domingo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a orientação para evitar aglomerações como forma de reduzir a transmissão do novo coronavírus vale para todo mundo, inclusive para o presidente. “É ilegal? Não. Mas a orientação é não. E continua sendo não para todo mundo.”

Segundo Mandetta, as pessoas precisam tomar medidas agora para tentar diminuir os impactos da doença causada pelo novo coronavírus. “As pessoas olham e falam: ‘Ah, mas o metrô está funcionando’. Se todo mundo continuar fazendo tudo, vai chegar uma hora em que o metrô vai ter que parar de funcionar”, afirma. ​

“Todo mundo tem que fazer sua parte. Quem não está em transmissão sustentada hoje, daqui a uma semana pode estar, daqui a duas vai estar.”

Sobre o comportamento de Bolsonaro, a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) afirmou que o presidente deve sair do cargo após ter contrariado seu próprio ministro da Saúde e, em meio à pandemia de coronavírus, ter tocado em apoiadores durante manifestação a seu favor no domingo, em Brasília.

«Esse senhor tem que sair da Presidência da República, deixa o [Hamilton] Mourão [vice-presidente], que entende de defesa, conduzir a nação», pediu Janaina nesta segunda-feira (16), em discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Janaina afirmou que Bolsonaro cometeu crime contra a saúde pública ao estimular os atos de domingo e ao participar da aglomeração, já que ele próprio está sob suspeita de ter contraído a Covid-19. Embora o resultado de seu teste na semana passada tenha sido negativo, ele fará novos exames, e ao menos 12 pessoas que se encontraram com ele estão com a doença.

«Como um homem que está possivelmente infectado vai para o meio da multidão? […] Ele está brincando? Ele acha que pode tudo? As autoridades têm que se unir e pedir para ele se afastar. Não temos tempo para um processo de impeachment.»

Pelo Twitter, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, respondeu após a fala da deputada. «São 57.796.986 de brasileiros que votaram contra o sistema e a favor de Bolsonaro. A senhora tem todo o direito de se arrepender, não a criticarei por isso. Mas nunca se esqueça: a vontade do povo é (e continuará sendo) soberana.»

Folha de Sao Paulo


Cierre parcial de frontera entre Brasil y Venezuela

Brasil cerrará parcialmente el miércoles su frontera con Venezuela para frenar la expansión del brote de coronavirus, pero se permitirá el flujo de camiones con mercancías, dijo el presidente Jair Bolsonaro.

El ministro de Salud, Luiz Henrique Mandetta, había pedido que se cerrara la frontera, por lo que a diario cruzan cientos de venezolanos que escapan de la crisis que asola al país petrolero.

Jornada


Coronavírus: Maia critica governo e diz que fronteiras já deveriam ter sido fechadas

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-AP), criticou nesta terça-feira (17) o governo do presidente Jair Bolsonaro por não ter adotado algumas medidas em meio à pandemia do coronavírus.

Em uma entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara, Maia disse que, na opinião dele, o governo já deveria ter determinado o fechamento das fronteiras e restringido voos internacionais.

O G1 procurou o Palácio do Planalto e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.

«Acho que o governo já deveria ter fechado as fronteiras. Acho que já deveria ter restringido os voos internacionais e já deveria ter restringido a circulação das pessoas, principalmente nos estados, onde a projeção é de problemas maiores, como no estado do Rio e no estado de São Paulo. Mas estas posições são comandadas pelo Poder Executivo», afirmou Maia.

Segundo o presidente da Câmara, não se pode, pela questão econômica, «correr o risco de ter um problema maior na área de saúde pública».

«A economia vai ser afetada de qualquer jeito. Você achar que manter a circulação para que a economia continue funcionando vai garantir algum crescimento, do meu ponto de vista está errado esse ponto de vista», disse Rodrigo Maia.

Mais cedo, nesta terça, Bolsonaro disse em uma entrevista que as medidas para evitar aglomerações, adotadas por governadores para conter o avanço do vírus no país, vão «prejudicar muito» a economia.

Na avaliação do presidente da República, a economia «estava indo bem», mas a pandemia do novo coronavírus provocou «certa histeria».

«Olha, a economia estava indo bem, fizemos algumas reformas, os números bem demonstravam taxa de juros lá embaixo, o risco, a confiança no Brasil, a questão de risco Brasil também. Então, estava indo bem. Esse vírus trouxe uma certa histeria», declarou Bolsonaro.

Maia afirmou que o governo já deveria ter criado um plano de contingência no Rio e em São Paulo, com o objetivo de restringir a circulação nas cidades a pessoas indispensáveis para a manutenção de serviços essenciais, como o abastecimento de alimentos, por exemplo.

De acordo com o presidente da Câmara, no momento em que os problemas começarem a aumentar, «as pessoas naturalmente vão ficar em casa».

«Se dependesse da minha opinião, eu acho que as fronteiras já deveriam ter sido fechadas, os voos já deveriam ter sido reduzidos, a maioria dos voos internacionais, e o quarto ponto que eu acho é que o governo já deveria ter pensando em políticas públicas com a ampliação do gasto público, como todos os países vem fazendo. Acho inevitável que a redução do dano na economia seja garantida pelo Estado brasileiro. Não há outra saída”, reforçou.

Eventual fechamento do Congresso

Questionado se o avanço de casos de coronavírus no país poderia levar a um eventual fechamento temporário do Congresso, Maia respondeu: «Não, nunca. O Congresso brasileiro fechou só na ditadura. Não vai fechar mais.»

Apesar da presença de poucos deputados na Câmara, Maia disse que é possível manter a casa funcionando e anunciou a votação de dois projetos relacionados ao combate ao Covid-19.

O presidente da Câmara afirmou que deve votar ainda hoje um projeto de lei que propõe o tabelamento de preços e proibição de exportação de produtos como álcool em gel, máscaras, ventiladores e respiradores mecânicos.

A outra proposta que pode ser apreciada nesta terça autoriza estados e municípios a transferirem saldos dos respectivos Fundos de Saúde, provenientes de repasses do Ministério da Saúde, para outras ações na mesma área, permitindo que possam ser utilizados no combate ao coronavírus.

Atualmente, essa verba dos fundos é carimbada, ou seja, o ministério condiciona os repasses à adesão a programas e projetos específicos e ao cumprimento dos critérios de cada um. O projeto propõe alterar a utilização dos recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, para aplicá-los em ações de prevenção à Covid-19.

G1


VOLVER

Más notas sobre el tema