Brasil: Moro declaró durante 8 horas y presentó nuevas pruebas contra Bolsonaro

Supporters of the ex-Brazilian Minister of Justice and Public Security, Sergio Moro (R) and supporters of Brazil President Jair Bolsonaro (L) argue in front of the Federal Police headquarters where Moro is expected to testify about his accusation against Bolsonaro that he was trying to intervene investigations of the Brazil Federal Police, in Curitiba, Parana State, Brazil, on May 2, 2020. - Brazilian supreme court Celso de Mello gave the federal police on April 27, 2020 60 days to question Moro about his explosive allegations that Bolsonaro sought to "interfere" with police investigations. The findings could result in either a request for political trial against Bolsonaro or an indictment against Moro for false testimony. (Photo by Franklin FREITAS / AFP)
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Moro entregó documentos y charlas por Whatsapp para delatar a Bolsonaro, su jefe durante 15 meses

Por Pablo Giuliano

Llamado «Judas» por el presidente Jair Bolsonaro, el ex juez y el ex ministro de Justicia Sérgio Moro declaró hoy durante ocho horas y entregó 15 meses de conversaciones por whatsapp y documentación para involucrar en varios delitos de obstrucción de investigaciones al jefe del Estado, en el mayor escándalo que registra el actual gobierno de Brasil.

Moro declaró ante comisarios de la Policía Federal con sus abogados y tres fiscales federales en la sede de la fuerza en Curitiba, la misma a la que el entonces juez de Lava Jato mandó a prisión por 580 días el ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Moro, según fuentes judiciales, entregó documentación para probar las denuncias que había hecho en conferencia de prensa el 24 de abril pasado, al dejar el cargo de ministro de Justicia, luego de que el presidente impulsara el cambio del jefe de la Policía Federal para tener acceso a investigaciones en curso.

En medio de la pandemia que dejó hoy a Brasil al borde de los 100.000 contagios y con 6.750 muertos por coronavirus, Bolsonaro acusó esta mañana a Moro de ser un «Judas» por ofrecerse como delator contra su ex jefe.

El presidente se encuentra molesto por las denuncias de su ahora ex ministro y porque el juez de la corte suprema Alexandre de Moraes suspendió por «desvío de finalidad» la asunción del comisario Alexandre Ramagem, jefe de los servicios de inteligencia, en la Policía Federal, en lugar de la conducción puesta por el ex juez de Lava Jato.

La gran paradoja del día fue que, en la puerta de la sede de la Policía Federal, se empujaron e insultaron grupos de pocas decenas de simpatizantes de Bolsonaro contra otros de Moro, el mismo lugar donde Lula estuvo preso.

Ahora, Moro puede ser la peor espada para la continuidad de Bolsonaro, cambiar el panorama de su gobierno, y entregar pruebas que pueden servir para empujar un juicio político contra el mandatario por obstrucción de la justicia y otros delitos.

Moro entregó a la prensa supuestas pruebas de que el presidente quería cambiar a los jefes de la policía para acceder a investigaciones en secreto de sumario.

El fiscal general, Augusto Aras, puesto en el cargo por Bolsonaro, ordenó investigar las denuncias pero también a Moro por «falsa denuncia», algo que el célebre ex juez del Lava Jato calificó como una «intimidación».

Moro está asistido por un amigo abogado, Rodrigo Sánchez Ríos, quien en el Lava Jato defendió a poderosos condenados por corrupción por el ex juez, como el empresario Marcelo Odebrecht, ex presidente la constructora Odebrecht, y el ex jefe de la Cámara de Diputados Eduardo Cunha.

La declaración, que duró ocho horas, terminó alrededor de las 23 (misma hora en la Argentina), luego de que dos horas antes agentes de la Policía Federal salieran a buscar comida.

Ante un día negativo con Moro convertido en delator, Bolsonaro lanzó acusaciones contra su ex ministro de no avanzar investigaciones sobre el atentado que el jefe del estado sufrió en 2018 en medio de la campaña electoral, con un ataque a cuchillo.

El mandatario brasileño volvió a agitar el fantasma de que Moro ocultó informaciones sobre la investigación del atentado en su contra.

«¿Los que ordenaron el atentado están en Brasilia? ¿Judas, que hoy declara, interfirió para que no se investigara? No haré nada que no esté de acuerdo con la Constitución, pero tampoco admitiré que haga algo en mi contra y en contra de Brasil pasando por arriba de la Constitución», afirmó Bolsonaro.

Por la mañana, el Presidente fue al interior del estado de Goiás en helicóptero desde Brasilia. En la ciudad de Cristalina repitió lo de los últimos cuatro fines de semana: saludó a la gente, posó para selfies y dijo que los gobernadores e intendentes «serán responsables por el desempleo» por aplicar cuarentenas.

«Quieren derrocarme», dijo hablando a pequeños comerciantes que se sacaban fotos con él. A diferencia de otras veces, Bolsonaro usó barbijo, pero se lo quitaba para hablar, y dar besos y abrazos.

El Presidente busca mantener un tercio del electorado más fiel, pero esto será un desafío porque parte del bolsonarismo forma parte de la matriz surgida de la Operación Lava Jato, que tiene a Moro como su principal figura.

Télam


Em depoimento de mais de 8 horas à PF, Moro apresenta novas provas contra Bolsonaro

O ex-juiz Sergio Moro prestou neste sábado mais de 8 horas de depoimento sobre as acusações feitas contra o presidente Jair Bolsonaro durante seu discurso de despedida do comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Por volta das 13h15, Moro chegou à sede da superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, num veículo da polícia, que entrou pelo portão dos fundos do edifício. O depoimento do ex-ministro começou por volta de 14h30 e só terminou às 22h40. Moro só deixou as dependências da PF às 00h20, sem falar com a imprensa.

Em nota, Rodrigo Sanches Rios, adovgado do ex-ministro, informou que «como a investigação está em andamento, nossa manifestação será apenas nos autos».

Ao depor, o ex-ministro reiterou acusações e entregou novas provas contra Jair Bolsonaro sobre sua atuação para intervir diretamente na Polícia Federal, de acordo com a colunista Bela Megale.

O ex-ministro colocou à disposição seu celular, com acesso a diversas mensagens de aplicativo de interesse dos responsáveis pelo inquérito.

O depoimento de Moro foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que supervisiona as investigações. O inquérito aberto pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, investiga o teor do discurso de Moro ao se despedir do cargo de ministro da Justiça, no dia 24 de abril, quando acusou Bolsonaro de tentar interferir indevidamente na PF.

O objetivo da investigação é apontar se Bolsonaro cometeu crime ao interferir nas atividades da PF, como disse Moro, e também se o ex-ministro disse a verdade ou acusou o presidente sem fundamentação em seu discurso.

Aras informou ao Supremo que há suspeita de cometimento de sete crimes: falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada e denunciação caluniosa.

A PGR pediu que, no depoimento, Moro apresentasse “manifestação detalhada sobre os termos do pronunciamento, com a exibição de documentação idônea que eventualmente possua acerca dos eventos em questão”. Em entrevista à revista “Veja”, o ex-ministro afirmou que apresentaria provas para embasar suas acusações.

Em nota divulgada na tarde deste sábado, a Polícia Federal informou que o depoimento de Moro aconteceu na superintendência de Curitiba porque o ex-ministro mora na capital paranaense e que todos os procedimentos seguem as determinações do ministro do STF Celso de Mello.

Ânimos exaltados

Apoiadores do ex-ministro e do presidente Bolsonaro se concentraram ao longo do dia em frente ao edifício da superintendência da PF na capital paranaense. No final da tarde, os manifestantes começaram a se dispersar e apenas um pequeno grupo permaneceu próximo à entrada da PF.

Mais cedo, a espera do ex-ministro para depor gerou um clima de tensão. Um cinegrafista da RIC TV, afiliada da Record no Paraná, foi agredido por um suposto militante bolsonarista. O homem se aproximou do jornalista o ameaçando com a haste de uma bandeira do Brasil e tentando empurrar o equipamento no chão.

O agressor foi afastado pelos policiais e hostilizado pelos demais manifestantes pró-Bolsonaro que o acusaram de ser um infiltrado. O servidor público Álvaro Faria também foi hostilizado pelos manifestantes e foi escoltado para longe do local pela Polícia Militar. Sozinho, ele vestia uma camiseta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aguardava a chegada de Moro.

Rapidez

Ministros militares e também integrantes das Forças Armadas se incomodaram com a rapidez do STF em determinar o depoimento do ex-ministro. Em ligações telefônicas, na manhã deste sábado, a cúpula militar demonstrou irritação com a decisão de Celso de Mello de logo convocar Moro para depor. Nas conversas, lembraram exemplos de processos de políticos conhecidos que tramitam há anos no Supremo à espera de julgamento.

Ex-juiz da 13ª Vara Federal da Curitiba, Moro foi responsável por conduzir os processos da Operação Lava-Jato, incluindo a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.

Ganhou projeção política no cargo e, após o resultado das eleições de 2018, foi convidado por Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça. Moro, então, decidiu deixar o cargo de juiz federal, no qual tinha estabilidade e carreira garantida, para aceitar o convite e integrar o governo federal.

Como ministro, porém, Moro passou a acumular desentendimentos com Bolsonaro, tendo sido desautorizado em diversos atos da gestão. Seu principal projeto na pasta, o pacote anticrime, foi desidratado na Câmara dos Deputados e não recebeu o apoio esperado de Bolsonaro. Moro também atuou contra a decisão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que paralisou investigações iniciadas com base em relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), movimento que irritou Bolsonaro, porque a decisão de Toffoli beneficiava a investigação de seu filho Flávio Bolsonaro por rachadinhas.

Globo


Apoiadores de Bolsonaro e Moro se enfrentam na sede da PF. ‘Que cena patética’, diz Boulos

O depoimento do ex-ministro da Justiça Sergio Moro na sede da Polícia Federal em Curitiba, no mesmo prédio em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi mantido preso por 580 dias, rendeu imagens na manhã deste sábado (2) que permitem antever um racha na base eleitoral das forças conservadoras do país, depois que Moro deixou o governo de Jair Bolsonaro.

Grupos de manifestantes que apoiam Moro e Bolsonaro tiveram um início de conflito e as imagens dominaram as redes sociais. “Que cena patética! Apoiadores de Bolsonaro e Moro se enfrentam na porta da PF em Curitiba. Parece briga de irmãos gêmeos querendo provar que não se parecem…”, afirmou o ex-candidato à presidência pelo Psol e coordenador do MTST Guilherme Boulos, em sua conta no Twitter.

“Moro vai ser conduzido coercitivamente? Teremos transmissão ao vivo do depoimento? Vai ser interrompido acusado de estar fazendo política? Ou o padrão Lava Jato só vale para os inimigos?”, indagou ainda Boulos.

No conflito entre os apoiadores, um cinegrafista RIC TV, afiliada da TV Record no Paraná, foi agredido. Os manifestantes foram contidos pela polícia.

O depoimento de Moro começou às 14h deste sábado. O ex-ministro teria preparado um dossiê com o histórico de 15 meses de conversas no Whatsapp para provar as denúncias de interferência do presidente Jair Bolsonaro no comando da Polícia Federal.

O inquérito corre no Supremo Tribunal Federal (STF), aberto por iniciativa do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que quer saber se o ex-ministro fez denúncia caluniosa contra o presidente Bolsonaro.

Confira o vídeo da TV Bem Paraná:


Brasil tem 96,5 mil casos de coronavírus e 6,7 mil mortes registradas

O Ministério da Saúde divulgou hoje (2) novos números sobre a pandemia do novo coronavírus (covid-19) no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem 96.559 casos confirmados da doença e 6.750 mortes foram registradas. A taxa de letalidade está em 7%. Nas últimas 24 horas, o ministério registrou 4.970 novos casos e 421 mortes.

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Evolução de casos e óbitos do novo coronavírus (Foto: Agência Brasil)

Segundo o Ministério da Saúde, há 40.937 pacientes recuperados, o que corresponde a 42,4% dos casos. Existem ainda 1.330 mortes em investigação. Essas duas estimativas, de acordo com a pasta, estão sujeitas a revisão.

O estado de São Paulo lidera as estatísticas, com 31.174 casos e 2.586 mortes. O Rio de Janeiro vem em segundo lugar, com 10.546 casos e 971 mortes. Em seguida, vêm Ceará, com 8.309 casos e 638 mortes; Pernambuco, com 8.145 casos e 628 mortes; e Amazonas, com 6.062 casos e 501 mortes.

Em 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou situação de pandemia de coronavírus em todos os países. O termo é usado quando uma epidemia – grande surto que afeta uma região – se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

A Agência Brasil reuniu as principais dúvidas e perguntas sobre covid-19. Veja o que se sabe sobre a pandemia e sobre o vírus até agora.

Jornal do Brasil


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