Balotaje municipal en Brasil | Lula llama a votar por Boulos para la alcaldía de San Pablo

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Lula llama a votar por candidato socialista en Sao Paulo

El expresidente de Brasil, Luiz Inacio «Lula» da Silva, hizo un llamado este martes al electorado de izquierda para que con independencia del partido por el cual votó el domingo, ahora lo haga por el candidato socialista Guillermo Boulos, quien avanzó a la segunda vuelta prevista para el próximo día 29 de noviembre.

El llamado de Lula llega luego de confirmarse que el también militante del Movimiento Trabajadores sin Techo, disputará la segunda vuelta de las elecciones municipales por la Alcaldía de Sao Paulo. Boulos concurre por el partido Socialismo y Libertad contra el actual regidor, Bruno Covas, del Partido Socialdemócrata Brasileño (PSDB).

Al concluir la jornada electoral el domingo último y tras alcanzar un 20,24 por ciento (frente al 32,86 por ciento de Covas), Boulos se afianzó como la alternativa desde la izquierda al actual alcalde.

Previo a esta declaración de Lula en nombre del Partido de los Trabajadores (PT), ya habían adelantado su apoyo otros líderes del propio PT como el excandidato presidencial, Fernando Haddad (quien también fue alcalde de Sao Paulo), su contrincante en la carrera electoral por la Alcaldía, Jilmar Tatto. También expresó su respaldo el Partido Comunista de Brasil (PCdB).

Orlando Silva, candidato del PCdB declaró al respecto: “Fue importante derrotar a Bolsonaro en la primera ronda. Ahora es el momento de construir un proyecto popular que priorice el empleo y los ingresos y haga de Sao Paulo una ciudad libre de racismo. ¡Vamos juntos!”.

Además de militante por el derecho a la vivienda, Boulos fue candidato a la Presidencia de la República en las elecciones de 2018. La segunda vuelta de las elecciones municipales tendrá lugar el 29 de noviembre. La diferencia entre los dos candidatos es de aproximadamente 12 puntos porcentuales, aunque con los apoyos recibidos puede ser recortada de manera notable.

Lula, en su llamado dijo que «todos los que quieren restablecer la democracia en Brasil, ahora tienen un compromiso histórico de votar por nuestro compañero Guillermo Boulos».

Telesur


‘Derrotamos o Bolsonaro no 1° turno, agora vai ser o Doria’, diz Boulos sobre disputa do 2° turno em São Paulo

O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, disse nesta terça-feira (17) que «não esconde apoio» e que a capital paulista quer mudança: «Derrotamos o Bolsonaro no 1° turno, agora vai ser o Doria», afirmou.

Boulos participou de uma caminhada na região do Jardim Angela, na Zona Sul, e, ao contrário do 1° turno, quando o candidato evitava grandes aglomerações, nesta terça (17) ele não conseguiu escapar dos militantes e eleitores que o cercaram durante todo o trajeto, pedindo fotos e o questionando sobre alguns problemas municipais.

«Vou acabar com a máfia do lixo», disse Boulos dentro de um açougue para um motorista de aplicativo que queria saber quais eram os planos dele para aumentar a reciclagem do lixo. «Vou lutar pra isso, tenha certeza, mas você sabe que não é algo fácil, por causa dos interesses das grandes empresas», explicou Boulos.

A agenda do candidato do PSOL começou com atraso por causa da chuva que caiu na avenida M’Boi Mirim durante a manhã. Boulos voltou a dizer que, se for eleito prefeito, vai duplicar a avenida: «A partir de janeiro do ano que vem, o orçamento da cidade não vai para fazer reforma de R$ 100 milhões no Vale Anhangabaú. Vai vir para duplicar a estrada do M’Boi Mirim com corredor de ônibus».

A caminhada no M’Boi Mirim foi acompanhada pelo vereador reeleito do PT, Antonio Donato, que participou pela primeira vez de evento de campanha do candidato depois que o Partido dos Trabalhadores decidiu na noite desta segunda-feira (16) apoiar oficialmente o candidato do PSOL no 2° turno.

No evento, Boulos criticou as ações do atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição e disse que o projeto dele tem lado: «É o lado do povo e do combate à desigualdade».

«A partir de 1° de janeiro, o orçamento da cidade não vai ser para recapear ruas às vésperas da eleição, de forma eleitoreira e oportunista. Quebrar calçada que estava nova para poder fazer jogada eleitoral. O orçamento vai vir pra trazer mais médicos, mais posto de saúde aqui para o hospital do M’Boi e para toda a região do fundão e Jardim Ângela. O nosso projeto tem lado. É o lado do povo e do combate à desigualdade. Não dá pra aceitar na cidade mais rica do Brasil tenha gente mexendo no lixo, procurando comida. Essa é a realidade atual. A cidade mais rica tem gente revirando lixo, procurando comida pra comer», afirmou o candidato do PSOL.

2° turno

O segundo turno das eleições para prefeito de São Paulo foi definido na noite deste domingo (15), quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou que Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) foram os candidatos mais votados na primeira parte da disputa para prefeito de São Paulo.

Segundo a Justiça Eleitoral, Covas teve 32,85% (1.747.938 votos válidos) e Boulos, 20,24% (1.077.168 votos válidos).

Após saber do resultado das urnas, Boulos agradeceu aos paulistanos pelo ‘voto na esperança’ e disse que ‘radicalismo’ é a ‘cidade mais rica do país ter gente revirando lixo’.

Do outro lado, o candidato Bruno Covas afirmou que São Paulo quer experiência para enfrentar o radicalismo.

Os dois candidatos se enfrentam nas urnas no domingo (29), data marcada pelo TSE para a realização do segundo turno em todo o Brasil. Ao menos 57 cidades em todo o Brasil terão 2° turno.

Perfil

Boulos nasceu em São Paulo e tem 38 anos. É coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e membro da direção do movimento “Frente Povo Sem Medo”. Filósofo, professor, ativista e psicanalista, graduou-se em filosofia pela USP e especializou-se em Psicologia Clínica pela PUC. Também é mestre em psiquiatria pela USP. Em 2018, concorreu à Presidência da República pelo PSOL e obteve 617 mil votos, ou 0,58% do total de válidos.

Entre as suas principais propostas para a Prefeitura de São Paulo estão a criação de um programa de distribuição de renda para vulneráveis, abertura de concurso para médicos, construção de novas moradias populares e uso social de imóveis abandonados e regularização de camelôs.

Sua vice, Erundina, já foi prefeita de São Paulo pelo PT entre 1989 e 1992.

G1


Guilherme Boulos: quem é e quais as propostas para São Paulo?

Ao final da apuração das urnas no dia 15 de novembro, o resultado indicou que Bruno Covas (PSBD) enfrentará Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da cidade de São Paulo. No começo da campanha Boulos não exibia muita expressividade nas intenções de voto dos paulistanos. Contudo, nas últimas semanas o cenário mudou e o candidato aparece com 20% nas pesquisas eleitorais e confirmou essa porcentagem nas urnas.

Confira um pouco da jornada de Boulos, 50, nome e número que estarão presente nas urnas dia 29 de novembro.

Quem é Guilherme Boulos?

Guilherme Boulos é bacharel em filosofia e mestre em psiquiatria pela Universidade de São Paulo. Foi criado no bairro de Pinheiros e teve uma infância e adolescência no meio da classe média alta paulistana. Contudo, seu engajamento pelas lutas sociais começou cedo e Boulos questionava a divisão de classes no Brasil ainda quando adolescente. Quando jovem, saiu de seu colégio particular e terminou o ensino médio em uma escola pública perto de casa. O candidato do PSOL ingressou da União da Juventude Comunista aos 15 anos e não parou de engrossar movimentos sociais e políticos no Brasil.

O candidato é casado com Natalia Szermeta e pai de duas filhas, Sofia e Laura.

Qual a profissão de Boulos?

O candidato à prefeitura é formado em filosofia, depois se especializou em Psicologia Clínica e fez mestrado em Psiquiatria. Guilherme Boulos também é historiador e já trabalhou como professor na rede pública de ensino de São Paulo.

Engajado em lutas sociais, Boulos é coordenador do MTST e da Frente Povo Sem Medo. Além disso, Boulos também é escritor, tem dois livros publicados chamados: “Por que ocupamos? Uma introdução à luta dos sem-teto” e “De que lado você está? Reflexão sobre a conjuntura política e urbana no Brasil”. Também já escreveu colunas em jornais como a Folha de S.Paulo.

Quem são os pais de Boulos?

Os pais de Guilherme Boulos são Maria Ivete Castro Boulos e Marcos Boulos. Ambos médicos infectologistas e professores da Universidade de São Paulo (USP) e residem na capital paulista.

Onde Guilherme Boulos mora?

Boulos, depois de casar-se com Natalia Szermeta, que conheceu em 2005 em uma ocupação do MTST, se mudou para o bairro do Campo Limpo. A ideia era ficar próximo da família de Natalia para que os pais dela pudessem cuidar das filhas do casal, enquanto eles trabalhavam. Contudo, nunca saíram de lá. O candidato é o único, entre as principais posições, que escolheu residir em um bairro periférico de São Paulo. Em entrevista à Folha de S.Paulo o candidato contou que não pretende sair do Campo Limpo, localizado no extremo sul da cidade. Mas que quer levar a prefeitura até os bairros afastados do centro.

Além disso, tem o menor patrimônio declarado, que é seu carro Celta, avaliado em cerca de 15 mil reais, e uma conta bancária com aproximadamente 500 reais.

Relação com o MTST

Seu nome começou a ser divulgado em 2003, quando coordenou a ocupação de um terreno da Volkswagen. Segundo o MTST, “a terra estava improdutiva havia anos”. Embora tenha continuado atuando pelo movimento, Boulos voltou a ser destaque na Copa de 2014 quando ele coordenou a Ocupação Copa do Povo. A iniciativa do MTST tinha a missão de mostrar como os investimentos feitos na região do Itaquera para a Copa do mundo não beneficiaram o povo da região. Depois teve mais visibilidade no meio acadêmico e nos veículos de comunicação. Em 2018, se filiou ao PSOL e se candidatou à presidência da republica. Contudo, teve apenas 617 mil votos – o pior resultado do PSOL em um pleito pela presidência.

Propostas de Guilherme Boulos

As propostas do candidato estão voltadas às pautas sociais e integração da cidade. Boulos defende que o maior problema atual é a desigualdade, por isso, pretende combate-la, se eleito. Ele propõe medidas de combate ao racismo, como constituir o Fundo Municipal de Políticas de Combate ao Racismo com um percentual fixo do orçamento municipal e também visa impedir a homenagem a figuras históricas relacionadas a escravidão no país em monumentos e nomes de locais públicos.

O candidato afirma que fará uma reforma tributária progressista, com aumento de impostos direitos para pessoas com maior renda. Visa criar o Programa de Renda Solidária, reestruturando e ampliando o programa existente para garantir que nenhuma família vulnerável em São Paulo fique sem uma renda mínima. Ele afirma que quer melhoras as áreas abandonadas da cidade.

Na educação quer que o analfabetismo funcional em São Paulo chegue à taxa zero. Pretende desenvolver programas de formação continuada para os profissionais da educação visando ativa participação no combate ao preconceito e à discriminação. Além de propor política de educação bilíngue para surdos, com a participação deles e de suas famílias, fortalecendo as EMEBS e o ensino de libras na rede municipal.

Líder de engajamento nas redes sociais nas eleições 2020

O cenário eleitoral mudou bastante em 2020 para Boulos e para o PSOL. Depois do resultado desfavorável nas últimas eleições, o candidato conseguiu reunir votos e expressividade em São Paulo. Segundo as últimas pesquisas, Boulos estará presente no segundo turno. A chapa é completada por Luiza Erundina. A vice foi a primeira prefeita da capital paulista, em 1988.

Seu crescimento se deve ao uso das redes sociais como motor de impulsionamento. Com apenas 17 segundos de propaganda eleitoral, o candidato recolheu às mídias para fazer sua campanha e garantir votos, que o levou ao segundo turno. Guilherme Boulos se manteve ativo no Twitter e criou quadros explicando seus posicionamentos e propostas, como o “Café com Boulos” e o “Se vira nos 50”, em que responde a uma pergunta em 50 segundos. Confira o quadro no vídeo abaixo:

DCI


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