Brasil | Segundo día de protestas contra el racismo tras el crimen de un hombre negro por guardias de Carrefour

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Frase Vidas negras importan centró segundo día protestas en Brasil

Frase Vidas negras importan centró segundo día protestas en Brasil

Manifestantes pintaron la frase Vidas negras importan en el centro del estado de Sao Paulo, en el segundo día de protestas en Brasil por el asesinato de un hombre negro golpeado hasta la muerte por dos guardias blancos.

Análisis iniciales aseguran que, por la golpiza de cinco minutos, el soldador Joao Alberto Silveira, de 40 años, murió asfixiado en la noche del jueves en un supermercado Carrefour de Porto Alegre, capital del estado Rio Grande do Sul.

Un testigo grabó en un celular la agresión y las imágenes aparecen en disimiles redes sociales. Los dos agentes de seguridad sospechosos, uno de 24 y el otro de 30, fueron arrestados en el acto y responderán ante la justicia por homicidio.

El gigante letrero que reza Vidas… ocupa casi toda la Avenida Paulista, frente al Museo de Arte de Sao Paulo. Fue realizado por unas 30 personas del Colectivo de Artistas Productores Culturales.

De acuerdo con los organizadores, tal acción resulta un recordatorio de manifestaciones en Estados Unidos por el asesinato de George Floyd el 25 de mayo, cuando en avenidas de Minneapolis quedó marcado Black Lives Matter.

‘Espero que podamos entregar el mensaje. Un simbolismo en esta ciudad (Sao Paulo), en esta avenida’, dijo la artista y productora Fernanda de Deus.

También el productor visual Neto Duarte señaló que la expresión ‘debería estar en todas las calles y callejones para que la sociedad no olvide lo estructural del racismo en nuestro país’.

En otras ciudades, como Belo Horizonte, capital de Minas Gerais (sudeste), hubo manifestaciones en dos unidades de supermercados de la cadena francesa.

Por su parte, colectivos antirracistas y representantes de movimientos sociales se congregaron en las afueras del supermercado Carrefour en el exclusivo barrio de Boa Viagem de Recife, capital del estado de Pernambuco (nordeste).

Asimismo, en Río de Janeiro la protesta tuvo lugar en un establecimiento de Barra da Tijuca, donde los indignados gritaron ‘asesinos y las vidas de los negros importan’. La sureña ciudad de Curitiba registró igualmente movilizaciones.

Este sábado, Silveira fue enterrado en una breve ceremonia y sobre su ataúd se extendió una bandera azul de su club de fútbol favorito, el Sao José.


Bolsonaro nega racismo em reunião do G20 e provoca indignação

Discurso do presidente Jair Bolsonaro na cúpula do G20 neste sábado (21) negou o racismo no Brasil e provocou indignação e repúdio do campo progressista mais uma vez. Ao introduzir sua fala na reunião, o presidente sustentou que não existe racismo no país. Sem fazer referência explícita ao crime de racismo em que dois seguranças de loja do Carrefour em Porto Alegre mataram por asfixia o negro João Alberto Silveira Freitas, Bolsonaro disse que o Brasil tem uma cultura diversa, única entre as nações. “Somos um povo miscigenado. Brancos negros e índios edificaram o corpo e espírito de um povo rico e maravilhoso”, afirmou.

No em sua negação de racismo na reunião do G20, Bolsonaro também atacou os movimentos sociais, que se manifestaram contra a morte no Carrefour. “Foi a essência desse povo que conquistou a simpatia do mundo. Contudo, há quem queira destruí-la. E colocar em seu lugar ou conflito, o ressentimento, o ódio e a divisão entre raças. Sempre mascarados de lutas por direitos igualdade ou justiça social. Tudo em busca de poder.”

“Inaceitável! Ao negar a existência do racismo na reunião da cúpula do G20, Bolsonaro choca o mundo e reafirma o discurso racista feito por Mourão ontem”, disse o candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, nas redes sociais, referindo-se ao vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

‘Pessoal de cor’

Questionado se creditava o assassinato de João Alberto a um ato racista, Mourão não somente negou, como afirmou: “Não, eu digo para você com toda a tranquilidade: não tem racismo aqui”.

Ele ainda fez uma comparação com os Estados Unidos, país onde viveu, para reafirmar seu posicionamento, dizendo que lá o “pessoal de cor” andava separado na escola, o que não aconteceria no Brasil. Ou seja, para justificar a sua fala, usou um termo racista, ao referir-se aos negros como “pessoas de cor”.

Constrangimento

Segundo o colunista do Uol Jamil Chade, as declarações de Bolsonaro provocaram constrangimento e choque entre algumas delegações estrangeiras e até indignação entre as agências da ONU.

“Uma parcela das delegações não entendeu imediatamente do que se tratava. Mas, para quem acompanhava a situação no Brasil, a atitude foi considerada como um ato “sem sintonia” com o discurso de direitos humanos das entidades internacionais, principalmente num momento em que a pandemia afeta de forma desproporcional a parcela mais vulnerável da população”, escreveu o jornalista.

Segundo ele, uma negociadora de alto escalão de um país europeu que acompanha a reunião confessou à coluna que ela e outros ficaram “em choque” ao ouvir a “tese de conspiração” sobre o racismo no Brasil. “Como é que, em pleno século 21, ainda escutamos tais discursos”, questionou a diplomata, na condição de anonimato.

Rede Brasil Atual


Entre protestos e clamor por justiça, João Alberto é sepultado em Porto Alegre

Assassinado por um policial militar e um segurança, o soldador João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, pai de quatro filhos, foi sepultado neste sábado (21) no cemitério São João, distante apenas 1,7 km do local onde foi esmurrado até a morte, o estacionamento do supermercado Carrefour, no bairro Passo D´Areia, zona Norte de Porto Alegre.

“Beto”, como era chamado, teve o caixão coberto pela bandeira azul e branca do Esporte Clube São José, clube do qual era torcedor apaixonado. O sepultamento aconteceu entre orações, palmas, pedidos de justiça e gritos de indignação pelo assassinato de mais um homem negro.

Cerca de 50 pessoas acompanharam o cortejo no interior do cemitério, da capela mortuária ao local do sepultamento, em um ambiente de inconformidade e revolta com o acontecimento. «Aquilo foi premeditado. Com uma pessoa branca, de olhos azuis, não acontece essas coisas», desabafou o pai da vítima, João Batista Rodrigues Freitas, ao Correio do Povo.

“Se fosse um branco, iriam espancar?”

Primo de “Beto”, Flávio Jones Flores avisou que a família tomará providências contra o Carrefour. “Não vai trazer de volta nunca, mas impune o Carrefour não pode ficar», declarou. Em sintonia com o pai de “Beto”, acrescentou: «A pergunta principal que eu me fiz foi: se fosse uma pessoa branca ali, eles iriam espancar até a morte?”.

“Sair vivo do Carrefour é privilégio”

Carregando cartazes e faixas, milhares de pessoas protestaram na noite de sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra, diante do supermercado aos gritos de “Carrefour assassino”. O protesto juntou militantes do movimento negro, apoiadores da luta antirracista e moradores do Passo D´Areia.

“Até quando você vai levar porrada? Até quando vai ficar sem fazer nada? Chega!”, dizia um dos cartazes afixados na grade de ferro que cerca e protege o supermercado. “Sair vivo do Carrefour é privilégio”, “Fogo nos racistas”, “A carne mais barata do Carrefour é a carne negra” e “Vidas negras importam” eram outras palavras de ordem. “Assassinos”, acusava uma pichação no local.

Bombas e balas

Depois das 18 horas, a massa de manifestantes bloqueou a avenida Plínio Brasil Milano diante da loja que se manteve fechada todo o dia. Durante a noite, objetos foram jogados contra o prédio e surgiram alguns focos de incêndio no estacionamento sem maiores consequências.

Houve confronto entre manifestantes e o batalhão de choque da Brigada Militar, que lançou bombas de gás lacrimogênio e disparou balas de borracha contra a multidão.

Neste sábado (21), a frente do supermercado amanheceu com as marcas do conflito: grades avariadas, portões arrancados, paredes chamuscadas, cacos de vidraças, pedaços de concreto, cartazes de despedida e lamento e buquês de flores.

Uma nova manifestação está sendo convocada para segunda-feira (23), às 18h, na frente do Carrefour da Avenida Bento Gonçalves, zona Leste de Porto Alegre.

Dois homens brancos, o segurança Magno Braz Borges, 30, e o policial militar temporário Giovani Gaspar da Silva, 24, tiveram a prisão preventiva decretada. Serão acusados de homicídio triplamente qualificado. Silva, na condição de PM, não poderia estar trabalhando como segurança, de acordo com as regras da corporação.

Segundo informações da Polícia Civil, mais duas pessoas, ambas do quadro de funcionários do supermercado ou da empresa de segurança, estariam implicadas no assassinato.

Brasil De Fato


Sociedade defende boicote ao Carrefour e investigação da morte de João Alberto

Entidades que representam a sociedade civil, como o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e a Coalização Negra de Direitos, defendem que o caso de racismo contra João Alberto Silveira Freitas, o Beto, agredido até a morte por dois seguranças de unidade do Carrefour no bairro de Passo D’Areia, na capital gaúcha, seja investigado. Em nota, o Idec também conclama os consumidores a promoverem um boicote ao Carrefour “até que sejam apresentadas e implementadas medidas estruturais para eliminar práticas de racismo”. Para o Instituto, o Carrefour deve responder, nas esferas competentes, pelos atos racistas e de violência que ocorreram no estabelecimento e os órgãos de defesa do consumidor também devem aplicar as sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor.

Já a Coalizão Negra por Direitos entrou com representação no Ministério Público Federal (MPF) e no Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) cobrando a investigação da morte de João Alberto.

Esta sexta-feira foi marcada por protestos e pela revolta que culminou co ataque a uma unidade da rede na região da Avenida Paulista, em São Paulo, no início da noite desta sexta-feira (20).

O crime contra João Alberto também dominou as redes sociais durante todo o dia de ontem, em que se celebrou a Consciência Negra e a luta antirracista no país.

A loja paulistana do Carrefour foi atacada após a 17ª Marcha da Consciência Negra de São Paulo, que se concentrou no vão do MASP (Museu de Arte de São Paulo). Centenas de manifestantes se dirigiram àquela unidade do supermercado, na rua Pamplona.

Segundo relatos, o hipermercado, que funciona no térreo de um shopping, estava fechando as portas quando o protesto se aproximava. Vidros foram quebrados, os bloqueios foram derrubados, e algumas prateleiras tiveram seus produtos derrubados ao chão. Houve ainda um princípio de incêndio, rapidamente debelado. Não há relato de feridos

O caso

Segundo a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, as agressões que mataram Beto, 40 anos,  cometidas por um policial militar e um segurança, teriam começado após um desentendimento entre a vítima e uma funcionária do local. Ele chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu no local.

Os dois agressores foram presos em flagrante e foram denunciados por homicídio qualificado. O policial envolvido na agressão é “temporário” e estava fora do horário de trabalho. Em nota, o Carrefour prometeu romper contrato com a empresa de segurança terceirizada do local e afirmou que adotará medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos e definiu o ato como criminoso.

Histórico de violações

Apesar de anunciar “rigorosa apuração interna” do caso e que “nenhum tipo de violência e intolerância é admissível”, o Carrefour carrega um histórico de violência e descaso envolvendo clientes e os próprios funcionários.

O mais recente noticiado pela imprensa havia ocorrido em agosto deste ano. Um promotor de vendas de uma unidade do supermercado no Recife morreu durante o trabalho. Moisés Santos, de 53 anos, foi coberto com guarda-sóis e cercado por caixas, para que a loja seguisse em funcionamento e seu corpo permaneceu no local por cerca de quatro horas, até ser retirado pelo Instituto Médico Legal (IML).

Rede Brasil Atual


Em uma nota pública, a ONU Brasil manifestou solidariedade à família de João Alberto Silveira Freitas, assassinado na noite de 19 de novembro por seguranças de um supermercado em Porto Alegre (RS).

Beto Freitas, de 40 anos, foi espancado na última quinta-feira (19) por seguranças brancos por cerca de cinco minutos em um supermercado da rede Carrefour na capital gaúcha. Seu assassinato, na véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, gerou protestos em diversas cidades brasileiras.

Nesse sábado (21), o corpo de Beto Freitas foi velado no cemitério São João, em Porto Alegre, com a presença de familiares da vítima. Diversas pessoas compareceram ao cemitério com cartazes pedindo justiça pelo assassinato, e um cortejo acompanhou o caixão até o local do sepultamento.

Em sua nota, a ONU Brasil manifestou «solidariedade à família de João Alberto Silveira Freitas, que foi brutalmente agredido na noite de 19 de novembro de 2020 e veio a óbito em seguida, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul».

A organização acrescentou que «a violenta morte de João, às vésperas da data em que se comemora o Dia da Consciência Negra no Brasil, é um ato que evidencia as diversas dimensões do racismo e as desigualdades encontradas na estrutura social brasileira».

«Dados oficiais apontam que a cada 100 homicídios no país, 75 são de pessoas negras. O debate sobre a eliminação do racismo e da discriminação racial é, portanto, urgente e necessário, envolvendo todas e todos os agentes da sociedade, inclusive o setor privado», disse a ONU na nota.

No comunicado, a organização pede que «as autoridades brasileiras» garantam uma investigação plena e célere do caso e que haja uma «punição adequada dos responsáveis», a «reparação integral a familiares da vítima» e a «adoção de medidas que previnam que situações semelhantes se repitam».

Por fim, a ONU Brasil convida toda a sociedade brasileira a participar ativamente da construção de uma sociedade igualitária e livre do racismo. «Vidas negras importam e não podem ser deixadas para trás», frisou a organização.

 

JBR


 


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