Brasil | Presidente de la comisión investigadora acusa a Bolsonaro de no haber tomado acciones “que habrían salvado personas”

Foto: Pedro Ladeira 7 Folhapress
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Culpan a Bolsonaro de las numerosas muertes por Covid-19 en Brasil

Omar Aziz, presidente de la Comisión Parlamentaria de Investigación (CPI) sobre gestión ante la Covid-19 en Brasil, culpó este domingo al actual Gobierno del presidente Jair Bolsonaro por la enorme cifra de muertes que la enfermedad ha cobrado en la nación suramericana..

En las declaraciones ofrecidas por el senador, Aziz indicó que el mayor error señalado hacia la administración de Bolsonaro en el manejo de la pandemia fue su desapego a la ciencia.

«No apostó por el aislamiento, no apostó por la mascarilla, el alcohol en gel, la vacuna, una serie de acciones que podrían haber ayudado a salvar personas», afirmó Aziz, al tiempo que criticó el uso de la cloroquina, un fármaco sin aprobación científica contra la Covid-19.

«Digo siempre una cosa: se puede errar por omisión y se puede errar por obediencia. No creo que puedas salir de ella. Creo que fuimos contra el mundo», apuntó el Senador en una entrevista publicada por el medio local Folha de Sao Paulo, y reiteró que los responsables del uso de la cloroquina rendirán cuentas

Declaraciones durante la semana en la CPI corroboraron la tesis de omisiones y negligencia de la administración federal ante la pandemia.

Las inconsistencias del ejecutivo en la adquisición de insumos fueron el tema dominante y los testimonios aportaron elementos que confirman considerables fallas en la gestión .

La demora en responder a la crisis de salud no es solo en la construcción de un núcleo específico dentro del gobierno para hacer frente exclusivamente a la pandemia —pues fue apenas este mes que el gobierno creó la Secretaría Extraordinaria para Afrontar el Covid-19— sino también otros elementos recopilados indican que el retraso en la compra de vacunas fue consciente.

El atasco de 10,000 litros de suministros de vacunas CoronaVac en China, a la espera de la autorización para ser enviados a Brasil, a consecuencia de las tensas relaciones diplomáticas entre Brasil y el país asiático, y la incompetencia en el manejo del sistema sanitario han sido datos trascendidos de la indagación de testigos esta semana en el Parlamento.

El presidente-director de la Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria (Anvisa), Antonio Barra Torres y el exjefe de la Secretaría Especial de Comunicación Social (Secom) de la Presidencia, Fabio Wajngarten ahn estado entre los llamados a declarar esta semana ante los diputados de la Comisión.

Brasil superó los 430.000 muertos por Covid-19 el pasado 13 de mayo. Asimismo, el paísregistró en las últimas 24 horas 2.087 nuevos fallecimientos por coronavirus y acumuló 434.715 víctimas desde el inicio de la pandemia.

Telesur


Bolsonaro negligenciou compra de vacinas, diz presidente da CPI da Covid

Em entrevista à Folha de São Paulo, o presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), disse que o presidente Bolsonaro negligenciou inicialmente a compra de vacinas. “Não houve nenhum interesse na compra da vacina no primeiro momento. Se apostou muito na imunização de rebanho, kit cloroquina, ivermectina”, criticou.

Ainda segundo o presidente da CPI, pelas informações que foram colhidas, “poderíamos ter tido vacina bem antes do planejado e uma quantidade bastante grande”. Segundo ele, a carta endereçada pela Pfizer não foi só ao presidente, mas para muita gente do alto escalão do governo.

“A gente não entende por que nenhum deles se prestou a dar uma ligada, mandar alguém procurar saber a oferta das vacinas. Isso foi em agosto, (então veio) setembro, outubro, novembro. Se tivéssemos feito isso em agosto, em dezembro nós teríamos começado a vacinar as pessoas”, comentou.

Para o presidente da CPI, a maior parte dos erros cometidos por Bolsonaro são consequência do mau aconselhamento, embora ele não possa usar esse fato para se eximir da culpa. “O governo errou desde o primeiro momento. Não apostou no isolamento, não apostou na máscara, no álcool em gel, na vacina, uma série de coisas que poderiam ter ajudado a salvar pessoas. E continuam apostando na cloroquina”, diz.

Habeas corpus

Por fim, Omar criticou a decisão do STF de conceder o habeas corpus para permitir que o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, fique calado durante o depoimento, já que o considera peça importante.

“Acho que o ex-ministro Pazuello é a pessoa que pode nos dar mais informações, porque começou com ele. Veja bem, quando a Pfizer procura o Brasil, ele foi uma das pessoas que recebeu a carta. Por que não respondeu? Deram ordem para ele não responder? É isso que queremos saber. Não era política do Ministério da Saúde adquirir vacina?”, questionou.

Vermelho


CPI ouve na terça Ernesto Araújo, que falou de ‘comunavírus’ e trabalhou por cloroquina

A CPI da Covid ouvirá nesta terça-feira (18) o ex-ministro das Relações Exteriores do governo Jair Bolsonaro Ernesto Araújo. O depoimento é aguardado com expectativa. Não só pela passagem catastrófica do ex-chanceler pelo Itamaraty, no que diz respeito a sua atuação na diplomacia durante a pandemia de coronavírus, como pelo fato de ter feito críticas ao presidente pouco mais de um mês após sua saída da pasta, no dia 29 de março.

Um dos principais “expoentes” da ala ideológica do governo, Araújo afirmou em seu Twitter em 1° de maio: “Um governo popular, audaz e visionário foi-se transformando numa administração tecnocrática sem alma nem ideal. Penhoraram o coração do povo ao sistema. O projeto de construir uma grande nação minguou no projeto de construir uma base parlamentar”, declarou.

Senadores ouvidos pela reportagem acreditam que a oitiva do ex-ministro tem potencial de esclarecer muitos fatos. “Ele vai ter que falar sobre a politica externa que adotou, as dificuldades que criou com o governo chinês, a postura de afastar o Brasil da OMS, o que impediu que o país comprasse vacinas pelo Covax Facility (programa lançado em abril de 2020 pela Organização Mundial de Saúde)”, diz Humberto Costa (PT-PE). “Esperamos que explique também a posição do Brasil sobre a quebra de patentes e vacinas.”

O senador Otto Alencar (PSD-BA) espera que Araújo “fale a verdade” e tenha a mesma postura de Antônio Barra Torres, presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O ex-ministro publicou criticas em seu Twitter ao governo Bolsonaro, dizendo inclusive que não tinha projeto, não tinha metas. Vamos perguntar sobre as relações diplomáticas que ele estabeleceu de forma excludente com a China e outros países aliados, apenas por conotação ideológica e política”, prevê. Alencar, assim como Costa, é médico.

O “spray milagroso“

O senador baiano diz ser preciso explorar também a famosa viagem a Israel, em março, quando Bolsonaro enviou Araújo ao Oriente Médio, com uma comitiva, para se informar sobre um spray que o próprio presidente na ocasião afirmou desconhecer, mas que “parece um produto milagroso”. “Queremos sobretudo procurar entender por que ele viajou com deputados federais e o ex-secretario de comunicação (Fabio Wajgarten) para Israel, atrás de um spray nasal para combater a covid-19. Voltaram de mãos vazias, sem nenhuma coisa que acrescentasse ao tratamento e prevenção da doença”, diz Otto Alencar.

O parlamentar observa que, se o ex-ministro era da confiança do presidente da República e deixou o governo fazendo críticas, espera-se que aponte os equívocos e omissões nas relações institucionais com outros países. “Precisamos entender como e por que, em tanto tempo que ele ficou à frente do Ministério, não conseguiu ajudar o Brasil para a aquisição de insumos, medicamentos e sobretudo vacinas.”

“Comunavírus”

A postura de Araújo envergonhou a diplomacia brasileira. Durante sua gestão, fez declarações absurdas sobre a pandemia. Por exemplo, afirmou que a OMS, no trabalho contra a pandemia, era “um projeto globalista” que seria “o primeiro passo em direção ao comunismo”. “Não bastasse o coronavírus, precisamos enfrentar também o comunavírus”, acrescentou. Sob seu comando nas Relações Exteriores, o Brasil se posicionou contra a quebra de patentes das vacinas, o que era apoiado por Índia e África do Sul sob o argumento de que a medida democratizaria o acesso aos imunizantes.

O ex-ministro das Relações Exteriores também foi ativo no lobby para que o Brasil conseguisse o fornecimento de cloroquina para o tratamento da covid-19, mesmo depois de inúmeras entidades científicas e especialistas negarem a eficácia do medicamento e apontarem, inclusive, os graves riscos que a droga poderia acarretar a pacientes, até mesmo a morte.

Pazuello

Nesta sexta-feira (14), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello o direito de ficar em silêncio em seu depoimento na quarta (19). Mas ele terá de comparecer à CPI como testemunha e deverá revelar “tudo o que souber ou tiver ciência” sobre “fatos e condutas relativas a terceiros”.

Rede Brasil Atual


Brasil ultrapassa oficialmente 435 mil vítimas da covid-19

Neste domingo (16), o Brasil ultrapassou 435 mil vítimas da covid-19. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No entanto, cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estimam que o número pode ser ainda maior uma vez que as subnotificações são uma realidade no país, que não realiza testagem em massa.

Segundo o último boletim do Conass divulgado às 18h deste domingo (16), o Brasil registrou 1.036 mortes em decorrência da doença. Esses dados foram contabilizados nas 24 horas entre sábado (15) e este domingo (16). Já o número de novos casos foi de 40.941. Com isso, o Brasil ultrapassou 15,6 milhões de pessoas que estão ou que já foram contaminadas pelo novo coronavírus.

Dessa forma, o cenário é de queda no número de óbitos e estabilidade, mas em patamares altos, uma vez que a média móvel do número de casos ficou em mais de 60 mil casos por dia.

A segunda onda da covid-19 foi agressiva ao ponto de registrar, em 2021, mais mortes do que em todo o ano de pandemia em 2020. Em 25 de abril deste ano, o país ultrapassou o total de óbitos registrados em 2020.

Até a data foram 195.848 mortes enquanto que em 2020 foram 194.949 e o país continua fazendo vítimas, resultado tanto da ausência de uma política nacional de combate ao combate ao coronavírus como também do surgimento de novas variantes como foi o caso da P.1, descoberta em Manaus, capital do Amazonas.

Segundo dados divulgados pela GISAID, iniciativa de monitoramento global de gripe e doenças respiratórias, para o Grupo de Diários América (GDA), a variante, que atualmente, domina o cenário da pandemia já foi encontrada em outros 36 países do mundo, sendo 16 na América Latina.

Cientistas ainda não têm a confirmação de que essa cepa do Sars-CoV-2 é mais agressiva, no entanto, ela é comprovadamente mais transmissível, o que acaba provocando mais mortes do que a primeira versão identificada do coronavírus.

Vacinação

Até o momento, 19.094.815 milhões de brasileiros tomaram as duas doses da vacina contra a Covid-19, o que corresponde a, apenas, 9,02% da população brasileira. Os dados são do Consórcio de Veículos de Imprensa atualizado às 20h do último sábado (15).

No início do mês de maio, Santiago Cornejo, diretor de Engajamento de Países da iniciativa Covax, fez um alerta acerca de demora na vacinação dizendo que as nações mais pobres do planeta não deverão conseguir imunizar mais do que 40% da sua população.

Para Cornejo isso «deixa o caminho aberto para o surgimento de novas variantes mais perigosas do coronavírus».

A fala foi feito por ele V Simpósio Internacional em Imunológicos, realizado pela Bio-Manguinhos/Fiocruz.

A Covax, também é conhecida como COVAX Facility, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Aliança Gavi e da CEPI que trabalha para a aquisição e posterior distribuição de vacinas contra covid-19 para os países mais vulneráveis do planeta.

Brasil de Fato

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