Sin dar pruebas, Bolsonaro insiste en que habrá fraude tras su derrota en Diputados por el voto impreso

1.696

Sin dar pruebas y tras perder en el Congreso, Bolsonaro insistió en que habrá fraude

El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, se resistió ayer a aceptar la derrota en la votación del Congreso que sepultó su proyecto para alterar el sistema de urnas electrónicas vigente desde 1996 y redobló la apuesta al afirmar que las elecciones de 2022 no serán confiables.

Lo hizo luego de que el arco político y parte del Ejército repudiaran el desfile militar realizado el martes en la capital del país supuestamente para intimidar y demostrar fuerza ante el Congreso y el Supremo Tribunal Federal (STF) en su campaña, sin pruebas, contra el fraude. “Tendremos elecciones que no serán confiables”, afirmó Bolsonaro, que dijo que “la mayor parte de la población está a favor” de cambiar el sistema de urna electrónica al papel. El oficialismo logró 229 votos a favor del proyecto contra 218, pero para poder lograr su aprobación debía tener el apoyo de al menos 308 de los 513 diputados.

Bolsonaro dijo que quienes no votaron o votaron en contra “fueron chantajeados” por el Tribunal Superior Electoral debido a que tienen causas abiertas en el STF, la corte suprema de Brasil.

“La mitad votó a favor de nosotros, una parte se abstuvo y otros votaron chantajeados, por miedo de represalias”, afirmó.

Bolsonaro admitió que carece de pruebas pero que hubo hackers que se hicieron “un picnic” dentro del sistema electoral para evitar su victoria en la primera vuelta en 2018. Más tarde, Luiz Inácio Lula da Silva aseguró que Bolsonaro está cuestionando el sistema electoral para preparar “una confusión” como la que organizó Donald Trump en las elecciones que perdió ante Joe Biden. “Cuando el actual presidente dice que no aceptará el resultado, que si es voto electrónico no confía, que quiere voto en papel, lo que está intentando preparar es lo que Trump preparó en Estados Unidos: quiere intentar preparar una confusión, y nosotros no vamos a aceptar confusión”, afirmó en un fragmento de una entrevista divulgado en su cuenta de Twitter.

Lula confió en que si durante los comicios hay actos violentos “serán rechazados por la sociedad” y recordó que él perdió las elecciones hasta en tres ocasiones antes y que siempre acató los resultados.

Lula aún no confirmó de forma oficial su candidatura a los comicios de octubre de 2022, pero se da por hecha, y su nombre es el preferido en todas las encuestas de opinión, a bastante distancia de Bolsonaro, quien es investigado por la corte suprema por prevaricato en un escándalo de corrupción en la compra de vacunas del Ministerio de Salud.

Bolsonaro hizo el polémico desfile de los pertrechos de la Marina en la Plaza de los Tres Poderes, algo inédito desde el fin de la dictadura, como parte de un ejercicio de rutina anual que esta vez fue magnificado. “Haber hecho algo así para amenazar (al Congreso) hubiera sido ridículo. Tal vez sirvió para mostrar que la Marina necesita presupuesto para modernización”, dijo por su parte el general retirado Hamilton Mourao, vicepresidente que carece de diálogo con Bolsonaro.

Ámbito


CPI da Covid vai propor indiciamento de Bolsonaro por charlatanismo

Na sessão desta quarta-feira (11), em que a CPI da Covid ouviu o representante da farmacêutica Vitamedic Jailson Batista, alguns senadores finalmente reagiram à tática sistemática dos parlamentares governistas da comissão de propagar mentiras e desinformação sobre o uso de remédios ineficazes contra o coronavírus. Esse comportamento do bolsonarismo se acentuou na oitiva de hoje, já que o vermífugo ivermectina, fabricado pela empresa de Jailson Batista, é usado largamente no chamado “tratamento precoce” contra a doença, indicado pelo presidente da República e seus seguidores.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), por exemplo, começou sua inquirição afirmando que não pretendia fazer questionamentos, mas decidiu participar “em razão do tsunami de desinformação”. Ele citou nominalmente os senadores Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Marcos do Val (Podemos-ES), Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE), cujas falas são “todas encadeadas no sentido de desinformar o cidadão”. “Vemos aqui prosperando teorias conspiratórias que beiram o ridículo para pessoas que tenham sua sanidade preservada”, disse Vieira. Segundo ele, a desinformação praticada pelos bolsonaristas e repetida continuadamente na CPI “agride a inteligência dos brasileiros”.

Mentira mortal

Dirigindo-se ao depoente, o senador sergipano afirmou que, ao financiar uma informação anticientífica, a Vitamedic estimulou a automedicação, que produz uma falsa sensação de segurança nas pessoas. “Eu posso me expor, porque tem remédio, é barato, é o remédio da caixinha vermelha, que um pateta sentado na cadeira de presidente da República levanta para uma ema”, disse. “Essa repetição da mentira para a camada mais ignorante da população é mortal.”

Eliziane Gama, no exercício da presidência da comissão, bateu boca com Heinze, que usou uma entrevista de Otto Alencar (PSD-BA) antiga para sugerir que o senador baiano defende a ivermectina. A senadora acusou o bolsonarista de usar uma fala fora do contexto, quando a pandemia ainda estava no começo. Por fim, Eliziane cortou o microfone de Heinze.

“Não fui salva por isso aí”
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice da comissão, acatou encaminhamento da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) pela convocação de José Alves, dono da Vitamedic, que vários senadores consideravam ter sido convocado no lugar de Jailson. Indignada, Soraya, que teve covid, afrontou e questionou duramente as teses dos governistas da comissão. “Eu mesma tomei ivermectina e tomei aleatoriamente, leiga no assunto. Acreditei, fui à farmácia e tive problema sério de fígado”, contou. “Essa medicação não salvou aqueles 18 milhões de vidas que estão ali”. Ela se referia a uma placa exibida em toda sessão por Heinze com o número de curados da covid, para mostrar o que ele chama de “notícias positivas” . “Eu sou uma daquelas vidas que não foram salvas por isso aí”, completou Soraya.

A Vitamedic investiu R$ 717 mil para a Associação Médicos pelo Brasil fazer a defesa do tratamento precoce, em anúncios publicados na mídia em fevereiro. Jailson Batista admitiu que a empresa não realizou estudos científicos para comprovar se o remédio que fabrica era eficaz contra a covid. “Se não se basearam em estudos científicos, criaram uma demanda, enganaram a população brasileira. Sabe-se lá quantos se intoxicaram de ivermectina”, continuou a senadora.

Merck x Vitamedic

A ivermectina vendida pela Vitamedic é um genérico. Após estudos, a gigante norte-americana Merck Sharp & Dohme, proprietária da patente do medicamento, mas que não o produz para o mercado brasileiro, divulgou em fevereiro uma nota na qual afirma categoricamente que não há “nenhuma base científica para um efeito terapêutico potencial contra Covid-19” da ivermectina. Na ocasião, a Vitamedic rebateu. “Desconhecemos qualquer estudo pré-clínico que essa empresa tenha realizado para sustentar suas a­firmações quanto à ação terapêutica no contexto da Covid-19”, disse a empresa brasileira. Relatórios em poder da CPI dão conta de que a Vitamedic vendeu 297,5 milhões de comprimidos da droga em 2020, 1.105% a mais do que os 24,6 milhões do ano anterior.

Já no final da oitiva, O senador Jean-Paul Prates (PT-RN) previu uma futura punição para a farmacêutica brasileira. “A Merck divulgou nota justamente para evitar processos que vocês vão enfrentar certamente por se beneficiar de falsa informação”, disse o parlamentar petista. “Aqueles que financiam ou financiaram teses falsas pagarão por seus crimes.”

Bolsonaro charlatão

Fora da reunião de hoje, a cúpula da CPI decidiu que vai encaminhar ao Ministério Público Federal pedido de indiciamento de Jair Bolsonaro pelos crimes de curandeirismo e charlatanismo, entre outros, por sua campanha inconsequente e, segundo eles, criminosa em favor do “kit covid” e do “tratamento precoce”.

Durante a sessão, a CPI da Covid aprovou requerimento – de Randolfe – para realizar uma acareação entre o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e o agora ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni. O parlamentar denunciou o suposto caso de corrupção no Ministério da Saúde em torno das negociações da vacina indiana Covaxin envolvendo a Precisa Medicamentos. A oitiva, que promete ser explosiva, foi marcada para a próxima quarta-feira (18). Nesta quinta (12), a comissão ouve o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), supostamente envolvido no “rolo” da Covaxin, segundo Miranda.

Brasil de Fato


VOLVER

Más notas sobre el tema