La Corte abre una tercera causa contra Bolsonaro por filtrar un informe secreto del Tribunal Electoral

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La Corte abre una tercera causa contra Bolsonaro: esta vez es por filtrar un expediente secreto

Por Pablo Giuliano

El Supremo Tribunal Federal, la máxima corte de Brasil, abrió este jueves una tercera investigación contra el presidente Jair Bolsonaro, esta vez por una filtración ilegal de datos secretos de la Policía Federal sobre la invasión de un hacker a la corte electoral en 2018, se informó oficialmente.

La decisión fue tomada por el juez Alexandre de Moraes, quien lleva adelante una investigación contra el mandatario abierta la semana pasada por participar de una red de fake news contra las instituciones democráticas.

El magistrado ordenó a las plataformas de redes sociales anular un video en el cual Bolsonaro aparece dando detalles de una causa que tramita en secreto de sumario pero que el mandatario mostró públicamente para sustentar su idea de que hay fraude en el sistema de urnas electrónicas brasileño, afirmación para la que carece de pruebas, según él admitió.

La decisión acogió un pedido del Tribunal Superior Electoral, que pidió investigarlo por «posible conducta delictiva».

El mandatario tomó la bandera del fraude electoral luego de que las encuestas lo colocaran segundo en la intención de voto para las elecciones presidenciales de 2022, detrás del líder opositor Luiz Inácio Lula da Silva.

El oficialismo fracasó el martes en llegar a la mayoría de dos tercios para una reforma constitucional que permita alterar el sistema electoral para los comicios del año próximo, pero pese a ello Bolsonaro insistió en que la elección no será confiable.

La primera investigación contra Bolsonaro abierta también este año es por prevaricato, por no haber realizado una denuncia ante un posible hecho de corrupción del que tuvo conocimiento, vinculado a la compra fraudulenta de vacunas contra el coronavirus.

Télam


Bolsonaro mantém defesa do voto impresso e indica que pode ir a protesto

Menos de dois dias depois de a Câmara dos Deputados rejeitar a PEC do voto impresso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) manteve o discurso contra o atual sistema de urnas eletrônicas em quase uma hora de entrevista para a Rádio Jovem Pan Maringá na manhã de hoje.

Assim como já tinha indicado em rápida conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada ontem, Bolsonaro não recuou em sua posição em defesa do voto impresso, repetindo ataques ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, e fazendo, sem provas, alegações infundadas de fraudes em eleições passadas.

Embora tenha dito na entrevista que reduzirá a pressão em relação ao tema, o chefe do Executivo ainda acenou com a possibilidade de comparecer a uma manifestação que está sendo organizada por apoiadores para o dia 7 de setembro, em São Paulo. O protesto inicialmente tem como principal bandeira o pedido pela implementação do voto impresso.

«É nossa obrigação fazer a vontade da maioria da população. Estão organizando movimento para 7 de setembro em São Paulo. Estou sendo convidado e vou decidir nos últimos dias se vou ou não», disse Bolsonaro

O presidente da República ainda disse quais consequências espera da manifestação. «Gostaria que não só o parlamento, mas como alguns ministros do TSE ouvissem o povo», disse.

Em outro momento da entrevista, Bolsonaro disse que «não vai esperar acontecer para tomar providências» — ao comentar sobre países como Cuba, Venezuela e Argentina — e que «se o povo continuar apoiando», irá «até o final da linha». Ele não explicou quais providências seriam essas e o que seria o final da linha.

Repetição de discurso

A entrevista de Bolsonaro ficou marcada por um discurso muito parecido, com frases idênticas, ao que fazia antes de o projeto do voto impresso ter sido derrubado na quinta-feira (10) pela Câmara dos Deputados.

«Quero eleições limpas, transparentes. Nós não podemos terminar as eleições do ano que vem sob o voto da desconfiança», afirmou Bolsonaro, que continuou a fazer críticas e acusações contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, de articulação com lideranças políticas para reprovar a pauta.

Ele também criticou o discurso do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Fux, por ter dito que os ataques de Bolsonaro a Barroso mexiam com todos os ministros da corte. «Não é assim, se um militar faz uma coisa errada, o que fazemos? A gente investiga. Não pode ter corporativismo nessas questões».

Apesar de ter afirmado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que respeitaria a decisão do Plenário, Bolsonaro disse que vai continuar com sua «luta», «mas com menos expressão agora».

«Vou diminuir a pressão da minha parte, vou diminuir a pressão, sim, porque tem muita coisa para fazer pelo Brasil, mas não podemos esquecer», disse

O chefe do Executivo ainda disse continua jogando «dentro das quatro linhas da Constituição».

«Eu quero, se perder a eleição, entregar a faixa e cumprimentar, desejar sorte, e ir cuidar da minha vida. Agora, da forma como está, parece que estão conduzindo para eleger aquele cara que até pouco tempo estava preso», disse, numa referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Bolsonaro, se a população continuar o apoiando, «só Deus me tira daqui».

Após fazer uma transmissão em que prometia apresentar provas de fraudes contra a segurança das urnas, e sendo obrigado a mudar o discurso e dizer que tinha apenas «fortes indícios» contra o sistema eleitoral, Bolsonaro agora repete enfaticamente que não tem provas de suas acusações, mas que ele «ouviu falar» sobre o tema.

Apesar de questionadas por Bolsonaro, as urnas eletrônicas são auditáveis e testadas com regularidade sobre sua segurança. Já foi constatado que os dados principais são invioláveis e não podem ser infectados por vírus que roubem informações. O TSE afirma que não há indícios de fraude em eleições desde 1996, quando as urnas eletrônicas foram adotadas.

UOL


Ministro da Justiça admite ao TSE que não há prova de fraudes nas eleições

Em depoimento ao corregedor-geral eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, nesta quinta-feira, 12, o ministro da Justiça, Anderson Torres, admitiu, assim como o coronel da reserva Eduardo Gomes, que também foi ouvido pelo corregedor, que não há provas de fraudes nas eleições.

Os depoimentos ocorreram no âmbito do inquérito administrativo aberto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar os ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral.

Mais cedo, foi informado que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou ao TSE a investigação de Anderson Torres por campanha antecipada, após ter participado de transmissão ao vivo, no dia 29 de julho, ao lado de Jair Bolsonaro.

Salomão determinou que será inserido no inquérito o pedido do ministro Alexandre de Moraes.

O ofício de Moraes contra o ministro integra o inquérito das fake news, no qual Bolsonaro também foi incluído após suas denúncias de supostas fraudes eleitorais através das urnas eletrônicas. Moraes aceitou a notícia-crime feita pelo TSE contra o chefe do Executivo.

Segundo a CNN, o processo contra Torres já está em avaliação pelo corregedor geral do TSE, ministro Luís Felipe Salomão, e corre sob sigilo.

Ministro tentou envolver peritos da PF em declarações contra urnas eletrônicas

Anderson Torres tentou envolver peritos da Polícia Federal na tentativa de Jair Bolsonaro de achar provas contra as urnas eletrônicas. Ele levou dois técnicos para uma reunião no Palácio do Planalto seis dias antes da transmissão sobre o tema.

Os peritos se negaram a fazer juízo de valor sem análise oficial da corporação. Mesmo assim, Torres foi à live e apresentou os dados técnicos para, como ele disse, “corroborar” as ideias de Bolsonaro.

“Ao final do encontro, a posição dos peritos foi de que, para se ter um parecer conclusivo adequado, o material apresentado na reunião deveria ser remetido oficialmente à PF para análise mais aprofundada”, diz a PF em em nota.

Brasil 247


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