Bolsonaro criticó la despenalización del aborto en Colombia

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Bolsonaro retomó su agenda contra el aborto luego de su despenalización en Colombia

El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, lamentó este martes la despenalización del aborto en Colombia, hizo una comparación con los bebés prematuros, y en los preparativos de la campaña camino a las elecciones de octubre, aprovechó para criticar a la «izquierda» brasileña que «celebra y aplaude» la medida.

«En Brasil, la izquierda celebra y aplaude la liberación del aborto hasta el sexto mes de embarazo, lamentablemente aprobado en Colombia. Se trata de la vida de un bebé que ya tiene tacto, olfato, gusto y que ya escucha la voz de su madre», dijo Bolsonaro en su cuenta de la red social Twitter.

Luego se preguntó: «¿Cuál es el límite de esta deshumanización de un ser inocente?».

Bolsonaro aprovechó la medida tomada por la Corte Constitucional de Colombia de despenalizar el aborto hasta la semana 24 de embarazo, para retomar su agenda contraria a la interrupción del embarazo en pleno año electoral.

El presidente brasileño continuó con su paralelismo con los nacimientos prematuros que superan «las dificultades y se convirtieron en la alegría de sus hogares» y pidió consultar con alguien que haya vivido «esta realidad» y no diga que «allí hubo una vida».

«Por todo el amor que recibí de mi madre, estoy seguro que la respuesta será sí», comentó.

Además indagó: «¿Cuántas madres y padres no luchan con todas sus fuerzas para proteger la vida de un niño nacido prematuramente? ¿Cuántos no lloran cuando pierden esta batalla?»

Finalmente aseguró: «Esta lucha nunca fue y nunca será en vano. Existe porque hay una vida humana que proteger allí».

Las declaraciones públicas de Bolsonaro llegaron luego de que su par y aliado en la región, Iván Duque, criticara la decisión de la Corte y asegurara que «facilita que se convierta en una práctica anticonceptiva».

La posición de Bolsonaro en contra de la interrupción del embarazo siempre fue pública y durante la campaña electoral de 2018 le valió la crítica del movimiento Ele Não.

Luego de la legalización en Argentina en diciembre de 2020, criticó la aprobación y aseguró: «En lo que a mí y a mi gobierno se refiere, el aborto nunca será aprobado en nuestro suelo».

Télam


Lutarei para proteger a vida, diz Bolsonaro sobre descriminalização do aborto na Colômbia

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu nesta terça-feira (22) à notícia de que a Colômbia descriminalizou o aborto até a 24ª semana de gestação e afirmou que lutará para «proteger a vida» de crianças brasileiras.

«Que Deus olhe pelas vidas inocentes das crianças colombianas, agora sujeitas a serem ceifadas com anuência do Estado no ventre de suas mães até o 6º mês de gestação, sem a menor chance de defesa», escreveu o presidente no Twitter. «No que depender de mim, lutarei até o fim para proteger a vida de nossas crianças.»

A pauta conservadora é um dos principais temas da campanha de Bolsonaro, que sempre se posicionou contra o aborto. Durante a campanha de 2018, ele chegou a dizer que, se um dia o Congresso aprovasse uma lei que flexibiliza o aborto, ele vetaria a proposta, caso fosse presidente.

Horas depois, Bolsonaro voltou à rede social para reforçar sua posição contrária e criticar adversários. «No Brasil, a esquerda festeja e aplaude a liberação do aborto até o 6° mês de gestação, lamentavelmente aprovado na Colômbia. Trata-se da vida de um bebê que já tem tato, olfato, paladar e que já ouve a voz de sua mamãe. Qual o limite dessa desumanização de um ser inocente?»

O presidente chamou atenção para bebês prematuros «que superaram as dificuldades e se tornaram a alegria de seus lares.» «Quantas mães e pais não lutam com todas as forças para proteger a vida de um filho que nasceu prematuro? Quantos não choram quando perdem essa batalha? Essa luta nunca foi nem nunca será em vão. Ela existe porque existe uma vida humana a ser protegida ali», concluiu Bolsonaro.

O presidente é próximo ao eleitorado evangélico e deve buscar a reeleição neste ano, mas grandes igrejas já dão sinais de que podem desembarcar do bolsonarismo. Nas pesquisas de intenção de voto, o atual mandatário está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro reagiu à decisão da Corte Constitucional colombiana que, na segunda-feira (21), afirmou que nenhuma gestante colombiana poderá ser julgada por um aborto realizado até a 24ª semana de gravidez.

A decisão foi tomada por cinco votos a favor e quatro contra, retirando o aborto da lista de delitos do Código Penal colombiano —quando realizado dentro desse prazo.

O presidente da Colômbia, Iván Duque, também conservador e aliado de Bolsonaro, chamou de «atroz» a decisão do tribunal de seu país.

«Estamos diante de uma decisão que diz respeito a toda a sociedade colombiana, e cinco pessoas não podem propor algo tão atroz para a nação como permitir que uma vida seja interrompida até seis meses de gestação», disse, em comunicado divulgado nesta terça. Segundo o presidente, a decisão poderia transformar o aborto em um mecanismo de contracepção.

Duque pediu que o Congresso retome a discussão sobre a prática dentro do legislativo, parada há anos. Em tese, os legisladores poderiam modificar a decisão da Justiça com o apoio de uma maioria contrária ao aborto, o que no momento parece improvável diante do avanço de pautas progressistas.

A decisão torna a Colômbia o principal país da América do Sul, em termos de população, a descriminalizar o procedimento —e a terceira grande nação da América Latina a fazê-lo em pouco mais de um ano, junto ao México e à Argentina. Também é o primeiro país latino-americano em que isso se deu sob um governo de direita, como o de Duque (ainda que a decisão não tenha partido dele, mas da Justiça).

No caso mexicano, a descriminalização é nacional, mas os estados regulamentam o recurso de acordo com decisões tomadas pelos Parlamentos locais. A Argentina aprovou via Congresso uma lei de aborto apenas pela vontade da mulher até a 14ª semana de gestação, podendo ser realizado em clínicas e hospitais públicos, sem custo.

Na América Latina, o aborto ainda é permitido e legalizado em Cuba, no Uruguai e na Guiana.

Folha

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