Brasil | Lula superó por cinco puntos a Bolsonaro y aseguró que ganará en la segunda vuelta

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Resultados Oficiales


Lula: «La lucha continúa hasta la victoria final»

El expresidente de Brasil y candidato del Partido de los Trabajadores (PT), Luiz Inácio Lula Da Silva, ganador de la primera vuelta en las elecciones, aseguró que «la lucha continúa hasta la victoria final» y celebró la chance de un futuro debate “cara a cara” con el mandatario Jair Bolsonaro antes del balotaje del 30 de octubre.

Después de que se conociera que la Presidencia se disputará en la segunda vuelta, Lula -saco oscuro y con su esposa al lado y Dilma Rousseff atrás- afirmó que en los días que quedan hasta el balotaje “habrá que conversar más con la gente y convencer a la sociedad” de qué es lo conveniente para el país.

El exmandatario, que obtuvo el 48,36 % de los votos frente a los 43,26 de Bolsonaro, exhortó a la ciudadanía a acordarse “lo que pasaba hace 4 años”.

«Todas las elecciones a las que me he presentado han sido en segunda vuelta, todas ellas. La segunda vuelta es la oportunidad para madurar las propuestas y para conversar con la sociedad», manifestó Lula desde su bunker en San Pablo, donde siguió los resultados de los comicios.

El líder del PT nunca había ganado en primera vuelta, ni en 2003 ni en 2006, cuando obtuvo su reelección, y en 1989 perdió en el balotaje ante Fernando Collor de Mello.

Ante sus seguidores, consideró que las próximas cuatro semanas servirán para «construir un abanico de alianzas para que gobierne».

Télam


Lula e Bolsonaro vão ao 2º turno; Lula tem 48,29% e Bolsonaro, 43,31%

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) disputarão o segundo turno da eleição presidencial em 30 de outubro. Com mais de 99% das urnas apuradas, Lula tem 48,28% dos votos válidos e Bolsonaro, 43,32%, na votação do primeiro turno neste domingo, 2.

Para vencer em primeiro turno, um candidato precisaria de 50% dos votos válidos mais um, excluindo brancos e nulos.

  • Simone Tebet (MDB) tem até o momento 4,17% dos votos válidos;
  • Ciro Gomes (PDT) tem 3,05%;
  • Nulos somam 2,82%;
  • Brancos somam 1,59%.

Ao todo, são mais de 122 milhões de votos válidos computados, sendo mais de 3,4 milhões de nulos e 1,9 milhão de brancos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bolsonaro, de 67 anos, tenta a reeleição após ter sido eleito pela primeira vez em 2018 vindo de uma carreira como deputado federal e ex-militar. Lula, de 76 anos, busca um terceiro mandato no Planalto, após já ter sido presidente do Brasil entre 2003 e 2010.

Na chapa presidencial neste ano, o vice de Bolsonaro é o general Walter Braga Netto (PL), enquanto Lula concorre tendo como vice o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), em uma aliança formada com o antigo rival.

Bolsonaro vence em SP, Lula em MG

Um dos destaques do primeiro turno foi a vitória de Bolsonaro em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, onde Bolsonaro teve 47,71% dos votos, contra 40,89% dos votos de Lula.

O Sudeste era uma das regiões vistas como decisivas para a eleição pelo alto número de eleitores e resultados incertos nas pesquisas. Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral, Lula vencia com 48,18% dos votos na reta final da apuração, contra 43,66% dos votos.

Chegou a haver alguma expectativa de que Lula pudesse vencer ainda no primeiro turno, mas nenhum candidato obteve a maioria dos votos válidos e a disputa vai agora para a segunda etapa.

Nas pesquisas de segundo turno feitas até sábado, 1º de outubro, Lula aparecia como favorito, mas os percentuais podem mudar a partir de agora com o novo cenário, uma vez que as pesquisas refletem somente o momento em que foram feitas.

A eleição ocorreu neste domingo em 5.570 municípios brasileiros e em 181 cidades localizadas no exterior (no exterior, eram 697 mil brasileiros com domicílio eleitoral aptos a votar em 2022). Além dos presidenciáveis, foram quase 30 mil candidatos foram registrados para concorrer, segundo o TSE – foram 19,4 mil homens e 9,9 mil mulheres.

Exame


Bolsonaro fala em ‘confiança total’ no 2º turno e critica institutos de pesquisa

Por Matheus Teixeira e Marianna Holanda

O presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite deste domingo (2) que aproveitará o segundo turno para mostrar a política do governo federal diante da pandemia, citando dados da economia.

Bolsonaro disse ainda ter vencido o que chamou de «mentiras» dos institutos de pesquisa, ao citar o Datafolha. «Agora é confiança total.»

Após passar para o segundo turno atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro reconheceu que há uma vontade de mudança no Brasil. O mandatário apontou o aumento no custo de vida da população como uma uma explicação para não ter registrado um desempenho melhor no pleito deste ano.

Bolsonaro evitou botar em xeque as urnas eletrônicas, como costuma fazer, e disse que só irá se pronunciar a respeito após as Forças Armadas apresentarem um relatório sobre o sistema de votação.

A declaração do chefe do Executivo neste domingo, no entanto, foi num tom mais moderado, sinalizando ao menos por ora a aceitação do resultado divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

«Entendo que teve muito voto que foi pela condição do povo brasileiro que sentiu o aumento dos produtos, em especial da cesta básica. Entendo que é uma vontade de mudar por parte da população, mas tem certas mudanças que podem vir para pior», disse, referindo-se a Lula e à esquerda.

Ele admitiu que sua mensagem não chegou a toda a população. «A gente tentou durante a campanha mostrar esse outro lado, mas parece que não atingiu a camada mais importante da sociedade», disse.

«Vamos agora mostrar para população brasileira, em especial a classe mais afetada, [que] é consequência da política do ‘fique em casa a economia a gente vê depois’, é consequência de uma guerra lá fora, de uma crise hidrológica também. E tenho certeza que vamos poder mostrar para essa parcela da sociedade que a mudança que porventura alguns querem pode ser pior», acrescentou Bolsonaro, em outro momento de sua fala.

O mandatário também aproveitou para criticar os institutos de pesquisas, que apontavam uma diferença maior entre ele e Lula no primeiro turno.

«Eu acho que se desmoralizou de vez os institutos de pesquisa», afirmou Bolsonaro, ao ser questionado sobre se houve fraudes nas urnas, após o resultado ter sido divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). «Isso tudo ajuda a levar voto para o outro lado. Isso vai deixar de existir, até porque eu acho que não vão continuar fazendo pesquisa», disse.

O Datafolha de sábado (1º) registrou o atual presidente com 36% dos votos válidos, contra 50% de Lula. Já Simone Tebet (MDB) marcou 6%, empatada tecnicamente com Ciro Gomes (PDT, 5%). Eles terminaram a corrida com 4,16% e 3,05%, dos votos válidos, respectivamente.

A margem de erro foi de dois pontos percentuais, abrangendo os resultados de Lula, Ciro e Tebet, mas não o de Bolsonaro.

Diante da perspectiva de que pudesse liquidar a fatura da eleição já neste domingo, o PT trabalhou para ganhar no primeiro turno e apostou em campanhas pró-voto útil e anti-abstenção.

Frente às investidas do adversário, membros da campanha de Bolsonaro sempre buscaram afirmar que ele iria para o segundo turno, colocaram em xeque as pesquisas e divulgaram sondagens em que o presidente aparecia como primeiro colocado —o que não ocorreu.

Também se anteciparam e propagaram questionamentos ao resultado da eleição de antemão, caso ela desse vitória a Lula.

«O problema grave da eleição foram as pesquisas. Foi muito grave», afirma o ministro Fábio Faria (Comunicações), um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro.

Um dos principais aliados do presidente, Faria afirmou que precisa ser feita uma investigação sobre as pesquisas. «Vamos fazer, saber o que tinha por trás delas. Vamos fazer essa investigação, na Câmara ou em algum lugar», completou.

O ministro acredita que a estratégia eleitoral de Bolsonaro não vai mudar e a expectativa é de vitória no segundo turno.

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afirmou neste domingo que o tribunal não deve responder por divergências entre resultados de pesquisas de intenção de voto e das urnas.

«O TSE só registra as pesquisas. Não tem nenhum envolvimento com relação às pesquisas. Se houve (divergência), quem deve explicar isso são os institutos de pesquisa. Não cabe à Justiça Eleitoral».

Para o segundo turno, Bolsonaro disse que irá procurar o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para conquistar seu apoio. Além disso, ele comemorou a ida de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a segunda etapa da eleição em primeiro lugar em São Paulo.

Folha de S. Paulo

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