Lula dialoga con la delegación de WikiLeaks sobre el caso Assange 

2.272

Lula dialoga en Brasil con delegación de WikiLeaks sobre caso Assange

 

El presidente electo de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, dialogará hoy con miembros de WikiLeaks, sitio fundado por el periodista australiano Julian Assange, quien reveló documentos secretos de Estados Unidos y otros países.

Assange formó el sitio web que puso al desnudo en 2010 más de 700 mil pliegos confidenciales sobre actividades militares, crímenes de guerra y de espionaje estadounidenses, especialmente en Iraq y Afganistán.

Tales contenidos fueron además publicados en otros medios periodísticos, como The New York Times y The Guardian.

La columnista Mônica Bergamo, del diario Folha de Sao Paulo, adelantó en la semana la posible fecha del encuentro de Lula en Sao Paulo con los editores de la plataforma, Kristinn Hrafnsson y Joseph Farrell, coordinado por la Asamblea Internacional de los Pueblos.

En la cita con el fundador del Partido de los Trabajadores, los periodistas de WikiLeaks discutirán temas como la defensa de la libertad de Assange, detenido en Reino Unido, y la oposición a su extradición a Estados Unidos.

Lula comentó en junio la aprobación concedida por Londres a la entrega del australiano a Washington.

«¿Qué crimen cometió Assange?», cuestionó. «Si él va a Estados Unidos, extraditado, ciertamente es cadena perpetua y seguramente él morirá en la cárcel», lamentó.

Hrafnsson y Farrell también tenían en agenda compromisos en Río de Janeiro y Brasilia con los grupos de trabajo de Comunicación y de Relaciones Exteriores del gobierno electo.

De acuerdo con información confidencial de la Agencia Nacional de Seguridad de Estados Unidos y de WikiLeaks en 2015, funcionarios estadounidenses espiaron en Brasil al gobierno de la entonces presidenta Dilma Rousseff (2011-2016).

Un total de 29 teléfonos de miembros y exintegrantes de su gestión fueron intervenidos. Rousseff enfrentó en 2016 un golpe parlamentario judicial que la sacó del poder.

Assange permanece encerrado en una cárcel de máxima seguridad británica desde su arresto en la Embajada de Ecuador en Londres en abril de 2019.

Está a la espera de que la justicia británica se pronuncie sobre la apelación presentada por sus abogados contra la orden de extradición cursada en julio por la entonces ministra del Interior Priti Patel.

De ser extraditado a Estados Unidos, que busca enjuiciarlo, el comunicador podría ser condenado a 175 años de cárcel, a partir de los 17 cargos relacionados con supuestas violaciones de la ley de espionaje que se le imputan.

Prensa Latina


Em campanha pela liberdade de Assange, Wikileaks chega ao Brasil

 

Chega ao Brasil nesta quinta-feira, 24, a delegação do WikiLeaks composta pelo jornalista investigativo e editor-chefe da organização, Kristinn Hrafnsson, e o embaixador do Wikileaks, Joseph Farrell.

A viagem ao Brasil faz parte do tour pela América Latina que começou semana passada na Colômbia e que tem como objetivo reunir a solidariedade de diversos setores políticos e da sociedade civil para instar a administração Biden a retirar as acusações contra Julian Assange.

“O tratado de extradição entre os EUA e o Reino Unido proíbe as extradições por atos políticos dos quais Assange é acusado. A não-extradição de Julian Assange significaria simplesmente que os EUA estão obedecendo a suas próprias leis e tratados internacionais de longa data”, diz Kristinn.

Na Colômbia, o presidente Gustavo Petro declarou abertamente no Twitter que buscará apoio internacional para discutir a liberdade de Assange.

A ampla agenda que será cumprida no Brasil inclui um encontro com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, com data a confirmar, e com as principais associações, sindicatos, federações e organizações jornalísticas para demandar a liberdade de Julian Assange e em defesa do direito à informação.

O WL também visitará a Escola Florestan Fernandes, do MST, com mais de 50 parlamentares para discutir estratégias politicas para a libertação de Assange, desinformação nas redes sociais e liberdade de expressão. Também se reunirão com o WK, personalidades como Caetano Veloso, Reinado Azevedo, Felipe Neto, Gregório Duvivier, Glenn Greenwald entre outros.

“Lula é um maiores líderes políticos de nosso tempo, que viveu o lawfare e superou de maneira espetacular a guerra hibrida feroz das elites locais e americanas. Lula sempre defendeu abertamente Assange, enquanto muitos outros silenciavam”, diz Kristinn.

 Os representantes do Wikileaks serão recebidos na prinicipais entidades do jornalismo brasileiro. Detido sem base legal na prisão de segurança máxima de Belmarsh, no Reino Unido, desde 2019, Julian Assange está prestes a ser extraditado para os Estados Unidos, onde pode sofrer uma pena de até 175 anos em confinamento solitário.

Assange é acusado pelo governo estadunidense de violar a Lei de Espionagem de 1917. Ele foi responsável, por exemplo, pela publicação, entre 2010 e 2011, de documentos revelando crimes de guerra e campos de tortura no Iraque e Afeganistão. A eventual condenação de Assange criminalizaria todas as etapas do processo jornalístico básico: solicitar, receber, possuir e publicar informações verídicas e de interesse público. A defesa do jornalista quer que os EUA retirem as acusações como forma a proteger a liberdade de imprensa em todo o mundo.

Por isso, no domingo, 27, Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell participarão de um tradicional evento com jornalistas que acontece mensalmente na Praça Wladimir Herzog, em São Paulo, a partir de 12h. Entre as diversas atrações, está prevista uma performance com um grupo de atores em homenagem a Assange. A praça Vladimir Herzog foi criada pela Câmara Municipal como um espaço para lembrar da luta contra a ditadura e contra a censura.

Já no dia 30, a sede histórica da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, reúne as organizações jornalísticas para receber os editores do Wikileaks, a partir de 16h.

“Sem uma forte mobilização internacional, o jornalista Julian Assange não será libertado. Ao publicar no WikiLeaks milhares de documentos, fotos e vídeos que comprovam o envolvimento dos Estados Unidos e seus aliados na morte de inocentes e na espionagem em escala internacional, Assange cumpriu seu dever como jornalista. É por isso que a luta pela sua liberdade afeta a todos nós”, declara Giovani del Prete, da Secretaria Operativa da Assembleia Internacional dos Povos.

Quem são Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell do Wikileaks?

Kristinn Hrafnsson é jornalista investigativo e editor-chefe/porta-voz do WikiLeaks desde 2010. Ele trabalhou duas décadas como jornalista na Islândia, na imprensa e na radiodifusão e televisão, o período mais longo na RUV, a emissora pública. Ele foi co-produtor e apresentador do programa de investigação Kompás (Compass) na emissora privada Channel 2 durante o turbulento período do colapso financeiro na Islândia, após a crise bancária de 2008. Kompás foi um programa premiado onde ele e seus colegas frequentemente expuseram atividades criminosas e corrupção em altos cargos. Em abril de 2010, ele voou para Bagdá para entrevistar crianças do ataque militar registrado no “Collateral Murder”, o vídeo icônico publicado pelo WikiLeaks. Kristinn é um dos jornalistas mais premiados na Islândia e recebeu o prêmio da Federação de Jornalistas da Islândia em todas as três principais categorias em 2004, 2007 e 2010.

Joseph Farrell é um jornalista e editor britânico que trabalhou para o Bureau of Investigative Journalism e para o Centre for Investigative Journalism, onde atualmente faz parte do Conselho de Administração. Ele trabalha para o WikiLeaks desde 2010 como editor de inúmeras publicações importantes do WikiLeaks, incluindo os Diários de Guerra do Iraque e Afeganistão e Cabos Diplomáticos (Cablegate). Seu trabalho para o WikiLeaks junto com outros associados, fez dele o alvo de uma investigação contínua do FBI. Ele foi membro da Coalizão da Sociedade Civil na conferência diplomática da World Intellectual Property Organisation sobre um tratado de exceções de direitos autorais para pessoas com deficiências em Marrakesh, Marrocos. Ele também aparece regularmente nas redes de televisão como comentarista de notícias.

Diario do centro de mundo

 

Más notas sobre el tema