Brasil | Lula tomará medidas tras el asesinato de lideresa indígena Nega Pataxó

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Brasil tomará medidas tras asesinato de líderesa indígena

El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, prometió este martes tomar medidas tras el asesinato de Nega Pataxó, una lideresa indígena de la etnia Pataxó-hã-hã-hãe, que fue baleada en un conflicto con terratenientes del sur del estado de Bahía, en el noreste brasileño.

«Estoy conversando con el gobernador (de Bahía) Jeronimo Rodrigues y la ministra (de los Pueblos Indígenas) Sonia Guajajara, que fue a la región para abordar la situación (…) quiero colocar al Gobierno federal a disposición del gobernador y de los pueblos indígenas para encontrar una solución de forma pacífica», expresó el presidente en sus redes sociales.

El domingo pasado la lideresa Nega Pataxó fue asesinada a balazos, mientras que su hermano, el cacique Nailton Muniz Pataxó, sufrió heridas y fue intervenido en un hospital. Además, también hubo heridos de menor gravedad.

Durante una entrevista a la radio Metrópole, el presidente brasileño dijo que habló de lo sucedido con el gobernador de Bahía, Jerónimo Rodrigues, y que se reunirá con la ministra de los Pueblos Indígenas, Sônia Guajajara, que viajó al lugar del ataque, para conocer más detalles de lo ocurrido.

“Quiero poner el Gobierno federal a disposición de Jerónimo y de los pueblos indígenas para encontrar una solución pacífica. Mi solidaridad con la familia de Nega Pataxó”, dijo Lula en la entrevista.

Los hechos se dieron en la tierra indígena Caramuru, en jurisdicción del municipio de Potiraguá, que los pataxós reivindican como propiedad de sus ancestrales y del que quieren expulsar a decenas de hacendados que invadieron la zona.

Se trata de una vieja disputa que está hace años en los tribunales y que impide a la estatal Fundación Nacional de los Pueblos Indígenas (Funai) avanzar con el proceso de demarcación del territorio pataxó.

TeleSur


Lula promete ajuda federal para resolver confronto entre indígenas e fazendeiros na Bahia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu nesta terça-feira uma resposta federal depois que um conflito por terras entre indígenas e fazendeiros no sul da Bahia levou à morte a tiros de uma líder pataxó-hã-hã-hãe.

«Quero colocar o governo federal à disposição do Jerônimo (Rodrigues, governador da Bahia) e dos povos indígenas para encontrar uma solução de forma pacífica», disse Lula em uma entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador.

Cerca de 200 proprietários de terras se reuniram em caminhonetes em uma fazenda nos arredores da cidade de Potiraguá, no domingo, para expulsar uma comunidade indígena e recuperar a terra reivindicada pelo povo Pataxó. O ataque resultou em disparo fatal contra Maria de Fátima de Andrade, líder conhecida como Nega Pataxó, enquanto outro líder foi ferido a tiros e levado ao hospital, informou o Ministério dos Povos Indígenas.

O incidente destaca anos de tensões entre os povos indígenas e agricultores sobre o direito à terra. O ex-presidente Jair Bolsonaro apoiava os direitos dos agricultores, mas Lula tem apoiado as reivindicações indígenas como parte de sua promessa mais ampla de preservar o meio ambiente.

Na segunda-feira, a polícia baiana prendeu dois fazendeiros sob acusações de homicídio e tentativa de homicídio. «É inaceitável o ataque contra o povo Pataxó que aconteceu neste domingo, na Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, no sul da Bahia», afirmou a ministra Sonia Guajajara, que foi nomeada no ano passado por Lula para chefiar o recém-criado ministério, tornando-se a primeira pessoa indígena no Brasil a ser ministra.

A polícia disse que prendeu um indígena pataxó por posse de uma arma de fogo de fabricação caseira, enquanto um agricultor foi ferido no braço por uma flecha. Os confrontos por terras agrícolas reivindicadas por grupos indígenas como suas terras ancestrais tornaram-se violentos à medida que o cinturão agrícola brasileiro tem se expandido em direção à Amazônia.

Brasil 247


Indígenas acusam PM de conivência em assassinato de liderança no sul da Bahia

Por Gabriela Amorim

Indígenas que presenciaram o ataque de ruralistas na tarde deste domingo (21), em Potiguará (BA), afirmam que houve conivência da Polícia Militar (PM). De acordo com lideranças Pataxó Hãhãhãe, a PM estava presente no local do conflito, mas permaneceu distante dos fazendeiros armados e não impediu que fossem feitos os disparos que atingiram Maria de Fátima Muniz Pataxó, a Nega, que faleceu no local, e o cacique Nailton Pataxó, que se encontra internado no Hospital de Itapetinga (BA).

Questionada pelo Brasil de Fato sobre a acusação, a PM afirmou, por meio de nota, que, ao chegarem ao local, encontraram duas pessoas baleadas que foram encaminhadas para atendimento médico.

«Na tarde de domingo (21), policiais da 8ª CIPM e da Cipe Sudoeste intervieram em um confronto entre fazendeiros e indígenas em uma propriedade rural em Itapetinga. No local, os PMs encontraram duas pessoas atingidas por disparos de arma de fogo e que foram conduzidas a uma unidade de saúde. Uma delas não resistiu aos ferimentos. Um homem, atingido no braço por uma flecha, também foi socorrido», diz a nota.

Lideranças indígenas contestam e afirmam que a PM participou, inclusive, do fechamento de estradas junto com os fazendeiros durante o conflito. Indígenas presentes no local afirmaram ainda que, fingindo realizar uma mediação, a polícia teria possibilitado a passagem dos fazendeiros até o local onde aconteceram os disparos.

A nota da PM afirmou que foram realizadas buscas na região, sendo presos dois homens portanto revólveres. O material apreendido e os homens detidos foram apresentados à Polícia Civil, que autuou os dois fazendeiros por homicídio e tentativa de homicídio.

«Posteriormente, chegou ao conhecimento da PM que deram entrada no hospital outras seis pessoas com ferimentos provenientes do embate. O policiamento na região segue sendo realizado com intuito de prevenir novos confrontos», diz a nota.

Governo do estado

O governador Jerônimo Rodrigues informou, por meio da Secretaria de Comunicação da Bahia, que realizou uma reunião na noite de domingo (21) com parte do secretariado e comandantes de forças de segurança para tratar do assunto. De acordo com o texto, a reunião foi realizada para monitoramento e alinhamento da atuação dos órgãos estaduais envolvidos na resolução do confronto.

Jerônimo pontuou a atuação das forças de segurança na região e se solidarizou com a morte da indígena Maria de Fátima Muniz de Andrade. «Meus sentimentos e solidariedade à família e a toda comunidade indígena da Bahia e do Brasil. É inaceitável qualquer tipo de violência, contra qualquer comunidade. E quero afirmar o rigor na apuração e na punição dos culpados», declarou o governador.

O encontro teve participação dos secretários estaduais da Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas; da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais, Ângela Guimarães; de Comunicação, André Curvelo; do chefe de Gabinete do Governador, Adolfo Loyola; do subsecretário de Segurança Pública, Marcel Oliveira; da delegada-geral, Heloísa Brito; e do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho. Além de participação por vídeo conferência da secretária da Saúde, Roberta Santana; do secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner; e da superintendente de Políticas para os Povos Indígenas, Patrícia Pataxó.

Brasil De Fato

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