Brasil | Tras las inundaciones piden la destitución de Sebastião Melo, alcalde de Porto Alegre

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Piden destitución de alcalde de Porto Alegre tras inundaciones

La demanda se basa “en la negligencia del Ayuntamiento en el cuidado de las Estaciones de Bombeo y del sistema de drenaje urbano de la ciudad, que provocó el mayor desastre ambiental y climático en la historia de Porto Alegre”.

En ese sentido, citó un manifiesto firmado por ingenieros que advirtieron por primera vez que el sistema de protección contra inundaciones de Porto Alegre es robusto, eficiente y fácil de operar y mantener, pero que falta un mantenimiento permanente, especialmente en relación con las compuertas y las casas de bombas.

Asimismo, mencionó una denuncia del diputado estatal Matheus Gomes que muestra que el gobierno municipal fue alertado sobre deficiencias críticas en las Estaciones de Bombeo desde 2018, cuando el ingeniero Marcos Goulart Machado alertó sobre la posibilidad de fallas en el sistema.

En otro de los puntos planteados en el documento se hizo referencia a  la situación del dique de Fiergs, en el barrio de Sarandí. Al aconsejar a la población que abandonara la región, el alcalde Mattos da Silva negó la rotura del dique, lo que se confirmó más tarde.

“En casos como los vistos en Porto Alegre, el jefe del poder es visto como emitiendo información confiable sobre la crisis y cuando hay un abuso de confianza, esto no es algo menor, rompe la buena fe, la confianza en la administración y el Estado mismo”, afirmó Brunno en la solicitud de destitución del alcalde.

En definitiva, las inundaciones registradas se citan como un indicio de la negligencia del alcalde: “Además, como si toda la situación expuesta hasta ahora en este proceso no fuera ya demasiado calamitosa, hoy, 23 de mayo de 2024, se cumplió lo deseado y esperado. No sucedió, ocurrió, nuevamente por negligencia y omisión de las autoridades públicas municipales, la ciudad se inundó nuevamente, barrios y calles que hasta el momento no habían sido afectados por las aguas, quedaron completamente intransitables, causando las mayores molestias a los ciudadanos de Porto Alegre».

En la solicitud de impeachmente se recordó que varios institutos meteorológicos habían advertido sobre el elevado volumen de lluvias previstas para este viernes en Porto Alegre.

Telesur


Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre, parou o Rio Grande do Sul

Nos primeiros dias deste mês de maio, a Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) parou. Foi inundada pelo refluxo de águas do esgoto pluvial que colapsou em Porto Alegre.

No exato momento em que a Procergs parou, a gestão do estado do Rio Grande do Sul sofreu um apagão. A Procergs é a principal, se não a única, ferramenta de TI (Tecnologia de Informação) da gestão estadual e opera o dia a dia de praticamente todas as secretarias de estado. Com a Procergs «fora do ar», o Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), da gestão estadual, tornou-se, igualmente, absolutamente inoperante, na medida em que os servidores lá lotados trabalham essencialmente usando computadores e sistemas conectados à Procergs.

Com o CAFF inoperante, os 497 municípios do RS ficaram sem a ferramenta de interação operacional, diária, com a gestão estadual. Significa dizer que as principais secretarias de todos os municípios do Rio Grande do Sul, mesmo aqueles que não foram afetados pelas atuais enchentes, ficaram sistemicamente isolados da gestão estadual. Pobres, infelizes, secretários e prefeitos jogados a esta mal fadada situação.

Hoje, em 22 de maio, quando escrevo este comentário, a Procergs tenta reiniciar a rede de comunicação que a conecta aos municípios do estado, e vice-versa, a ela conecta os municípios do RS. Estamos falando de um apagão na gestão estadual de aproximadamente 20 dias. Durante todo este tempo, o governo estadual interagiu com os 497 municípios gaúchos por telefone, em muitos casos apenas por telefonia celular, registrando e agendando as tratativas com as velhas, e quase esquecidas, ferramentas: papel e lápis.

Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre, parou o Rio Grande do Sul. Sua intransigência em reconhecer as orientações de qualificados técnicos servidores municipais, que alertavam sobre o risco ante a possibilidade de o sucateado sistema anti-cheias colapsar, extrapolou sua jurisdição municipal e contaminou a instância estadual. Sua sanha ideológica privatista, que objetivava sucatear o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) para justificar privatizá-lo, parou o Rio Grande do Sul.

Cabe aqui lembrar que o atual prefeito, quando em campanha eleitoral em 2020, acusava a irresponsabilidade do então prefeito, Marchezan Jr., por não dar atenção às, já então fartamente diagnosticadas, demandas de manutenção e atualização do sistema anti-cheias do município. Há uma infinidade de matérias sobre a questão. Não cabe aqui chover no molhado. Não há a possibilidade de justificativa de falta de informação ou desconhecimento da questão. Não há a possibilidade de justificar-se acusando São Pedro e um suposto inusitado volume de chuvas.

Consequentemente, igualmente, cabe destacar a absurda falta de sintonia estratégica entre a gestão municipal de Melo e antecessor(es), e a gestão estadual de Leite e antecessor(es). O estado não sabia do risco que corria ante eventual falha no sistema de prevenção contra inundações de sua capital? O município não sabia da dimensão das consequências de eventuais falhas em atribuição de sua jurisdição?

Tivessem mínimo entendimento da questão estariam, município e estado, prefeito e governador, em permanente e conjunta avaliação e monitoramento do sistema anti-cheias de Porto Alegre. Não sabiam, ou jogaram roleta russa? Apostaram no cassino dos jogos de azar, em empurrar de barriga para os próximos gestores, os necessários investimentos e as fatídicas consequências? Desconsideraram o absurdo preço que a população poderia ter que pagar? Quem vai explicar os flagelados as razões de o povo estar pagando o preço das minucias de tal perversa disputa ideológica que tenta relativizar, sempre para pior, o tamanho da responsabilidade de cada instância de gestão do Estado?

Supondo, de maneira otimista, que amanhã toda a rede, e sistemas, da Procergs estejam operando normalmente, será que há a capacidade de todas as secretarias, municipais e estaduais atualizarem todas as informações pertinentes do período? Em quanto tempo? De que modo isto afeta, ou retarda, o ponto de retomada de controle da gestão estadual para então, com números confiáveis, enfrentar a monumental tarefa já batizada de Reconstrução do Rio Grande? Alguém sabe?

Nunca antes ninguém causou tanto mal ao estado do Rio Grande do Sul quanto o atual prefeito de Porto Alegre.

Brasil de Fato

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