Brasil: ordenan aprehensión del ex presidente Fernando Collor de Mello
Un juez de la corte suprema de Brasil ordenó este jueves encarcelar al expresidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), condenado en 2023 a ocho años y diez meses de prisión por corrupción en una investigación derivada de la megacausa Lava Jato.
El magistrado «Alexandre de Moraes, del Supremo Tribunal Federal (STF), rechazó el segundo recurso de la defensa y determinó la detención inmediata del expresidente de la República y exsenador Fernando Collor de Mello», indicó la corte en un comunicado
Ex-presidente Fernando Collor foi preso no aeroporto em Maceió antes de se entregar
Por Léo Arcoverde, Matheus Moreira,
O ex-presidente Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), às 4h21, no aeroporto de Maceió, capital de Alagoas, quando se preparava para embarcar com destino a Brasília. Ele iria se entregar às autoridades.
A detenção ocorreu horas após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitar os recursos apresentados pela defesa contra a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão, em um desdobramento da operação Lava Jato. Segundo apurou a reportagem, Collor foi preso de forma discreta e sem alarde.
O ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal em Maceió. Collor foi condenado com trânsito em julgado, ou seja, a decisão se tornou definitiva e não cabe mais recurso.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que os recursos apresentados pela defesa de Fernando Collor tinham caráter «meramente protelatório» e, de forma individual, determinou que a pena de 8 anos e 10 meses de prisão fosse cumprida imediatamente.
A pedido do próprio Moraes, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, convocou uma sessão no plenário virtual da Corte para esta sexta-feira (25), das 11h às 23h59, a fim de que os ministros analisem a decisão. Enquanto isso, a ordem de prisão segue em vigor.
Condenação na Lava Jato
Além de Collor, os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos foram condenados pelo recebimento do dinheiro.
A propina seria para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.
A decisão de Moraes inclui a emissão do atestado de pena a cumprir pelo Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, após a comunicação do cumprimento do mandado de prisão.