Cancilleres del BRICS debaten papel estratégico del Sur Global
Los ministros de Relaciones Exteriores de los países BRICS celebran por segundo día consecutivo su reunión en el Palacio de Itamaraty, Río de Janeiro, con especial énfasis en el papel del Sur Global dentro del sistema multilateral.
n esta ocasión, participan por vez primera los nueve países asociados al bloque, entre ellos Cuba y Bolivia, junto a los once miembros permanentes.
El encuentro también servirá para abordar la reforma interna de los BRICS tras su expansión, iniciada en la cumbre de Kazán, con propuestas concretas para fortalecer la integración en áreas como salud con el fin de erradicar algunas enfermedades como la malaria, la tuberculosis y el VIH.
En ese sentido, las anciones analizarán la creación de un mecanismo conjunto para identificar enfermedades comunes y desarrollar estrategias sanitarias compartidas.
En la jornada inaugural, el canciller brasileño, Mauro Vieira, condenó el genocidio israelí contra Palestina, abordó la crisis en Haití y se refirió al conflicto en Ucrania.
Hoy, con la participación de 20 naciones, se espera una declaración conjunta que siente las bases para la próxima cumbre de jefes de Estado, la cual también tendrá lugar en Brasil.
Sigue la expectativa por el balance final de la reunión de los cancilleres de los #BRICS.
Una carta conjunta en respuesta al tarifazo de Estados Unidos y el apoyo de los países a la candidatura de Brasil al Consejo de Seguridad de la ONU son dos puntos de debate en la reunión. pic.twitter.com/K03gCVEV2T
— André Vieira (@AndreteleSUR) April 29, 2025
Entre los temas prioritarios destacan la crisis climática global y el desarrollo de estrategias contra la guerra arancelaria impulsada por el presidente estadounidense Donald Trump.
Chanceler ressalta consenso do Brics contra protecionismo comercial
A reunião dos ministros das Relações Exteriores do Brics terminou nesta terça-feira (29) sem uma declaração conjunta do grupo. Mas, segundo o chanceler brasileiro Mauro Vieira, houve consenso dos 11 países membros e dos demais convidados em se opor à guerra tarifária global.
«Eu gostaria de destacar o firme rechaço de todos à ressurgência do protecionismo comercial e ao uso de medidas não tarifárias sob pretextos ambientais. A reforma da OMC [Organização Mundial do Comércio] e a plena retomada de seu órgão de solução de controvérsias são essenciais na visão de todos», disse Vieira.
Questionado se a disputa tarifária entre a China e os Estados Unidos poderia beneficiar o Brasil, o chanceler preferiu destacar o posicionamento do país de respeito às normas globais.
«Brasil e China têm uma relação muito importante. Temos 200 anos de relações com outros países, como a Argentina. O Brasil é um ator global. Procuramos sempre que haja relações baseadas no direito internacional e respeito às regras. E é isso que vamos continuar fazendo. Sempre prontos a conversar com todos», afirmou.
O documento final do encontro no Rio de Janeiro foi assinado apenas pela presidência brasileira do Brics, como forma de dar mais peso à Cúpula de Líderes, que vai ocorrer em julho, disse o ministro Mauro Vieira. Ele reforçou que houve «compromissos e acordos» com os demais ministros.
“Decidimos fazer uma declaração da presidência, como ocorre regularmente em muitas reuniões, justamente para deixar um caminho aberto para negociarmos com muito cuidado e com muita precisão uma declaração que acontecerá no mês de julho, na ocasião da reunião dos chefes de estado,explicou Mauro Vieira.
Pautas prioritárias
O chanceler brasileiro destacou que o encontro no Rio de Janeiro foi marcado por forte engajamento político e a busca de uma agenda de soluções para o Brics e o Sul Global, especialmente no ano em que o Brasil sedia a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30).
A Indonésia participou pela primeira vez de uma reunião do grupo como membro efetivo, o que foi saudado como sinal da busca do grupo por maior diversidade, representatividade e justiça global.
Vieira discorreu sobre as diferentes manifestações em defesa do fortalecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), principalmente do Conselho de Segurança. O grupo pede mais participação da Ásia, África e América Latina em todos os sistemas multilaterais, o que inclui também a OMC, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
O chanceler alertou que sem uma arquitetura nova de cooperação global, desafios importantes não poderão ser enfrentados. Ele destacou as áreas da saúde, crise climática e governança da inteligência artificial.
Segundo Mauro Vieira, são áreas em que o Brics pode ser protagonista e coordenar atitudes concretas.