Bolsonaro desafía decisión del Supremo Tribunal de Brasil y marcha por la avenida Paulista
El expresidente de Brasil (2019-2022), Jair Bolsonaro, desafió la decisión del Tribunal Supremo Federal (TSF) que lo inhabilitó para ser elegido a un cargo público hasta 2030 y participó este domingo junto a sus seguidores en una manifestación en la avenida Paulista de la ciudad de Sao Paulo.
La manifestación, a la cual asistieron únicamente unos 12 mil simpatizantes, también buscó promover solicitudes de amnistía para los golpistas del 8 de enero y rindió homenaje a la política implementada por Donald Trump desde su llegada al poder. Además, se hizo referencia a Israel, un país criticado por la ONU en múltiples ocasiones por sus acciones genocidas contra el pueblo palestino.
El acto bolsonarista fue una respuesta a la inhabilitación de Bolsonaro para ocupar cargos públicos hasta el año 2030 y su intención de postularse nuevamente como presidente. Sin embargo, la situación del exmandatario se complica debido a la próxima condena que enfrentaría a finales de año, junto a otros siete acusados, por delitos como organización criminal armada, intento de derrocamiento violento del Estado democrático de derecho y golpe de Estado, que podrían conllevar penas de 20 a 26 años de prisión.
La prensa brasileña soltó esta semana 2 encuestas donde Lula perdería la elecciones contra figuras de extrema derecha.
La realidad muestra lo contrario: Bolsonaro hoy convocó tan solo 12 mil personas en av. Paulista.
Menos de la mitad que la marcha de una semana antes contra el… pic.twitter.com/Hf9x3BF0x7
— Nacho Lemus (@LemusteleSUR) June 30, 2025
A pesar de ello, Bolsonaro aprovechó el momento para invocar a Dios y a la patria, argumentando que estaba siendo objeto de una afrenta por parte de las autoridades gubernamentales, las cuales, según él, facilitaron el ascenso de Lula da Silva al poder.
En sus palabras, expresó que «el golpe se lleva a cabo con las Fuerzas Armadas, con armas, con el núcleo financiero, con el núcleo político y con el apoyo de instituciones, incluso fuera de Brasil. ¿Qué clase de golpe es este, Dios mío?». Afirmó que las acusaciones en su contra carecen de fundamento, ya que cuenta con el respaldo del pueblo.
No fue el único en alzar la voz durante la protesta; también destacó Silas Malafaia, pastor e instigador de las manifestaciones. Malafaia argumentó que se estaban utilizando todos los medios posibles para excluir a su líder del proceso electoral y criticó al ministro Alexandre de Moraes, ex presidente del Tribunal Superior Electoral (TSE). Añadió que las acciones de Moraes han destrozado los principios establecidos en la Constitución y mencionó a sus compañeros exiliados por expresar sus opiniones.
Asimismo, el senador Magno Malta, del Partido Liberal, abordó varios temas durante su intervención. Reiteró su apoyo a Israel y a Trump, pero lo más significativo fue su pronunciamiento sobre la necesidad del regreso de Bolsonaro a la contienda presidencial con miras a 2026.
Bolsonaro usa slogan de Trump, justifica viagem ao EUA e reconhece chance de ser preso
Por Maria Luiza Valeriano, Gabriel Gatto
De cima de um trio elétrico na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, 29, Jair Bolsonaro (PL) afirmou aos apoiadores que viajou aos Estados Unidos após a derrota nas eleições de 2022, pois ‘jamais passaria a faixa para um ladrão’, e reconheceu que existe a chance de ser preso por causa do processo de tentativa de golpe de Estado.
Na fala, que tinha um rascunho escrito à mão e durou cerca de 30 minutos, Bolsonaro pediu por anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro e clamou aos apoiadores que, nas eleições de 2026, o deem ‘50% da Câmara dos Deputados e 50% do Senado Federal’ para que, segundo ele, possa ‘mudar o destino do Brasil’.
Em um primeiro momento, durante discurso do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), o parlamentar fez parte da fala em inglês e Bolsonaro complementou, adaptando o slogan ‘make America great again’ (Faça a América grande novamente) do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: «Make Brazil great again» (Faça o Brasil grande novamente, em português).
Após seus correligionários terem a palavra sobre o trio elétrico, incluindo o filho e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente foi anunciado pelo locutor da manifestação e recebido sob ovação pelos apoiadores.
Na fala, Bolsonaro criticou o governo Lula, sem citar diretamente o atual presidente, e o processo eleitoral no pleito de 2022, afirmando que ‘a mão pesada do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez se valer na balança’.
«Eu era proibido de fazer tudo e o outro lado podia fazer qualquer coisa. Me acusaram de tudo, até da morte de Marielle Franco. Me acusaram de genocida, de misógino, de não gostar de nordestinos, de não gostar de negros. Eles podiam tudo», disse.
Anistia aos condenados pelo 8 de janeiro
Como esperado, os temas que ganharam mais destaque durante o discurso de Bolsonaro foram o pedido de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e o futuro político do ex-presidente.
Bolsonaro criticou as condenações pelos crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República, entre eles, associação criminosa armada e tentativa de golpe de Estado: «Que arma foi apreendida? Nenhuma, a não ser um estilingue com duas bolinhas de gude», disse.
«Assistimos, hoje, condenações a 14, 15, 16, 17 anos de prisão. Na semana passada, uma mulher com sete filhos, seis menores de idade, foi condenada a 14 anos de prisão. (…) Isso não é justiça, é uma brutal injustiça», afirmou.
«Por isso nós lutamos por anistia, que é um remédio previsto na Constituição, de iniciativa própria do parlamento brasileiro, independente dos dois outros Poderes. É o caminho da pacificação. (…) Quem está preso e deve alguma coisa, sente. Agora, quem está preso e nada deve, é tortura, é um crime», declarou.
Pedido de apoio no Congresso
Em paralelo, Bolsonaro também abordou a própria inelegibilidade e falou sobre as eleições federais de 2026. Sem poder disputar o pleito até 2030, o ex-presidente deixou a vaga para concorrer à Presidência da República em aberto, mas apelou aos eleitores por apoio na eleição ao Legislativo.
«Não interessa onde eu esteja, a covardia que porventura façam comigo, porque eu tenho a certeza que o objetivo final não é prender, é eliminar. Logicamente, não quero ser preso, nem morto, mas não posso fugir da minha responsabilidade. (…) Se vocês me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil», declarou.
Bolsonaro não indicou um possível substituto para a disputa ao Palácio do Planalto em seu lugar, mas afirmou que com a maioria no Legislativo ‘nem precisa ser presidente’.
«Se vocês me derem isso, não interessa onde eu esteja, aqui ou no além, quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente. Com essa maioria, nós elegemos nosso presidente da Câmara, nosso presidente no Senado. Nas sabatinas, nós decidiremos quem prosseguirá nessa missão», afirmou.
Bolsonaristas tomam a Avenida Paulista em protesto
Vestidos de verde e amarelo, milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro voltaram à Avenida Paulista na tarde deste domingo, 29, em mais um ato convocado pelo pastor Silas Malafaia.
Em cima dos trios elétricos, lideranças da direita como o próprio Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) discursaram sob aplausos e palavras de ordem de um público atento.
Com forte presença de bandeiras do Brasil e algumas poucas de Israel, o protesto foi marcado por uma pauta clara: o pedido de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Áudios de ministros do STF foram tocados para incitar o público, como a fala de Alexandre de Moraes de «a Internet deu voz aos imbecis». Entre gritos de “Justiça Já”, “Volta, Bolsonaro” e ocasionais “Fora, PT”, os manifestantes vaiaram os áudios e expressaram apoio aos presos e condenados por tentativa de abolição do estado democrático.
Cartazes escritos em inglês com mensagens pedindo que o Trump «salve o Brasil do comunismo» também chamaram a atenção na multidão, indicando um apelo internacional – especialmente aos Estados Unidos – para interferência no cenário político brasileiro.