Brasil | La Policía Federal acusa a Bolsonaro y a su hijo de comandar red de espionaje ilegal

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Policía Federal de Brasil acusa a expresidente Bolsonaro y a su hijo de comandar red de espionaje ilegal

El expresidente brasileño Jair Bolsonaro (2019-2022) fue acusado el miércoles por la Policía Federal de comandar una organización delictiva que realizó espionaje ilegal utilizando estructuras de la Agencia Brasileña de Inteligencia (Abin), informó el Supremo Tribunal Federal, la máxima corte de Brasil.

Además del expresidente, aparece como uno de los coordinadores del sistema de espionaje ilegal Carlos Bolsonaro, hijo del exmandatario y que actúa como concejal en la ciudad de Río de Janeiro.

La conclusión se encuentra en el informe final de las investigaciones del caso llamado «Abin Paralela» cuyo contenido fue hecho público por el juez Alexandre de Moraes, del Supremo Tribunal Federal, quien lleva adelante, también, el juicio contra Bolsonaro y una treintena de funcionarios por haber orquestado un golpe de Estado a fines de 2022 para evitar la asunción del presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

El informe, de 1.200 páginas, fue remitido por la Policía Federal a la corte suprema, que deberá trasladarlo al fiscal general, Paulo Gonet, encargado de decidir si presenta o no cargos formales contra los acusados.

La estructura paralela de los servicios de inteligencia, dice el informe, vigiló ilegalmente al juez Moraes, al exgobernador de Sao Paulo Joao Doria y al expresidente de la Cámara de Diputados Rodrigo Maia, entre otras personalidades.

«Bolsonaro aparece como el principal destinatario de la información de las acciones clandestinas y de la instrumentalización de la Abin», afirma el informe.

Según la investigación, las acciones clandestinas fueron implementadas durante la gestión del exdirector de Abin, Alexandre Ramagem, quien es imputado en la acción criminal del intento de golpe de Estado.

La Policía Federal también acusó a la actual dirección de la Abin, formada por el director general Luiz Fernando Correa, de intentar obstruir la investigación.

Xinhua News Agency


Bolsonaro decidia alvos de suposta rede de espionagem ilegal, diz PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) integrou o núcleo principal da «Abin paralela», uma suposta rede clandestina de inteligência durante seu mandato, e foi responsável por decidir os possíveis alvos de ações de espionagem, segundo um relatório da Polícia Federal (PF) divulgado nesta quarta-feira (18/6).

Bolsonaro já está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por uma suposta tentativa de golpe de Estado para se manter no poder apesar da derrota eleitoral para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

Ele também está inelegível até 2030 por ter questionado sem provas o sistema de votação.

Em um caso separado, a Polícia Federal investigou Bolsonaro no caso conhecido como «Abin paralela», que busca determinar se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi usada para disseminar desinformação e espionar opositores e instituições durante o governo do ex-presidente.

A polícia identificou o ex-mandatário como integrante do «núcleo político» da suposta rede de espionagem, junto com seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL/RJ), segundo um relatório da investigação divulgado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

«Este núcleo foi o responsável por definir as diretrizes estratégicas da [organização criminosa], determinar os alvos das ações clandestinas» e «se beneficiar politicamente das operações», detalha o texto, com mais de mil páginas.

E acrescenta: «Era o centro decisório e o principal destinatário das «vantagens» ilícitas (manutenção no poder, ataque a adversários)».

A PF recomendou o indiciamento de mais de 30 pessoas no caso. Entre elas, Carlos Bolsonaro, apontado pelos crimes de organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito.

Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que já enfrenta essas acusações por liderar a suposta trama golpista, não foi incluído nessa lista.

Segundo a PF, entre os espionados havia opositores, jornalistas e autoridades dos Três Poderes, como o ministro Alexandre de Moraes, a quem Bolsonaro já chamou de «ditador» no passado.

Moraes, responsável pela investigação sobre espionagem ilegal e outros casos que envolvem Bolsonaro, retirou nesta quarta-feira o sigilo do relatório da polícia.

Os suspeitos teriam interceptado computadores e celulares, inclusive utilizando o software de espionagem israelense FirstMile, que permite rastrear a geolocalização de telefones celulares.

A recomendação de indiciamento inclui também o atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, que assumiu o cargo durante o governo Lula e é suspeito de dificultar a investigação.

Bolsonaro, de 70 anos, pode ser condenado a até 40 anos de prisão pelas acusações relacionadas à tentativa de golpe. Ele nega as acusações e afirma ser um «perseguido».

Embora esteja inelegível, insiste que deseja ser candidato nas eleições de 2026.

Estado de Minas

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