Brasil | Lula condena el bloqueo a Cuba y pide unidad regional por Haití en la cumbre Brasil Caribe

Compartir:

Lula da Silva condena bloqueo a Cuba y exige unidad por Haití en Cumbre Brasil-Caribe

El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, inauguró este viernes, 13 de junio, la Cumbre Brasil-Caribe abogando por una renovada alianza Sur-Sur y reafirmando el compromiso de su Gobierno con la integración regional, la justicia climática y la soberanía alimentaria. En un discurso contundente, Lula da Silva condenó el bloqueo impuesto por Estados Unidos a Cuba y defendió la necesidad urgente de unidad y acción por Haití.

Desde el Palacio de Itamaraty, sede de la cancillería brasileña, el mandatario brasileño aseguró ante líderes de 15 países caribeños que la cooperación con la región será un pilar de su política exterior. «Brasil está de regreso en el escenario global, y no será con indiferencia frente a sus vecinos», sentenció, calificando el encuentro de «momento histórico para repensar las relaciones» y priorizar el desarrollo sostenible y la solidaridad.

El mandatario anfitrión instó a reformar el sistema financiero internacional «para que deje de penalizar a quienes menos contaminan y más sufren». Propuso la creación de un Fondo Sur-Sur para el Clima, con recursos brasileños y caribeños, destinado a enfrentar fenómenos extremos como huracanes y sequías.

En materia de seguridad alimentaria, Lula anunció la adhesión de Cuba, Santa Lucía y el Banco de Desarrollo del Caribe a la Alianza Global contra el Hambre y la Pobreza, iniciativa de la presidencia brasileña del G20. Destacó el programa Garantía Safra, que protege a productores rurales de desastres naturales, y el Programa Cisterna, que combate la escasez hídrica.

El presidente brasileño fue enfático al condenar el bloqueo y la «infundada inclusión» de Cuba en la lista unilateral de países patrocinadores del terrorismo. «El mundo necesita voces que hablen en nombre de lo correcto, lo justo y lo sensato», declaró.

Respecto a Haití, Lula da Silva fue categórico: «Nuestra solidaridad es más necesaria que nunca». Anunció que Haití será uno de los primeros países en recibir programas de la Alianza Global contra el Hambre y la Pobreza. «Haití no puede ser castigado eternamente por haber sido el primer país de América en lograr la independencia. Si ayer el castigo se manifestó en forma de sanciones injustas e injerencia externa, hoy se refleja en una postura de abandono e indiferencia», denunció.

En apoyo a la nación caribeña, Brasil también capacitará a 400 policías haitianos para combatir el crimen organizado. Lula da Silva abogó por diversificar el comercio, facilitar el acceso a mercados y reducir barreras arancelarias, destacando que la «integración económica no debe ser solo de grandes potencias, tiene que servir también a los pueblos del Sur global». Anunció la creación de un Mecanismo Permanente de Diálogo Brasil-Caribe y un foro para ampliar la conectividad aérea y marítima.

Telesur


Na abertura da reunião Brasil-Caribe, Lula condena bloqueio a Cuba e defende união pelo Haiti

No discurso inaugural da reunião Brasil-Caribe, nesta sexta-feira (13), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenou o bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba, e anunciou que o Haiti será um dos primeiros países a receber programas e ações da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.

“Nosso sentido de solidariedade é mais necessário do que nunca. Devemos seguir condenando o embargo contra Cuba e sua descabida inclusão em lista de países que apoiam o terrorismo. O mundo está carente de vozes que falem em nome do que é certo, justo e sensato”, disse o presidente a 12 chefes de Estado e governo reunidos no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF).

Lula destacou cinco áreas que serão prioritárias no diálogo e a comunidade do Caribe, sendo a primeira delas o enfrentamento às mudanças climáticas. O presidente ressaltou a necessidade de chegar à Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) – COP30, em Belém, unidos e com metas ambiciosas.

“Nossa medida de sucesso será o grau de ambição das novas NDCs [Contribuição Nacionalmente Determinada] a serem apresentadas”, afirmou o mandatário, agregando que o objetivo é chegar ao valor de US$ 1,3 trilhão em financiamento. “Cabe aos países ricos fazer frente às suas responsabilidades para que o Sul Global possa avançar em ritmo compatível com as suas circunstâncias”, declarou.

A segunda área destacada pelo presidente é a transição energética. Nesse sentido, Lula ressaltou o potencial do Caribe na produção de energia limpa. “O Caribe, que dividiu esse passado com o Brasil, também pode fazer parte desse futuro. A região tem intenso potencial para a produção de energia eólica e solar. O planejamento energético é a chave para atrair os investimentos de longo prazo. Isso requer o desenvolvimento de capacidades institucionais.”

Em matéria de segurança alimentar, Lula anunciou a adesão de Cuba, Santa Lúcia e o Banco do Desenvolvimento do Caribe à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, iniciativa lançada pela presidência brasileira à frente do G20. Segundo o presidente, sete países do Caribe já integram a aliança. “Destaca-se a Garantia Safra, que protege produtores rurais de catástrofes naturais e o Programa de Cisternas que ajuda a combater a escassez de recursos hídricos”, disse o presidente.

Ainda no âmbito do combate à fome e à pobreza, Lula anunciou que o Haiti será um dos primeiros países a receber ações e programas da aliança global. “Em minha recente visita à França, afirmei em diferentes ocasiões que o Haiti não pode ser punido eternamente por ter sido o primeiro país das Américas a se tornar independente. Se ontem a punição veio sob sanções injustas e ingerência externa, hoje se reflete em postura de abandono e indiferença. É preciso que a comunidade internacional se engaje em prol de um plano nacional de desenvolvimento do país.”

Lula anunciou ainda que a Polícia Federal brasileira vai oferecer treinamento a cerca de 400 oficiais da polícia haitiana, com o objetivo de combater o crime organizado. Finalmente, o presidente manifestou insatisfação com o fato de o Brasil ter conexão aérea com apenas três países da região e defendeu que, juntos, se elabore um plano para ampliar a conectividade aérea e marítima.

“Ainda este ano, organizaremos, com apoio do CAF [Banco de Desenvolvimento da América Latina], o Fórum ‘O Brasil abre as portas para o Caribe’, que vai discutir como ampliar a conectividade entre nós e promover novos negócios. O Banco de Desenvolvimento do Caribe (CDB) também é um parceiro fundamental nesse esforço”, disse Lula, que anunciou ainda o aporte de US$ 5 milhões ao Fundo Especial de Desenvolvimento do CDB.

Há previsão de que o presidente brasileiro ofereça, ainda nesta sexta-feirt declaração à imprensa junto à primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, que também preside a Comunidade do Caribe (Caricom).

Brasil de fato

Más notas sobre el tema