Brasil | Congreso rechaza aranceles de Trump y el Gobierno envía una carta a EEUU

Compartir:

Congreso de Brasil rechaza aranceles de EE.UU. y defiende intereses nacionales

Los presidentes del Senado, Davi Alcolumbre, y de la Cámara de Diputados, Hugo Motta, expresaron este miércoles su compromiso conjunto para defender los intereses de Brasil frente a la imposición de un arancel del 50 por ciento sobre las importaciones de productos brasileños, anunciado por el Gobierno de Estados Unidos (EE.UU.), que entrará en vigor el 1 de agosto.

Ambos líderes legislativos denunciaron esta medida como una agresión al país y abogaron por una respuesta coordinada y serena para proteger la economía nacional.

Durante una declaración conjunta, Alcolumbre destacó la necesidad de actuar con firmeza ante lo que calificó como una medida injusta. “En este momento de agresión contra Brasil y los brasileños, que consideramos injusta, debemos actuar con firmeza, resiliencia y tratar esta relación con serenidad, buscando estrechar los lazos y hacer que las cosas avancen”.

Por su parte, Hugo Motta anunció que el Congreso aprobó por unanimidad un instrumento legislativo que permite al Gobierno garantizar la protección de los sectores económicos afectados.

“Hoy aprobamos por unanimidad este instrumento que permite al Gobierno garantizar la protección de nuestro país y de nuestros negocios. Estamos listos para respaldar al Poder Ejecutivo”, señaló Motta, subrayando la disposición del Legislativo para trabajar en conjunto con el Gobierno en la búsqueda de soluciones.

La imposición de aranceles por parte de Estados Unidos, que afectará a una amplia gama de productos brasileños a partir del próximo mes, genera preocupación en los sectores productivos y comerciales del país.

Brasil, una de las principales economías de América Latina, depende significativamente de sus exportaciones a mercados internacionales, incluido el estadounidense. Esta medida podría impactar sectores clave como la agricultura, la industria y el comercio, que representan una parte sustancial de la balanza comercial brasileña.

Los líderes del Congreso enfatizaron la importancia de una respuesta coordinada entre el Legislativo y el Ejecutivo para mitigar los efectos de los aranceles y proteger los negocios nacionales.

La aprobación unánime del instrumento legislativo mencionado por Motta refleja un consenso político en torno a la necesidad de fortalecer la posición de Brasil en las negociaciones internacionales. Este mecanismo permitirá al Gobierno implementar medidas de protección económica, aunque no se han detallado aún las acciones específicas que se adoptarán.

teleSUR


Veja a íntegra da carta enviada pelo governo Lula aos Estados Unidos sobre tarifaço de Trump

Por Filipe Matoso, Mariana Assis

Representantes do governo Lula enviaram nesta terça-feira (15) uma carta a integrantes do governo dos Estados Unidos na qual citaram «indignação» com o tarifaço anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros e disseram estar dispostos a negociar.

A carta foi enviada seis dias após Trump ter anunciado que produtos brasileiros vendidos no mercado americano terão uma tarifa de 50%.

O norte-americano alegou que os Estados Unidos têm uma relação deficitária com o Brasil, enquanto, na verdade, os números apresentam resultado favorável aos americanos.

O documento é assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e direcionado ao secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnik, e ao representante de Comércio, Jamieson Greer.

Íntegra

Veja o conteúdo completo da carta enviada por Alckmin e Mauro Vieira a autoridades norte-americanas:

A Suas Excelências os Senhores

Secretário de Comércio, Howard Lutnick

Representante Comercial dos Estados Unidos, Embaixador Jamieson Greer

1. O Governo brasileiro manifesta sua indignação com o anúncio, feito em 9 de julho, da imposição de tarifas de importação de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos, a partir de 1° de agosto. A imposição das tarifas terá impacto muito negativo em setores importantes de ambas as economias, colocando em risco uma parceria econômica historicamente forte e profunda entre nossos países. Nos dois séculos de relacionamento bilateral entre o Brasil e os Estados Unidos, o comércio provou ser um dos alicerces mais importantes da cooperação e da prosperidade entre as duas maiores economias das Américas.

2 . Desde antes do anúncio das tarifas recíprocas em 2 de abril de 2025, e de maneira contínua desde então, o Brasil tem dialogado de boa-fé com as autoridades norte-americanas em busca de alternativas para aprimorar o comércio bilateral, apesar de o Brasil acumular com os Estados Unidos grandes déficits comerciais tanto em bens quanto em serviços, que montam, nos últimos 15 anos, a quase US$ 410 bilhões, segundo dados do governo dos Estados Unidos. Para fazer avançar essas negociações, o Brasil solicitou, em diversas ocasiões, que os EUA identificassem áreas específicas de preocupação para o governo norte-americano.

3. Com esse mesmo espírito, o Governo brasileiro apresentou, em 16 de maio de 2025, minuta confidencial de proposta contendo áreas de negociação nas quais poderíamos explorar mais a fundo soluções mutuamente acordadas.

4. O Governo brasileiro ainda aguarda a resposta dos EUA à sua proposta.

5. Com base nessas considerações e à luz da urgência do tema, o Governo do Brasil reitera seu interesse em receber comentários do governo dos EUA sobre a proposta brasileira. O Brasil permanece pronto para dialogar com as autoridades americanas e negociar uma solução mutuamente aceitável sobre os aspectos comerciais da agenda bilateral, com o objetivo de preservar e aprofundar o relacionamento histórico entre os dois países e mitigar os impactos negativos da elevação de tarifas em nosso comércio bilateral.

O Globo00

Más notas sobre el tema