Partidarios de Bolsonaro protestan en Brasilia contra Lula y en favor del expresidente acusado de golpismo
Por Jorge Bautista
Un grupo de simpatizantes de Jair Bolsonaro han protagonizado una protesta en Brasilia en apoyo a quien fuera presidente de Brasil. En sus coches, han realizado una caravana con sus vehículos para dar su apoyo al exdirigente, que afronta un juicio en la Corte Suprema por intento de golpe de Estado.
Los manifestantes han dado algunas vueltas alrededor de la Explanada de los Ministerios, el punto de la capital brasileña en el que se concentran las sedes de los órganos de poder, y han hecho sonar las bocinas de sus coches.
La protesta es una previa de la convocatoria nacional que se espera el 3 de agosto, cuando hay previstas manifestaciones en apoyo a Bolsonaro en las principales ciudades de Brasil.
Mientras, el líder de la extrema derecha brasileña ha pasado su segundo fin de semana recluido en su domicilio, cumpliendo así con las medidas cautelares impuestas por el Supremo por sospechas de obstrucción en el proceso por golpismo.
Lleva una tobillera electrónica, algo que le ha obligado a pasar las noches y los fines de semana en su casa. Además, le han prohibido usar sus redes sociales, hablar con otros investigados y acercarse a embajadas y consulados.
Él y su hijo, investigados
Además de a él, también se está investigando a uno de sus hijos, el diputado Eduardo Bolsonaro, por instigar y ayudar al Gobierno de EEUU para sancionar a jueces del Supremo y a Brasil para torpedear el juicio por golpismo.
Eduardo Bolsonaro está en EEUU desde hace cinco meses y ha reconocido que se ha reunido con representantes de la Casa Blanca en busca de ayuda para su padre.
Trump les pone un arancel del 50%
En ese sentido, Donald Trump, presidente de EEUU, anunció un arancel adicional del 50% para los productos brasileños a partir del 1 de agosto. A la hora de exponer los motivos, el republicano citó una supuesta «caza de brujas» contra Bolsonaro y exigió que el proceso parara de «inmediato». Además, el magnate neoyorquino revocó los visados a ocho de los 11 magistrados del Supremo brasileño.
Según la Policía brasileña, el propio Bolsonaro y su hijo habrían intercedido para que EEUU imponga esas sanciones. «No sé qué se le pasa por la cabeza a Trump», dijo el expresidente brasileño a la par que añadió que siente «un profundo respeto y admiración por él»: «Sé que le caigo bien».
Bolsonaro se enfrenta a 40 años de cárcel
Lula da Silva, presidente de Brasil, se ha mostrado dispuesto a negociar la agenda comercial pero ha exigido respeto al Poder Judicial, tildando de «chantaje inaceptable» las intromisiones de Trump en el proceso contra Bolsonaro.
La Fiscalía, en base a documentos, audios y testimonios, acusa al expresidente de «liderar» un complot golpista para anular las elecciones de 2022, impedir la investidura de Lula y mantenerse en el poder. Se enfrenta a una condena de 40 años de cárcel.
Moraes determina retirada de acampamento de aliados de Bolsonaro na Praça dos Três Poderes
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou ontem a retirada de parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro que estavam acampados na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
O deputado Hélio Lopes (PL-RJ) montou acampamento na Praça dos Três Poderes no fim da tarde de ontem e ficou algumas horas no local. O protesto recebeu apoio de aliados, como o deputado Coronel Chrisóstomo, também do PL.
Intimado pelo STF, o governador Ibaneis Rocha foi à praça de madrugada para cumprir a ordem de Alexandre de Moraes: remover o acampamento sob risco de prisão dos manifestantes por desobediência.
Em uma rede social, os parlamentares afirmaram que o ministro impede manifestações pacíficas, garantidas pela Constituição, e que não aceitariam intimidações ou retaliações contra um protesto legítimo, silencioso e simbólico.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes justificou que «o exercício dos direitos de reunião e manifestação é reivindicado com o confessado propósito de repetir os ilegais e golpistas acampamentos, realizados na frente dos quartéis do Exército, para subverter a ordem democrática e inviabilizar o funcionamento das instituições republicanas, em especial o Supremo Tribunal Federal».
E afirmou que «a Praça dos Três Poderes é área de segurança e não será permitido que, apoiadores de diversos réus, que estão sendo processados e serão julgados no segundo semestre desse ano pelo Supremo, organizem novos acampamentos ilegais para coagir os ministros de nossa suprema corte, na tentativa de obstrução à Justiça».
Moraes também disse que «esse cenário, portanto, exige a reação proporcional do Estado, no sentido de garantir o funcionamento das instituições democráticas».
A decisão acompanhou a manifestação da Procuradoria-Geral da República, que informou ao Supremo que outros parlamentares estavam usando as redes sociais para convocar a população a aderir à manifestação.
A decisão de Moraes foi tomada no inquérito das fake news, que apura ataques e ameaças aos ministros e ao STF. A Praça dos Três Poderes está assim – com grades impedindo o acesso de pessoas e com a segurança reforçada.
Moraes também determinou a proibição de qualquer acampamento num raio de um quilômetro da Praça dos Três Poderes, da Esplanada dos Ministérios e em frente aos quartéis das Forças Armadas.
A medida foi tomada para garantir a ordem pública e evitar outros atos criminosos como o 8 de janeiro, quando vândalos invadiram e depredaram as sedes dos três poderes.