Lula y Emmanuel Macron relanzan las negociaciones para efectivizar el Acuerdo Mercosur-UE
El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se comprometió a “ultimar el diálogo” con su par de Francia, Emmanuel Macron, con el objetivo de efectivizar el acuerdo Mercosur-UE, en medio de la incertidumbre global que genera la política arancelaria de Donald Trump.
Telefonei na manhã desta quarta-feira (20) para o presidente da França, @EmmanuelMacron. Na ligação, que durou quase uma hora, tratamos de temas das agendas global e bilateral. Reafirmamos nosso apoio ao multilateralismo e ao livre comércio.
Durante nossa conversa, repudiei o…
— Lula (@LulaOficial) August 20, 2025
Luego del entendimiento alcanzado en Uruguay en diciembre del año pasado, todavía se aguarda por la presentación del texto jurídico definitivo y su traducción a los idiomas oficiales de la Unión Europea, proceso después del cual se firmaría el acuerdo e iría a las instancias parlamentarias para su ratificación, un requisito clave para que el pacto entre en vigor.
Sin embargo, Macron es uno de los que condiciona el avance del tratado a nivel europeo, poniendo el foco en las preocupaciones sobre el impacto en el medio ambiente y, principalmente, en el sector agropecuario de su país, que ve amenazada su producción ante el desembarco de los productos de la región.
Brasil quiere firmar el Acuerdo Mercosur-UE antes de fin de año
En ese sentido, Lula insistió tras una charla que duró cerca de una hora en que la idea es que el acuerdo Mercosur-UE sea ratificado “este semestre, durante la presidencia brasileña” del bloque regional, que concluirá en diciembre.
El mandatario brasileño y Macron discutieron en su conversación telefónica sobre el escenario internacional generado por la guerra comercial que desató Trump y que a Brasil le significó aranceles del 50%, por lo que considera prioritario la firma de un convenio que también se enmarca en la estrategia de inserción internacional que busca impulsar Yamandú Orsi en Uruguay.
Sin embargo, el presidente francés supeditó su firma a que el mismo “proteja el interés” del agro, una cuestión que Lula se negó a modificar en los últimos meses. Habrá que ver si, tras las tarifas de Trump, hay un cambio de postura o al menos un acercamiento que permita concretar un tratado que lleva más de 25 años de negociaciones.
A su vez, los mandatarios reiteraron su defensa del multilateralismo y el libre comercio, así como su intención de “promover una mayor cooperación entre los países desarrollados y el Sur Global”, según informó el gobierno de Brasil mediante un comunicado.
Em telefonema para Macron, Lula critica tarifaço e fala em avançar no acordo Mercosul e União Europeia
Por Isabela Camargo, Guilherme Mazui
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone nesta quarta-feira (20) com o presidente da França, Emmanuel Macron. A ligação partiu do presidente brasileiro.
Segundo o Palácio do Planalto, a conversa durou quase uma hora, e os presidentes «reafirmaram seu apoio ao multilateralismo e ao livre comércio». Na ligação, eles falaram sobre:
- tarifaço dos EUA
- acordo Mercosul-União Europeia
- COP30
- guerra entre Ucrânia x Rússia
A nota do governo brasileiro informa que Lula «repudiou o uso político de tarifas comerciais contra o Brasil» e fez um relato das medidas adotadas para proteger trabalhadores e empresas.
«Mesmo sem reconhecer a legitimidade de instrumentos unilaterais usados pelos Estados Unidos, como a Seção 301, o presidente Lula comentou sobre os esclarecimentos apresentados por seu governo», diz a nota.
Outras ligações
Nas últimas semanas, Lula intensificou as ligações para líderes de outros países, a fim de discutir formas de defender as relações comerciais entre países e de buscar novos mercados para os produtos brasileiros taxados pelos EUA.
Lula já conversou com os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Também está nos planos de Lula ligações para líderes da África do Sul, Alemanha e União Europeia.
A sobretaxa de 50% para entrada de produtos brasileiros nos EUA está em vigor desde 6 de agosto.
O Brasil acionou a OMC e respondeu à investigação comercial aberta nos EUA, porém o Palácio do Planalto entende que as negociações estão travadas.
Auxiliares de Lula explicam que a decisão de recuar nas tarifas cabe ao presidente Donaldo Trump. Ele exige o término dos processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que será julgado a em setembro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de estado.
O governo brasileiro descarta qualquer interferência no julgamento e considera o ato de Trump um ataque à soberania nacional.
Mercosul-União Europeia
Segundo a nota do Planalto, Lula e Macron «comprometeram-se a ultimar o diálogo com vistas à assinatura» do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia ainda neste semestre, durante a presidência brasileira do bloco sul-americano.
A França é um dos países que resiste ao acordo por entender que as medidas podem prejudicar os agricultores do país. Lula defende o acordo e entende que, no contexto do tarifaço, é fundamental ampliar a relação comercial com a União Europeia.
O presidente também deseja priorizar negociações com países da Ásia, como Japão, Vietnã e Indonésia.
A nota ainda informa que Lula pretende fazer uma cúpula virtual dos Brics, em setembro, para tratar da «defesa do multilateralismo».
COP30
Macron, segundo o Planalto, confirmou que irá a Belém em novembro para conferência das Nações Unidas sobre Clima, a COP30.
Na conversa, Lula destacou a importância da União Europeia apresentar metas de reduções de emissões «à altura do desafio que o planeta enfrenta».
Ucrânia x Rússia
Lula e Macron também conversaram sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia. O presidente francês acompanhou, na segunda-feira (18), o encontro entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
«Os dois presidentes acordaram continuar diálogo sobre o conflito», registrou a nota do Planalto.
Desde 2023, quando retornou à Presidência, Lula tenta se colocar como um possível mediador para o final do conflito.