Brasil | Ciudadanos se movilizaron en 16 ciudades contra el proyecto de ley de amnistía al expresidente Jair Bolsonaro y otros implicados en el intento de golpe de Estado 2023

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16 capitales de Brasil marchan en rechazo al proyecto de amnistía a Bolsonaro

Las principales ciudades brasileñas fueron escenario este domingo 21 de septiembre de masivas movilizaciones contra el proyecto de ley de amnistía que avanza en el Congreso del país y podría beneficiar al expresidente Jair Bolsonaro y otros implicados en el intento de golpe de Estado que tuvo su punto más álgido en enero de 2023.

La principal demanda de la jornada fue que los diputados den marcha atrás con la iniciativa legislativa que busca indultar o reducir penas a los implicados de la conspiración golpista ejectuada tras las elecciones presidenciales de 2022, que buscaba impedir la asunción del presidente Lula da Silva.

Esto luego que el pasado miércoles 17 de septiembre legisladores de derecha aprobaran por mayoría el debate del proyecto de amnistía en régimen de urgencia, lo que significa que será enviado directamente a votación en el pleno legislativo sin pasar previamente por comisiones.

De aprobarse, la ley beneficiaría en principio a los participantes de los ataques del 8 de enero de 2023 contra las sedes de los tres poderes. Sin embargo, políticos de ultraderecha buscan que el texto se extienda a los otros condenados por intento de golpe de Estado, incluyendo a Jair Bolsonaro, quien fue condenado a 27 años de prisión.

Convocadas por diversos movimientos políticos y sociales bajo el lema “Congreso enemigo del pueblo”, las movilizaciones se replicaron en 16 capitales estaduales, tales como Brasilia, São Paulo, Salvador de Bahía, Río de Janeiro, Belo Horizonte y Manaos, además de municipios medios del gigante sudamericano.

En Río de Janeiro, los legendarios artistas brasileños Chico Buarque, Gilberto Gil y Caetano Veloso fueron ovacionados mientras entonaban la famosa canción “A pesar de você” durante el acto realizado en la playa de Copacabana.

El cantautor Caetano Veloso, de 83 años y referente de la Música Popular Brasileña, expresó al inicio del festejo: “Sin amnistía y con democracia: ese es un Brasil bonito”.

Pese a una intensa lluvia, la marcha en São Paulo congregó a 42 mil personas, según el monitoreo de la universidad USP. Durante casi toda la marcha los presentes desplegaron una bandera gigante de Brasil, en respuesta al acto de apoyo a Bolsonaro realizado el pasado 7 de septiembre, en el que sus simpatizantes llevaron una bandera de Estados Unidos.

Durante la jornada los manifestantes también expresaron su descontento hacia la aprobación en el Congreso de la Propuesta de Enmienda Constitucional de Blindaje (PEC), que busca ampliar los privilegios y dificultar la presentación de demandas penales contra diputados y senadores, además de extender la jurisdicción privilegiada a los presidentes de partidos a nivel nacional.

Las movilizaciones de este domingo contra el proyecto de amnistía también tuvieron eco en ciudades como Lisboa, Londres y Berlín, donde brasileños residentes en el exterior condenaron los ataques contra la democracia brasileña y pidieron que los golpistas no salgan impunes.

Según el corresponsal de teleSUR Ignacio Lemus, la expectativa de gran parte de los brasileños tras esta histórica jornada es “el nacimiento de un movimiento que no se limite a la convocatoria de los artistas y trascienda para la renovación del Congreso, una urgencia de décadas”.

TELESUR


São Paulo tem 42 mil pessoas em ato contra PEC da Blindagem e anistia

Por Flávia Albuquerque

Cerca de 42,4 mil pessoas se reuniram neste domingo (21) na avenida Paulista, na região central de São Paulo, para protestar contra a anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado e a chamada PEC da Blindagem, que prevê exigência de autorização do Congresso para processar criminalmente deputados e senadores. A estimativa de público é do Monitor do Debate Político no Meio Digital, vinculado à USP (Universidade de São Paulo).

Ao todo, 33 cidades tiveram atos, incluindo todas as capitais. Com críticas ao Congresso Nacional, os manifestantes exigiram a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele já está condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, entre outros crimes.

Convocadas pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ligados ao PSOL, PT e movimentos populares, as manifestações contaram com a presença de sindicatos, grupos estudantis, artistas e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), além de outros partidos de esquerda e centro-esquerda.

Reginaldo Cordeiro de Santos Júnior é professor universitário no curso de Serviço Social e esteve na Paulista. Não mora em São Paulo, mas aproveitou que tinha um compromisso na cidade e antecipou a vinda especialmente para participar da manifestação.

“Nós estamos aqui na luta pela democracia contra a PEC da Blindagem, na luta contra todo o retrocesso do que foi conquistado em 1988. Isso é muito importante para que a juventude entenda tudo que a gente conseguiu conquistar em 1988 com a Constituição Federal. A gente precisa trazer à tona toda essa problemática que está sendo posta no Congresso brasileiro”, disse.

Professora aposentada pelo estado de São Paulo, Miriam Abramo teme pela volta da ditadura no Brasil e acredita que a PEC da Blindagem pode ser um encurtamento do caminho para que o país reviva o período.

“Estou aqui porque tenho 75 anos e eu vivi a época na qual você não tinha direitos de nada. Eu votei pela primeira vez para presidente da República quando eu tinha 40 anos e eu não quero que essa juventude espere ter 40 anos para poder escolher seu presidente novamente”, destacou a professora.

O professor de artes marciais Renato Tambellini não apenas foi se manifestar como levou a filha de 12 anos, Luiza, para mostrar a ela a importância da manifestação popular e para que ela já comece a participar. Ele contou que sempre conversa sobre todos os temas com a Luiza e seu irmão.

“Explico a eles que é preciso se mobilizar, reivindicar direitos. E nesse momento é imprescindível, com a gente saindo de uma tentativa de golpe. Acredito que finalmente podemos viver um momento histórico com a condenação de golpistas no país. E temos que estar na rua mostrando que estamos apoiando isso para consolidar ainda mais a nossa democracia”.

Tamikuã Txih, do povo Pataxó, da terra indígena do Jaraguá, na região Oeste de São Paulo, defende que a luta é de todos os povos e que para mudar a situação é preciso tomar as ruas e mostrar a força do povo.

“Precisamos dizer que nós não aprovamos a PEC da Blindagem. Nós não podemos aceitar as grandes atrocidades que o Congresso ou que os futuros parlamentares venham a fazer saindo impunes. Por isso dizemos não à impunidade. Isso é uma angústia e uma vergonha para o Brasil que tem o Congresso articulando na cara do povo para ainda isso terminar com a anistia”.

AGENCIA BRASIL

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