Ordenaron reforzar la vigilancia de Jair Bolsonaro en su prisión domiciliaria
Un juez brasileño ordenó este sábado nuevas medidas para reforzar la vigilancia del expresidente de Brasil Jair Bolsonaro. Se encuentra bajo arresto domiciliario desde principios de agosto y a pocos días de la fase final de su juicio por un presunto intento de golpe de Estado.
En un documento judicial al que accedió la agencia AFP, el juez del Tribunal Supremo Alexandre de Moraes dictaminó «inspecciones en el interior y el maletero de todos los vehículos que salgan de la residencia» de Bolsonaro, ubicada en un complejo residencial de lujo en Brasilia. El magistrado también ordenó la vigilancia de «el área exterior de la residencia (…) adyacente a las viviendas vecinas».
Refuerzan la vigilancia de Jair Bolsonaro
De Moraes justificó esa medida por la solicitud de la administración penitenciaria de Brasilia, según la cual hay «puntos ciegos» no visibles desde la fachada de la residencia, lo que representaría un «riesgo» de fuga.
Esta semana la Policía Federal solicitó autorización para vigilar el interior de la vivienda del expresidente, pero la Fiscalía se opuso. Mientras, de Moraes, que preside el juicio en el Supremo Tribunal Federal, ya había reforzado las medidas de vigilancia, ordenando una presencia policial permanente frente a la residencia desde el 4 de agosto.
Acusado de conspirar para mantenerse en el poder de forma autoritaria tras perder las elecciones de 2022 ante su sucesor Luiz Inácio Lula da Silva, el exjefe de Estado de extrema derecha se enfrenta a aproximadamente 40 años de prisión.
La fase final de este juicio se iniciará el martes próximo, con las deliberaciones de los jueces del supremo para decidir si condenan o absuelven al exjefe de Estado (2019-2022) y a siete de sus antiguos colaboradores.
Tensión en Brasil: la Policía pide vigilancia interna en la casa de Jair Bolsonaro
El expresidente brasileño Jair Bolsonaro enfrenta un nuevo capítulo judicial con fuertes tensiones políticas. Bajo arresto domiciliario desde el 4 de agosto, el líder conservador lleva puesta una tobillera electrónica por orden del juez del Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ahora, la Policía Federal solicitó autorización para reforzar la vigilancia dentro de su casa, alegando riesgo de fuga.
El juez Alexandre de Moraes autorizó este martes el despliegue de un mayor número de agentes en las inmediaciones de la vivienda de Bolsonaro, pero rechazó la petición de ingresar al domicilio. Según el magistrado, no se justifican por el momento “medidas intrusivas” que vulneren la intimidad del exmandatario y de su familia.
Julgamento de Bolsonaro: STF e ministros terão segurança reforçada
Por Manoela AlcântaraPablo Giovanni
A segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos ministros da Corte passará por reforço ostensivo durante os dias de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus acusados de tentar um golpe de Estado. A operação se estenderá, também, aos dias de eventos de 7 de setembro, até a posse do ministro Edson Fachin como presidente da Corte, em 29 de setembro.
O esquema robusto de proteção prevê varreduras na casa de ministros, fechamento da Praça dos Três Poderes e agentes dormindo na sede da Corte, em Brasília. Foi elaborado todo um planejamento conjunto para garantir a segurança.
A análise da ação penal contra Bolsonaro começa na terça-feira (2/9) e vai até o dia 12 de setembro. Com os constantes ataques a ministros do STF e o aumento da exposição de todos eles, desde o 8 de Janeiro, as casas dos magistrados passaram a ser vistoriadas uma vez por semana.
Com o julgamento de Bolsonaro, todo o STF, incluindo as dependências da Primeira Turma, onde ocorrerão as sessões, será submetido a varreadura antes da entrada dos ministros, advogados, jornalistas e assessores. Às 6h da manhã do dia 2 de setembro, a Polícia Federal fará a vistoria com o auxílio de cães farejadores.
A segurança da Corte age em articulação com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para ações conjuntas. Haverá uso de drones, aumento no número de detectores de metais e no número de agentes de segurança. Todo o efetivo de segurança do tribunal trabalhará em turnos para a proteção da Corte.
Foram chamados, ainda, agentes judiciários de outros tribunais, como os do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT); Tribunal Superior do Trabalho (TST); TRF-1, entre outros.
Policiamento 24 horas
Em ação já iniciada, cerca de 30 agentes extras passam a noite no STF para que haja segurança 24 horas. Esses agentes são da Justiça Federal do Rio de Janeiro, do Tribunal Regional do Trabalho do RJ e de São Paulo.
Já nesta segunda-feira (1º/9), às 7h da manhã, a Polícia Militar do DF vai enviar policiamento com viaturas e homens para permanecerem em frente ao STF até o final do julgamento, e durante o 7 de setembro.
“O STF possui um plano estruturado para situações que envolvem grandes eventos ou julgamentos de amplo interesse público. Além das equipes de policiais judiciais do Supremo, haverá uma força-tarefa composta por policiais judiciais do Distrito Federal e de outros. As equipes de segurança trabalham 24 horas / sete dias na semana. A partir desse planejamento e da atualização constante das análises de risco, o STF adapta os meios e estratégias de atuação para garantir a segurança institucional e do público envolvido”, informa o Supremo.
Julgamento do “núcleo crucial”
O presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, marcou para 2 de setembro o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de aliados do chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista. A decisão atende a um pedido do ministro Alexandre de Moraes, que solicitou a definição de data.
Por determinação de Zanin, foram convocadas sessões extraordinárias para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro de 2025, das 9h às 12h, além de uma sessão extraordinária no dia 12, das 14h às 19h. O ministro também convocou sessões ordinárias para os dias 2 e 9 de setembro, das 14h às 19h.
Bolsonaro e aliados, entre eles o ex-ministro Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, são réus por tentativa de golpe, com o objetivo de impedir o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022 e manter o então presidente no poder. O julgamento será presencial.
Confira os réus do núcleo crucial
- Alexandre Ramagem: ex-diretor da Abin, ele é acusado pela PGR de atuar na disseminação de notícias falsas sobre fraude nas eleições.
- Almir Garnier Santos: ex-comandante da Marinha, ele teria apoiado a tentativa de golpe em reunião com comandantes das Forças Armadas, na qual o então ministro da Defesa apresentou minuta de decreto golpista. Segundo a PGR, o almirante teria colocado tropas da Marinha à disposição.
- Anderson Torres: ex-ministro da Justiça, ele é acusado de assessorar juridicamente Bolsonaro na execução do plano golpista. Um dos principais indícios é a minuta do golpe encontrada na casa de Torres, em janeiro de 2023.
- Augusto Heleno: ex-ministro do GSI, o general participou de uma live que, segundo a denúncia, propagava notícias falsas sobre o sistema eleitoral. A PF também localizou uma agenda com anotações sobre o planejamento para descredibilizar as urnas eletrônicas.
- Jair Bolsonaro: ex-presidente da República, ele é apontado como líder da trama golpista. A PGR sustenta que Bolsonaro comandou o plano para se manter no poder após ser derrotado nas eleições e, por isso, responde à qualificadora de liderar o grupo.
- Mauro Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso. Segundo a PGR, ele participou de reuniões sobre o golpe e trocou mensagens com conteúdo relacionado ao planejamento da ação.
- Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa, ele teria apresentado aos comandantes militares decreto de estado de defesa, redigido por Bolsonaro. O texto previa a criação de “Comissão de Regularidade Eleitoral” e buscava anular o resultado das eleições.
- Walter Souza Braga Netto: é o único réu preso entre os oito acusados do núcleo central. Ex-ministro e general da reserva, foi detido em dezembro do ano passado por suspeita de obstruir as investigações. Segundo a delação de Cid, Braga Netto teria entregado dinheiro em uma sacola de vinho para financiar acampamentos e ações que incluíam um plano para matar o ministro Alexandre de Moraes.
As defesas dos réus apresentaram ao STF, em 13 de agosto, as alegações finais. A linha comum seguida pelos advogados dos oito réus foi frisar a falta de provas da acusação para ligar os respectivos clientes à participação no planejamento de um possível golpe de Estado.
A partir deste dia 2/9, a Primeira Turma analisa todo o caso para decidir se condena ou absolve os réus. O colegiado é composto por Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino.