ONU expresó su preocupación por masacre en Río de Janeiro que dejo más de 130 muertos
El secretario general de las Naciones Unidas (ONU), António Guterres, expresó el miércoles su profunda preocupación por la masacre ocurrida en dos favelas de la ciudad de Río de Janeiro que dejó más de 130 muertos.
La declaración fue realizada por su portavoz, Stéphane Dujarric, en una conferencia de prensa celebrada un día después de la masacre ocurrida durante una operación policial contra supuestos narcotraficantes.
De acuerdo al vocero de la ONU, Guterres subraya que «el uso de la fuerza en las operaciones policiales debe cumplir con las leyes y normas internacionales de derechos humanos, e insta a las autoridades a llevar a cabo una investigación inmediata«.
ONU pede investigação sobre mortes em operações policiais no Rio de Janeiro
🇺🇳 Declaração do porta-voz do secretário-geral da ONU sobre a situação no Rio: https://t.co/0uyPcYSgrQ#DefendaOsDireitosHumanos pic.twitter.com/OOIJV4hXab
— ONU Brasil (@ONUBrasil) October 29, 2025
Bajo el supuesto argumento de «contener la expansión del Comando Vermelho», la operación policial coordinada por el gobierno de Río de Janeiro se convirtió en la peor masacre en la historia del estado y en la mayor del país sudamericano, superando la masacre de Carandiru de 1992 dentro de una prisión ubicada en pleno centro de Sao Paulo.
En ese hecho 341 policías militares, fuertemente armados, ingresaron al penal para sofocar un motín. En apenas veinte minutos, asesinaron a 111 presos y dejaron heridos a más de un centenar.
En la víspera, los residentes de las favelas de Alemão y Penha, en Río de Janeiro, seguían contando los cuerpos de sus víctimas. El martes, en el recuento inicial, se contabilizaron 64 personas asesinadas.
Horas después, la cifra ascendió a 132, según datos oficiales publicados por la Secretaría de Seguridad Pública de Río de Janeiro.
⚖️ @STF_oficial determina que o governo do Rio de Janeiro (RJ) preste informações sobre a operação policial nos complexos do Alemão e da Penha. O ministro Alexandre de Moraes convocou audiências na próxima segunda-feira (3/11) para tratar do assunto: https://t.co/TGBGRJNUse… pic.twitter.com/PSL9jUtvk7
— STF (@STF_oficial) October 29, 2025
También el miércoles, el juez del Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenó al gobernador de Río de Janeiro, Cláudio Castro, que presentara aclaraciones sobre la Operación Contenção.
Moraes programó una audiencia para el próximo lunes 3, que se celebrará en Río de Janeiro, para tratar el caso.
La decisión del magistrado se emitió en el marco del proceso conocido como ADPF das Favelas, una acción en la que el Tribunal ya ha determinado medidas para combatir la letalidad policial en la capital de Río de Janeiro.
🚨 COLETIVA DE IMPRENSA | OPERAÇÃO CONTENÇÃO
➡️ A Polícia Civil RJ divulgou vídeo que mostra a manipulação de corpos após os confrontos – pessoas cortando e removendo as roupas camufladas usadas pelos criminosos.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que a… pic.twitter.com/j4lZkX3CCP
— Polícia Civil RJ (@PCERJ) October 29, 2025
El gobernador de Río de Janeiro tendrá que dar explicaciones sobre el operativo, así como sobre las medidas adoptadas para ayudar a las víctimas y sus familias, incluida la presencia de ambulancias.
Según el Tribunal Supremo Federal de Brasil, las autoridades policiales deberán ofrecer respuesta en varios puntos, entre los que se encuentran.
Número de agentes implicados, identificación de las fuerzas implicadas y armas utilizadas; definición previa del nivel de fuerza apropiado y justificación formal para su uso; cifras oficiales de muertos, heridos y detenidos.
🚨 O governador Cláudio Castro se reuniu com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowiski, e anunciou a criação do Escritório Emergencial contra o Crime Organizado, que vai permitir ações 100% integradas entre os órgãos de inteligência.
“Esse é o início de um novo tempo”, afirmou. pic.twitter.com/Olj6zLL4XB— Governo do RJ (@GovRJ) October 29, 2025
Además de la adopción de medidas para garantizar la rendición de cuentas en caso de abusos y violaciones de derechos y medidas adoptadas para ayudar a las víctimas y sus familias, incluida la presencia de ambulancias.
Após mais de 24h, Lula se manifesta pela primeira vez sobre operação no Rio
Por Camila Abrão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou na noite desta quarta-feira (29) pela primeira vez sobre a megaoperação contra o Comando Vermelho realizada no Rio de Janeiro há mais de 24 horas. Em nota, o petista adotou tom cauteloso, evitou críticas ao governador do estado, Cláudio Castro (PL), e cobrou “trabalho coordenado” contra as facções criminosas.
“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, disse o chefe do Executivo.
A operação contra o CV foi a mais letal da história do Rio. Segundo o balanço mais recente, a ação resultou na prisão de 113 pessoas e na morte de pelo menos 119, entre elas quatro policiais. Lula não citou os agentes mortos no confronto com os criminosos.
O presidente destacou a Operação Carbono Oculto deflagrada pela Polícia Federal contra um esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis.
«Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro», disse.
Lula também defendeu a aprovação da PEC da Segurança Pública. Para o petista, a proposta do governo vai «garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas».
Diferentemente de Lula, seus ministros criticaram Castro pela operação. Após o governador reclamar de falta de apoio federal, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que ele deveria “assumir as suas responsabilidades” ou “jogar a toalha” e pedir a implementação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado.
Lewandowski disse não ter recebido um pedido de reforço do governo do Rio. Castro rebateu e afirmou que quem não quisesse «somar» com o estado deveria «sumir». A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também defendeu a aprovação da PEC de Segurança Pública.
«Ficou mais uma vez evidente a necessidade de articulação entre forças de segurança no combate ao crime organizado», disse a ministra. O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, criticou Castro pela suposta falta de ações para asfixiar financeiramente as facções criminosas que agem no estado.
Ao chegar da viagem oficial à Ásia, Lula convocou uma reunião para tratar do tema nesta manhã. Pela tarde, o presidente participou da posse de Guilherme Boulos como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, mas silenciou sobre a operação. Mais cedo, Lewandowski anunciou, ao lado de Castro, a criação de um Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado para a conter a crise de segurança pública no estado.
Veja a íntegra da 1ª declaração de Lula sobre operação no Rio
“Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador.
Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco.
Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro.
Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas.”
Oposição acusa governo Lula de omissão em operação no Rio que deixou ao menos 64 mortos
A liderança da oposição na Câmara dos Deputados divulgou uma nota oficial nesta terça-feira (28) em que acusa o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de omissão diante da megaoperação policial que deixou mais de 60 mortos no Rio de Janeiro.
A ação, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da capital fluminense, mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e resultou em confrontos intensos desde a madrugada.
Em nota assinada pelo deputado federal Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, os parlamentares classificam o episódio como um “estado de guerra” e dizem que a crise escancara “o tamanho do vácuo de comando e da omissão do governo federal diante da violência que devasta a sociedade brasileira”.
“O Rio de Janeiro amanheceu em guerra. Mesmo com pedido formal do governador Cláudio Castro, o governo Lula negou por três vezes o apoio das Forças Armadas. A tropa foi sozinha — enfrentando drones com bombas, barricadas e um arsenal de guerra em poder do crime organizado”, diz o texto.
O comunicado também critica a postura do presidente ao afirmar que o traficante era “vítima do usuário”, em referência à fala de Lula durante viagem à Ásia.
“Vítima é o policial que tombou em combate. Vítima é o trabalhador que teve o ônibus incendiado. Vítima é o povo honesto, aprisionado pelo medo, abandonado por um governo que não tem coragem de enfrentar o crime”, afirma o documento.
Segundo o governo do Rio, o objetivo da operação era desarticular núcleos estratégicos do Comando Vermelho, facção que controla o tráfico em parte da capital e mantém conexões interestaduais.
Nas redes sociais, outros parlamentares da oposição reforçaram o tom crítico contra o governo federal. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) destacou que a operação foi a maior da história do Rio no combate ao crime organizado e que policiais enfrentaram “milhares de tiros de fuzis, barricadas em chamas e até drones com bombas”.
Ele também criticou a ausência de apoio federal e afirmou que “não há outro caminho para buscar a liberdade de milhões de pessoas que vivem sob a lei paralela desses marginais com tamanho poderio bélico”.
A deputada Chris Tonietto (PL-RJ) chamou atenção para a força armada das facções e pediu “prioridade absoluta à segurança pública”, defendendo a política de tolerância zero com o crime. Segundo ela, a bandidagem “tem armas de última geração e consegue dominar quando e onde quiser”, e a situação tende a piorar caso não haja ação firme do Estado.
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que o Rio “amanheceu em guerra” e criticou a postura de Lula, que chamou traficantes de “vítimas”. Para ele, a verdadeira vítima é o cidadão comum, o trabalhador, a mãe que perdeu o filho e o policial que não sabe se voltará vivo para casa.
Ele apontou ainda que decisões do STF proibindo operações em comunidades favoreceram a expansão das facções, e que o momento atual é consequência direta da “covardia institucional e romantização do crime”.
Entenda
A megaoperação da polícia nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28), deixou 64 mortos, entre eles estão quatro policiais — dois civis e dois do Bope. A ação também prendeu 81 supostos traficantes e apreendeu 75 fuzis e 9 motos. Esta é a ação mais letal da história no estado.
A Operação Contenção, que mobiliza 2.500 policiais civis e militares, busca capturar lideranças criminosas do Rio de Janeiro e de outros estados, além de impedir a expansão territorial da maior facção do estado. Os dois complexos abrigam 26 comunidades.
O agente Marcos Vinícius, da 53ª DP (Mesquita), conhecido como Máskara, e o agente Rodrigo, da 39ª DP (Pavuna), foram atingidos por disparos de arma de fogo e não resistiram aos ferimentos. Além deles, outros nove agentes de segurança e três inocentes foram baleados.
A ação, que também conta com promotores do Ministério Público Estadual, foi iniciada a partir de mais de um ano de investigação e mandados de busca e apreensão e de prisão obtidos pela DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes).
