Violento operativo contra el narco en Río de Janeiro: al menos 60 muertes y 80 detenidos
Una megaoperativo policial en las favelas de Alemão y de Penha en Río de Janeiro generó conmoción durante todo el martes por el despliegue de 2500 efectivos del Estado de Río de Janeiro, en la acción policial más sangrienta realizada en esa ciudad de Brasil, que culminó con 64 muertos y 81 detenciones. Cruces entre el Estado (gobernado por el bolsonarismo) y el Gobierno, declaraciones de organismos internacionales y caos en los principales estaciones de trenes y vías de acceso de la ciudad marcaron la jornada. Tras un encuentro de emergencia, se definió sobre el filo de la noche que una comitiva del Ejecutivo viaje para evaluar la asistencia que necesita la población de Río.
El violento operativo comenzó por la la mañana, de acuerdo a las autoridades locales, con el objetivo de desarmar la cúpula del Comando Vermelho, una de las bandas del crimen organizado más poderosas de Brasil. Unos 2.500 policías fuertemente armados entraron en dos zonas populares del norte de la ciudad, donde hubo tiroteos, incendios y enfrentamientos con presuntos criminales.
En medio de las tensiones políticas entre el presidente Luiz Inácio Lula da Silva y el ex presidente Jair Bolsonaro por su condena, el gobernador acusó luego al líder del Partido de los Trabajadores (PT) de no colaborar con el envío de fuerzas federales: «Ya tuvimos tres negativas», dijo el gobernador Claudio Castro en una conferencia de prensa. Sin embargo, el ministro de Justicia y Seguridad Pública, Ricardo Lewandowski, lo desmintió y afirmó que no recibieron ninguna solicitud de ayuda por parte del gobernador de Río de Janeiro para realizar una megaoperación.
Castro también calificó la operación como «la mayor» realizada contra el Comando Vermelho, que junto con el Primer Comando de la Capital (PCC) es una de las más activas bandas del narcotráfico de Brasil. Durante la tarde, los líderes narcos organizaron barricadas en varias zonas de la ciudad como Linha Amarela, Grajaú-Jacarepaguá y Rua Dias da Cruz. Debido a los múltiples bloqueos, el Centro de Operaciones y Resiliencia de Río (COR) elevó el nivel operacional de la ciudad al nivel 2, de una escala de 5. La Policía Militar ordenó el despliegue de todo el personal en las calles y llegó a suspender las actividades administrativas.
Horas después, la Organización de las Naciones Unidas (ONU) pidió a las autoridades de Río de Janeiro «investigaciones rápidas y efectivas», ante el violento operativo desplegado. «Estamos horrorizados por la actual operación policial en las favelas de Río de Janeiro, que según se informa ya ha causado la muerte de más de 60 personas, incluidos 4 policías», subrayaron. Y agregaron: «Esta operación mortal refuerza la tendencia de consecuencias letales extremas de las operaciones policiales en las comunidades marginadas de Brasil».
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, diz que não recebeu nenhum pedido de ajuda do governador do Rio de Janeiro para realização de megaoperação.
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, diz que não recebeu nenhum pedido de ajuda do governador do Rio de Janeiro para realização de megaoperação.
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— GloboNews (@GloboNews) October 28, 2025
Governador afirma que governo Lula negou 3x ajuda ao Rio de Janeiro.
O governador explicou que, desta vez, o Estado não pediu ajuda das Forças Armadas ao governo federal. Segundo ele, o motivo é que os três pedidos anteriores foram negados.
“O presidente já declarou que é… pic.twitter.com/65OvMkBPBi
— Brasil Paralelo (@brasilparalelo) October 28, 2025
El bolsonarismo festejó los operativos de seguridad y criticaron supuesto «abandono» de Lula que fue desmentido
El senador estadual de Río Flavio Bolsonaro, hijo mayor del expresidente ultraderechista, celebró el violento operativo en las redes sociales y cruzó al gobierno nacional por «no haber brindado ningún apoyo», pese a las aclaraciones que hizo el gobernador de que en esta oportunidad no le habían pedido asistencia ni recursos al gobierno de Lula Da Silva. «¡No hay otra manera de buscar la libertad para millones de personas que viven bajo las leyes paralelas de estos criminales con tal poderío militar! ¡Felicitaciones a nuestros policías y al gobernador Cláudio Castro!», escribió quien hace dos días le sugirió al presidente estadounidense Donald Trump que bombardeara lanchas en la costa de Brasil.
🚨ABSURDO o que está acontecendo na Comissão de Segurança Pública da Câmara.
Os bolsonaristas além de comemorarem as mais de 60 mortes na operação de hoje, eles cortaram o microfone dos deputados que como eu e o @pastorhenriquev, estávamos nos solidarizando com as famílias dos… pic.twitter.com/TYRTmcPxDa
— Talíria Petrone (@taliriapetrone) October 28, 2025
Más allá de los comentarios del bolsonarismo, el gobierno federal de Brasil convocó a una reunión de emergencia al final de la tarde de este martes en el Palacio del Planalto para encarar la megaoperación policial en el estado de Río de Janeiro. Apenas terminó el encuentro, la ministra de Relaciones Institucionales, Gleisi Hoffmann, confirmó el inmediato envío de una comitiva hacia Río, encabezada por los ministros de Justicia, Ricardo Lewandowski, y de la Casa Civil, Rui Costa, acompañados por William Marcel Murad, director de la Policía Federal (PF).
Hoffmann dió la noticia en una rueda de prensa y expresó: «Vamos a ver qué es necesario para ayudar a la población de Río de Janeiro».
La Asamblea Legislativa del Estado de Río de Janeiro cuestionó el operativo: «Masacre»
El Comité de Defensa de los Derechos Humanos y de la Ciudadanía de la Asamblea Legislativa del Estado de Río de Janeiro expresó su preocupación por el violento megaoperativo contra el narcotráfico en esa ciudad. El comentario llegó a través de la diputada estadual Dani Monteiro, titular de la comisión, quien a través de su cuenta de X (ex Twitter) aseguró: «Ninguna política de seguridad puede sostenerse con esta masacre. Nos enfrentamos a una operación letal sin precedentes».
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj acompanha, desde o início da manhã, com extrema preocupação a escalada de violência provocada pela megaoperação desta terça-feira (28), que deixou pelo menos 64 mortos, entre eles quatro policiais civis, além de…
— Dani Monteiro (@danimontpsol) October 28, 2025
Y concluyó: «Es grave que el gobernador Cláudio Castro insista en actuar solo, mientras que el Ministerio de Justicia y Seguridad Pública afirma haber respondido con prontitud a todas las solicitudes del Gobierno Estatal para el despliegue de la Fuerza Nacional».
Operação no Rio contra facções criminosas registra 64 mortes
Por Douglas Corrêa
Subiu para 64 o número de mortos na Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha. Dois deles são policiais civis e, outros dois, do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope).
Eles foram mortos em tiroteio na área de mata do Complexo do Alemão. A informação é do Palácio Guanabara.
A Polícia Militar colocou de prontidão toda a tropa. Mesmo o pessoal administrativo está convocado a comparecer aos quartéis.
O número de presos já ultrapassa 100, muitos deles de uma facção criminosa do Pará, escondidos no Rio. Mais de 75 fuzis, além de pistolas e granadas foram apreendidos na ação até agora.
Com a Operação Contenção, realizada desde a madrugada de hoje (28) nos Complexos do Alemão e da Penha, zona norte da cidade, criminosos da facção Comando Vermelho receberam ordens para fechar as principais vias da cidade.
A Linha Amarela foi fechada. Trata-se de uma das principais vias expressas da cidade que liga a Barra da Tijuca e Jacarepaguá ao outro lado da cidade, na Ilha do Governador, na zona norte, cortando dezenas de bairros. A Estrada Salazar Mendes de Morais, que passa junto à Cidade de Deus, também está fechada nos dois sentidos.
A Avenida Brasil, com 54 quilômetros de extensão, que corta toda a cidade, desde a zona portuária do Rio até Santa Cruz, na zona oeste, no outro extremo da cidade, já tem trechos interditados na pista lateral em direção ao centro da cidade, nas proximidades do Complexo da Maré.
Transporte
A Rio-Ônibus que administra os ônibus da cidade do Rio de Janeiro informou que mais de 50 coletivos foram usados como barricadas em diversos pontos da cidade.
Várias ruas de Jacarepaguá também estão interditadas, entre elas a Estrada do Gabinal, Estrada dos Três Rios e Avenida Geremário Dantas.
A via expressa também foi fechada por determinação da Polícia Militar pois criminosos do Morro do Dezoito, na Água Santa, na zona norte, estavam atirando do alto da comunidade em direção à Linha Amarela.
No Méier, a Rua Dias da Cruz, principal ligação do bairro com o centro da cidade ficou fechada por mais de 30 minutos. A PM conseguiu liberar a via há pouco. Já a Avenida Marechal Rondon, no Engenho Novo, de acesso ao centro da cidade, está fechada por ônibus atravessados na pista e por barricadas usando caçambas de lixo.
No sentido contrário, a Rua 24 de Maio que recebe todo o fluxo de veículos do centro da cidade também está fechada, com ônibus urbanos atravessados na pista.
Na ação de hoje, os criminosos do Comando Vermelho usaram drones com bombas que foram jogadas contra os policiais.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e as unidades estaduais da Faetec estão com as atividades acadêmicas suspensas.
