Inicia el juicio contra el “núcleo 4” donde la Fiscalía acusa a uno de los grupos golpistas del 2023 de formar una milicia digital con fondos públicos

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La Fiscalía brasileña acusa a uno de los núcleos golpistas de formar una milicia digital con fondos públicos

El ministro Moraes remarcó que el grupo formado por militares y civiles orquestó desinformación y ataques a instituciones para posibilitar el quiebre institucional.
Este martes comenzó el juicio contra el denominado “núcleo 4” de la trama golpista liderada por el expresidente Jair Bolsonaro, caso que está siendo analizado por la Primera Sala del Supremo Tribunal Federal (STF).

La sesión comenzó con la lectura del informe del ministro Alexandre de Moraes, seguida de una declaración del fiscal general, Paulo Gonet, quien reiteró los puntos principales de la denuncia presentada por la fiscalía.

Tanto el relator como Gonet reforzaron la acusación de que el grupo formó una milicia digital organizada para difundir noticias falsas sobre el sistema de votación, atacar al Poder Judicial y deslegitimar las elecciones de 2022, con el objetivo final de mantener en el poder a Bolsonaro, informó la revista Carta Capital.

El núcleo que está siendo juzgado está integrado por siete acusados: Ailton Gonçalves Moraes Barros (comandante retirado), Ângelo Martins Denicoli (comandante retirado), Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente del Instituto del Voto Legal), Giancarlo Gomes Rodrigues (subteniente), Guilherme Marques de Almeida (teniente coronel), Marcelo Araújo Bormevet (policía federal) y Reginaldo Vieira de Abreu (coronel).

A todos ellos se les imputan delitos graves, entre ellos intento de golpe de Estado, abolición violenta del Estado de derecho, organización criminal armada, daños calificados con violencia y amenazas, y daños a edificios protegidos.

En sus alegatos, el Ministerio Público solicitó la condena de todos los acusados. La defensa, a su vez, negó los cargos y solicitó la absolución.

Según Gonet, el grupo lanzó su ofensiva utilizando recursos estatales para generar desconfianza en la población. Inicialmente, utilizaron la estructura del Estado para generar desconfianza en las instituciones entre la población. Para eso, inundaron las redes sociales con desinformación sobre las autoridades públicas y el sistema electoral.

El fiscal general también enfatizó que este uso indebido fue crucial para otorgar credibilidad técnica a la información manipulada. “El uso indebido de la infraestructura del Estado fue esencial para la manipulación y distorsión de información con apariencia técnica, combatiendo el sistema de voto electrónico y denigrando a las autoridades en el ejercicio de sus facultades”, remarcó Gonet.

Durante el informe, Moraes enfatizó que la Fiscalía General presentó “pruebas sólidas y coherentes” de autoría y materialidad, demostrando la existencia de una red estructurada para erosionar la confianza en las instituciones democráticas.

Gonet, por su parte, afirmó que los acusados “actuaron de manera coordinada y consciente para destruir el Estado de derecho bajo el pretexto de la libertad de expresión”, reforzando que los ataques digitales fueron parte esencial de la trama golpista.

Tras los alegatos de la fiscalía, cada defensa, en orden alfabético, tendrá hasta una hora para presentar sus argumentos. Una vez concluidos los alegatos orales, el relator presentará su voto, seguido por los magistrados Cristiano Zanin, Luiz Fux, Carmen Lúcia y Flávio Dino, presidente del tribunal.

El juicio continuará en sesiones a puerta cerrada los días 15, 21 y 22 de octubre. En caso de condena, los magistrados también votarán sobre las extensiones de las sentencias. Tras la publicación de las sentencias, las partes podrán presentar mociones de aclaración.

Con el juzgamiento de este núcleo de la trama golpista, el STF está dando continuidad al proceso que ya condenó a miembros del Grupo 1, incluyendo a Jair Bolsonaro. Además, para los meses de noviembre y diciembre está programado el inicio de los juicios de los Grupos 3 y 2 de la intentona de golpe de Estado.

LA DIARIA


Golpe: Moraes inicia julgamento do Núcleo 4 com leitura de relatório

Por Felipe Pontes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu início ao julgamento dos réus do Núcleo 4 da trama golpista, com a leitura do relatório da ação penal que apura a tentativa de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder mesmo após ter perdido as eleições, em 2022.

Esse grupo foi apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o “núcleo de desinformação” e é composto por sete réus, entre militares e civis.

“Os réus propagaram sistematicamente notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizaram ataques virtuais a instituições e também a autoridades que ameaçavam os interesses da organização criminosa”, resumiu Moraes a respeito da denúncia.
Em seguida, o ministro seguiu apontando os fatos investigados que foram considerados crime pela PGR.

Segundo a acusação, por exemplo, foi montada uma chamada Abin Paralela, que utilizava a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência para monitorar adversários do grupo criminoso.

Outro ponto central da denúncia diz respeito a uma campanha de difamação e ataques virtuais contra os comandantes do Exército e da Aeronáutica em 2022, com o objetivo de pressioná-los a aderir aos planos golpistas.

Réus
Fazem parte deste núcleo:

Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército);
Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército);
Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército);
Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército);
Marcelo Araújo Bormevet (policial federal) e
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).
Eles respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Em geral, as defesas afirmaram, em alegações finais por escrito, que a PGR não conseguiu individualizar as condutas de cada réu nem apresentou provas cabais dos crimes, sendo o processo composto apenas por indícios e suposições, numa narrativa genérica.

Na leitura do relatório, Moraes resumiu os argumentos de cada defesa, mas os advogados dos réus ainda terão a oportunidade de falar durante o julgamento.

Sessão
Antes das defesas, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, faz sua sustentação oral, reiterando o que considera serem as provas dos crimes imputados.

A sessão de julgamento começou pouco depois das 9h. A previsão é de que apenas as manifestações de acusação e defesa ocorram neste primeiro dia, embora tudo dependa do ritmo de condução dos trabalhos.

Foram reservadas mais três sessões para finalizar o julgamento, previstas para os dias 15, 21 e 22 deste mês, nas quais os ministros da Primeira Turma devem votar sobre a absolvição ou condenação dos réus.

O colegiado é formado pelo relator ministro Alexandre de Moraes, e pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Núcleos 
O julgamento do golpe de Estado foi dividido pela PGR, com aval do Supremo, em diversos núcleos, agrupados de acordo com seu papel dentro da organização criminosa.

Como integrante do Núcleo 1, ou “crucial”, o próprio Bolsonaro já foi condenado pela Primeira Turma do Supremo como líder da organização criminosa. Outras seis pessoas também foram condenadas.

Além do Núcleo 4, serão julgados ainda neste ano os núcleos 2 e 3. O julgamento do Núcleo 3 está marcado para 11 de novembro. O grupo 2 será julgado em dezembro.

AGENCIA BRASIL


 

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