Brasil | Lula habló en el aniversario del PT y dijo que va a luchar contra el regreso «del genocida»

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Lula dijo que gobernará para los más pobres y que trabajará contra el regreso del genocida

El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmó este lunes que regresó al poder «sin odio» para respetar sus orígenes y gobernar para los más pobres, y prometió que trabajará para que «nunca más un genocida pueda elegirse en base a la industria de mentiras», en referencia a su antecesor, Jair Bolsonaro, durante un encendido discurso por el aniversario número 43 del Partido de los Trabajadores (PT).

«Muchos se preguntan qué Lula va a gobernar este tercer mandato y yo les digo que el que gobierna este país es el que no se olvida de sus orígenes, el que vivió en casas que se inundaban por las lluvias, el que pasó hambre y conoció el pan por primera vez a los siete años», dijo.

«Lula volvió para cambiar este país, para que ningún niño más muera de hambre», agregó Lula este lunes por la noche en Brasilia, en la convención partidaria para festejar el aniversario del PT, fuerza que el fundó en 1980 en San Pablo.

Emocionado, el mandatario hizo un repaso de su trayectoria y de la fundación del PT en la dictadura militar y califiicó a su fuerza como «el mejor partido político del mundo» porque nació «de abajo hacia arriba».

En el evento estuvieron los principales referentes del partido y sus aliado, entre ellos el exjefe de gabinete José Dirceu, extitular del PT y condenado por corrupción en los escándalos del Mensalao y del Petrolao que fue reivindicado por Lula durante su discurso, en una escena inédita desde que el dirigente abandonó el primer gobierno del partido en 2006.

«Todo lo que hicimos en 13 años fue destruido por el golpe contra Dilma y el mandato de cuatro años de un genocida que debe ser juzgado por la cantidad de personas que murieron durante su gobierno», aseguró.

En ese marco, dijo que trabajará para que «nunca más un genocida pueda elegirse en base a la industria de mentiras», en referencia a Bolsonaro, cuyo entorno está diseminando que busca volver en las elecciones de 2026 pese a la apertura de procesos judiciales en su contra.

Lula también sostuvo que la militancia debe tener paciencia para explicar el pensamiento del partido y del gobierno: «Debemos repartir felicidad porque no se puede ser feliz en soledad».

El exsindicalista agradeció a la militancia por la vigilia montada en Curitiba, frente a su lugar de detención, que durante 580 días reclamó por su liberación de una condena por corrupción que fue anulada por la corte suprema por manipulación política y falta de pruebas.

«Nací para cuidar de la gente de mi país, nací para ser un cuidador de las calles haciendo que el pueblo levante cabeza y luche por sus derechos», djio Lula, en una acto en el que estuvo presente la expresidenta Dilma Rousseff y la titular del PT, Gleisi Hoffmann, como principales oradoras.

Hoffman fue reelecta al frente del partido hasta 2025 y fustigó la política del titular del Banco Central, Roberto Campos Neto, de mantener la tasa de interés de referencia en 13,75%, supuestamente para enfriar la economía.

Campos Neto es un bolsonarista que asumió en 2021 y tiene mandato hasta 2024 en el marco de la nueva ley de independencia del Banco Central, que impide al vencedor de las elecciones designar al jefe de la autoridad monetaria.

Telam


Lula chama Bolsonaro de genocida, enaltece PT e agradece a Dirceu em festa do partido

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou a comemoração do aniversário de seu partido para atacar o seu antecessor Jair Bolsonaro (PL), o chamando de genocida que foi eleito na base da mentira.

«Vou lutar pelo nosso partido e vamos lutar pelo povo brasileiro, para que nunca mais um genocida ganhe eleições com base na mentira e na indústria da mentira», disse Lula, na noite desta segunda-feira (13), em Brasília.

O evento contou com a presença também de outras lideranças do partido, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e teve como um dos principais protagonistas o ex-ministro José Dirceu.

Mencionado nos discursos do mandatário e da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, Dirceu, principal auxiliar de Lula em sua primeira vitória presidencial, em 2002, foi um dos mais aplaudidos no ato que comemorou os 43 anos do partido.

O político mantém ampla influência dentro do partido, mas optou por sair dos holofotes nos últimos anos após ser preso pelo escândalo do mensalão.

Ele circulou com desenvoltura no evento e militantes fizeram fila para cumprimentá-lo e para fazer foto com o ministro mais poderoso da primeira gestão de Lula, em 2003.

A força de Dirceu dentro do PT ficou clara em diversos momentos neste ano, após a posse de Lula. Seu filho e herdeiro político, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), por exemplo, foi indicado para para ser o líder da bancada petista na Câmara.

Na noite de Réveillon oferecida pelo criminalista Antônio Carlos de Almeida de Castro, conhecido como Kakay, no dia 31 de dezembro, também foram dadas várias demonstrações da influência de Dirceu no PT.

A comemoração reuniu integrantes da equipe do terceiro governo Lula, inclusive ministros. Ao discursar minutos antes da virada do ano, o anfitrião descreveu Dirceu como o maior político da história do Brasil.

Ao discursar no aniversário do PT nesta segunda-feira, Lula fez menção a Dirceu.

«Companheiros e companheiras, eu quero agradecer cada um de vocês, mulheres e homens. Companheiro José Dirceu, agradecer a você porque eu sei o quanto você foi solidário ao que eu passei. Quero agradecer a todos os presidentes do partido e aqui estou vendo a Gleisi e o Rui Falcão, José Dirceu e eu mesmo já fui presidente [do partido]», disse.

Lula ainda enalteceu em diversos momentos a história do PT e as dificuldades enfrentadas na trajetória do partido. Assim como vem fazendo recentemente, voltou a afirmar que a queda de Dilma Rousseff se tratou de um golpe e afirmou que os mandatos de Michel Temer (MDB) e Bolsonaro destruíram as políticas implementadas pelo seu partido

«Tudo o que fizemos no governo do PT foi destruído em seis anos, depois do golpe e depois do mandato de quatro anos do genocida que precisa de ser julgado

Dilma, por sua vez, foi aplaudida de pé e teve seu nome gritado pelos presentes ao ser citada em um vídeo sobre a história política do partido.

A ex-presidente também atacou Jair Bolsonaro, ao comparar o seu comportamento com o de Lula. Disse que o atual mandatário é um «grande líder».

«Aquele líder que caminhou de cabeça erguida. Não fugiu, não correu, não se esquivou, não saiu do Brasil. Ficou aqui e enfrentou os 580 dias de prisão», afirmou Dilma, em referência ao fato de Bolsonaro estar atualmente na Flórida.

Estiveram presentes no ato algumas figuras históricas do partido, mas que estavam afastadas das atividades políticas e inclusive do atual governo Lula, após terem sido alvos de denúncias de corrupção.

O ex-presidente do partido José Genoino, também condenado no caso do mensalão, gravou um vídeo que foi veiculado no ato, no qual afirmou que a legenda precisa «atualizar a sua linha política» e que o governo Lula 3 «não pode errar».

«Vale a pena esse grande projeto ser fortalecido. Temos que atualizar a nossa linha política e mudar os métodos de organização para que o PT se coloque à altura de construir um polo à esquerda nesse momento que vai ser preciso a gente não errar no atendimento à população mais pobre, excluída, as mulheres, os indígenas, LGBTQIA+, a nova classe trabalhadora, a luta contra o racismo e pela soberania nacional», afirmou.

O também ex-presidente do PT Ricardo Berzoini afirmou que o atual governo vai enfrentar dificuldades, por contar com uma base de apoio muito «heterogênea».

«Que nós tenhamos essa consciência de que esse governo vai ser um governo difícil, com a base muito heterogênea. Então o PT precisa construir o seu caminho, junto com o governo, mas o seu caminho próprio dentro desse processo, para preparar o futuro», afirmou.

O clima na comemoração do primeiro aniversário do PT após a volta do partido ao poder era de festa.

Depois de um período de baixa popularidade devido à crise econômica desencadeada no governo Dilma e pelo impeachment da ex-presidente, o partido voltou ao Palácio do Planalto neste ano com a vitória de Lula no pleito de 2022.

O petista ficou inelegível pela condenação na Lava Jato, mas foi reabilitado politicamente pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e pôde concorrer à presidência ano passado.

Na entrada do aniversário da legenda, ambulantes vendiam bonecos com o rosto do Lula e diziam que a peça servia para «expulsar o fascismo e o bolsonarismo», em referência ao ex-presidente Bolsonaro.

Camisetas e outros objetos com referência ao mandatário também foram comercializados e, no momento em que Lula subiu no palco, a militância entoou gritos de campanha.

Diversos ministros e parlamentares estavam no palco em que Lula discursou.

No centro do espaço, porém, foram reservados lugares para apenas quatro pessoas: Lula, Dilma, Gleisi, e Paulo Okamotto, novo presidente da Fundação Perseu Abramo.

Durante sua fala, Gleisi também pediu o julgamento dos autores dos ataques de 8 de janeiro. Nesse momento, cantou o slogan que vem sendo repetido em praticamente todos os eventos do governo, na qual pede que não haja anistia para os golpistas.

«Os que atentaram contra a democracia, contra o povo e o país, desde antes do infame dia 8 de janeiro, hão de responder por seus crimes, para que não voltem a repeti-los. É sem anistia», completou.

Dessa vez, Lula não usou o seu discurso para atacar o Banco Central, como vem fazendo nas últimas semanas. No entanto, coube a Gleisi atacar a instituição, que estaria repetindo o coro dos mais privilegiados da sociedade, «corroborando mentira».

«Está na hora de enfrentarmos esse discurso mercadocrata dos ricos desse país, que temos risco fiscal. Qual risco? De não pagar a dívida? Mentira. Nossa dívida é toda em reais, numa proporção razoável do PIB. Ainda temos as reservas internacionais, deixadas pelo PT», afirmou.

«Eles mentem, e o Banco Central, uma autarquia do Estado brasileiro corrobora com a mentira, impondo um arrocho de juros elevados ao Brasil. Isso tem que mudar. Temos um mercado antiquado, atrasado que não percebeu ainda as mudanças internacionais. E nós temos de parar de ter medo de debater política econômica, seja ela monetária, fiscal ou cambial e tentar nos acomodar ao que eles querem ou pensam», completou.

Folha Uol


PT aprova resolução para propor que Campos Neto explique no Congresso a política de juros do BC

O Diretório Nacional do PT aprovou nesta segunda-feira (13) uma resolução para propor que o presidente do Banco Central (BC), o economista Roberto Campos Neto, explique no Congresso Nacional a política de juros da instituição.

Nas últimas semanas, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e integrantes do PT endossaram críticas à atuação do BC e de Campos Neto – que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Eles reclamam dos juros altos, atualmente a 13,75% ao ano, o maior patamar em seis anos. A taxa tem sido mantida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central.

Desde 2021, o Banco Central é autônomo, em razão de proposta aprovada pelo Congresso e sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Com isso, Lula não pode demitir o presidente do banco.

O líder da bancada do PT na Câmara, Zeca Dirceu, publicou na tarde desta segunda-feira no Twitter que «já passou da hora o debate sobre os juros altos no Brasil».

«O presidente do Banco Central, Campos Neto, prestaria um grande serviço ao país, se antecipando e vindo por conta própria ao Congresso», escreveu.

Mais tarde, em um evento do aniversário do PT, Gleisi Hoffmann reforçou as críticas dos petistas a Campos Netto.

«[O Banco Central] impondo arrocho de juros elevados ao Brasil. Isso tem que mudar. Temos um mercado antiquado, atrasado, que não percebeu ainda as mudanças internacionais. E nós temos de parar de ter medo de debater política econômica, seja ela monetária, fiscal ou cambial», disse a presidente do PT.

G1

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