Bolsonaro cita a 15 testigos para su defensa en el juicio por intento de golpe de Estado
El expresidente brasileño Jair Bolsonaro citó a 15 testigos para su defensa en el juicio penal que afronta por supuestamente «liderar» un complot golpista contra su sucesor, Luiz Inácio Lula da Silva, informaron este lunes fuentes oficiales.
Entre los convocados por el líder ultraderechista, ingresado actualmente en un hospital tras ser operado de una oclusión intestinal, está el gobernador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, y otros antiguos ministros de su Gobierno (2019-2022).
También el que fuera su vicepresidente, el general retirado y hoy senador Hamilton Mourão, de acuerdo con la estatal Agência Brasil.
Otros testigos que figuran en la lista enviada este lunes por la defensa del exmandatario a la Corte Suprema son el general del Ejército Marco Antônio Freire Gomes y el brigadier Carlos Baptista Júnior.
Ambos fueron comandantes del Ejército y la Aeronáutica, respectivamente, y declararon a las autoridades que se reunieron varias veces con Bolsonaro y sus asesores más próximos, y que estos los invitaron a apoyar un presunto plan para dar un golpe de Estado, tras las elecciones presidenciales de 2022.
El juicio se celebrará, en fecha aún por determinar, en la Primera Sala del Supremo y girará en torno a una denuncia de la Fiscalía, que acusó a Bolsonaro y a sus aliados más próximos de intentar anular las elecciones de 2022, que perdió ante el progresista Luiz Inácio Lula da Silva, y mantenerse en el poder.
El expresidente brasileño de 70 años, que niega todas las acusaciones y se declara víctima de una «persecución», será juzgado por cinco delitos, cuyas penas máximas sumadas podrían alcanzar los 40 años de prisión.
Según el Ministerio Público Federal, la trama golpista sopesó incluso asesinar a Lula y a otras altas autoridades del país, y protagonizó un último intento de ruptura constitucional el 8 de enero de 2023.
Ese día, miles de simpatizantes de Bolsonaro destrozaron las sedes del Supremo, el Congreso y la Presidencia para incitar una intervención militar que devolviera al poder al capitán retirado del Ejército, que en ese momento se encontraba en Estados Unidos.
Na UTI, Bolsonaro convoca primeira manifestação em Brasília desde atos golpistas do 8 de Janeiro
Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou seus apoiadores para uma manifestação em Brasília a favor da anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro. Marcado para o dia 7 de maio, o ato será o primeiro realizado pelos bolsonaristas desde a manifestação golpista que invadiu os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal em janeiro de 2023.
A convocação ocorre no mesmo dia em que foi noticiado que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, prepara projeto de lei para reduzir a pena dos envolvidos no 8 de Janeiro.
“Manifestação pacífica em Brasília pró-anistia. Compareçam”, diz Bolsonaro no vídeo. O ex-presidente aparece deitado no leito do hospital com uma sonda nasogástrica inserida em seu nariz. Ele está internado desde que passou por uma cirurgia de reconstrução da parede abdominal há 15 dias. Nesta segunda, ele ingeriu água, chá e gelatina pela primeira vez desde o procedimento.
O vídeo com a convocação foi publicado pelo pastor Silas Malafaia, responsável pela organização dos protestos bolsonaristas nos últimos anos. A concentração será na torre de TV de Brasília e, de acordo com Malafaia, os manifestantes caminharão em direção ao Congresso.
O pastor afirmou também que o ato servirá para parabenizar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que “desmascarou a perversa e injusta condenação à Debora do batom”. A cabeleireira foi condenada a 14 anos de prisão por ter pichado “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”.
Fux votou pela condenação, mas propôs pena reduzida de 1 ano e seis meses. O ministro Cristiano Zanin foi favorável à condenação e também sugeriu uma pena menor, de 11 ano.
O vídeo de Malafaia não é a primeira vez que Bolsonaro se manifesta enquanto está internado. Ele participou de uma transmissão ao vivo na terça-feira, 22, para divulgar e vender capacetes de grafeno produzidos por uma empresa da qual é sócio.
O STF aguardava o ex-presidente deixar o hospital para intimá-lo sobre a abertura da ação penal do plano de golpe. Como Bolsonaro participou da transmissão, o Supremo entendeu que ele “demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado” sobre o início da ação penal. A ordem foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro reclamou com a oficial de Justiça encarregada da tarefa e fez críticas a Moraes. O advogado do ex-presidente, Paulo Cunha Bueno, disse que Bolsonaro foi “foi surpreendido com a inédita diligência de Oficiala de Justiça” e que o Código de Processo Penal proíbe a citação de doentes em estado grave, o que de acordo com o defensor é o caso do ex-presidente.