Condenan a diez años de prisión a diputada bolsonarista Zambelli por «hackeo» de órgano judicial
La diputada Carmen Zambelli, próxima a los postulados del exmandatario de Brasil Jair Bolsonaro, fue sentenciada a diez años de prisión por piratería informática y falsedad ideológica después del “hackeo” al sistema electrónico del Consejo Nacional de Justicia (CNJ), ocurrido en 2023.
Moraes e Dino votaram para condenar a Zambelli a 10 ANOS DE PRISÃO por invasão ao sistema do CNJ. Alguns dias são melhores do que outros… pic.twitter.com/O3R9Ypgols
— Cesar Calejon (@cesarcalejon1) May 9, 2025
En este asalto al sistema judicial, Walter Delgatti, “hacker”, intentó dictar una orden de arresto falsa contra el exministro de Justicia y actual magistrado del Tribunal Supremo de Brasil, Alexandre de Moraes, quien votó a favor de la sentencia, un episodio en el que se imputa a Zambelli de ser la creadora intelectual.
Por su parte, Delgatti ha sido condenado a ocho años y tres meses de cárcel, y abonar dos millones de reales de Brasil (cerca de 220.000 euros) por daño moral colectivo.«Soy víctima de una persecución política que viola no solo mi honor personal, sino también los principios más básicos del Estado de derecho», indicó la diputada sentenciada en las redes sociales.
La diputada bolsonarista ya había sido objeto de investigación por la Justicia brasileña después de emplear un arma de fuego para perseguir a un individuo en la vía pública de Sao Paulo.
Zambelli apuntó a un individuo en una vía pública de Sao Paulo, en octubre de 2022, justo antes de las elecciones. Al salir de un restaurante en la calle Alameda Lorena, la diputada escuchó a un grupo de personas corear el nombre del actual presidente Lula da Silva.
Julgamento de Carla Zambelli: saiba como votaram os ministros da Primeira Turma do STF
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar nesta sexta-feira, 9, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Até o momento, votaram os ministros Alexandre de Moraes, relator do processo, Cristiano Zanin e Flávio Dino.
Moraes propôs a condenação a 10 anos de reclusão, em regime inicial fechado, para a deputada. Com a sentença, ela perde o mandato na Câmara. O relator foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin (presidente da Primeira Turma). Ainda restam votar Cármen Lúcia e Luiz Fux.
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O hacker Walter Delgatti Neto, que teria sido cooptado por Zambelli para praticar o crime, também está sendo julgado. Moraes votou pela condenação dele a 8 anos de 3 meses de reclusão.
Até o momento, apenas Moraes apresentou um voto escrito no plenário virtual. Dino, por sua vez, acompanhou o relator.
O ataque aos sistemas do CNJ se deu em janeiro de 2023. No crime, foi emitido um mandado falso de prisão contra Moraes. «Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L», dizia o documento falso.
Também foi produzido um recibo de bloqueio de R$ 22,9 milhões em bens do ministro. O valor corresponde à multa imposta por Moraes ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, por questionar as urnas eletrônicas nas eleições de 2022. Havia ainda uma ordem, também falsa, para quebrar o sigilo bancário do ministro.
Veja como votaram os ministros:
Alexandre de Moraes
O ministro relator do processo, Alexandre de Moraes, afirmou no voto que Zambelli e Walter Delgatti mantiveram uma «ligação umbilical» com «objetivos antirrepublicanos». Moraes também associou o ataque hacker aos atos golpistas de 8 de Janeiro. «A correlação temporal entre esses eventos não é meramente coincidencial», defendeu.
O ministro também disse que Zambelli buscou atacar a credibilidade do Poder Judiciário. O relator afirma ainda que a prática buscava expor «falsamente suas fragilidades simulando atos judiciais inexistentes» e é uma estratégia «recorrente em processos de erosão democrática».
O relator descreveu que a participação de Zambelli, segundo a versão de Delgatti, foi corroborada por documentos e relatórios policiais, assim como nos depoimentos das testemunhas ouvidas.
«O elemento probatório mais significativo a corroborar a versão do acusado Walter Delgatti Neto consiste na localização de arquivos idênticos nos dispositivos eletrônicos de ambos os acusados», apontou Moraes.
Flávio Dino
O ministro Flávio Dino acompanhou o relator. Ele não anexou um voto separado no sistema de votação virtual do STF.
Cristiano Zanin
O presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, seguiu a linha de Moraes e também associou a invasão hacker aos sistemas do CNJ com os atos de 8 de Janeiro.
«Os crimes praticados se inserem em um contexto mais amplo de tentativa de ruptura da ordem constitucionalmente estabelecida», disse Zanin.
Ainda segundo o ministro, os sistemas do CNJ não foram invadidos de forma «aleatória» por Zambelli e Delgatti.
«Emerge com nitidez que a conduta de invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça e emitir documentos e expedientes falsos, inclusive mandado de prisão contra Ministro do Supremo Tribunal Federal, não foi aleatória. A materialidade e a autoria estão devidamente comprovadas, nos termos do voto do eminente Relator», afirmou Zanin.