Brasil: Movimientos sociales repudian veto del Congreso y aranceles de Trump
Movimientos sociales y sindicatos de Brasil ocuparon este jueves la Avenida Paulista en São Paulo, en una manifestación que inicialmente surgió como respuesta al veto del Congreso brasileño a proyectos del Gobierno de Luiz Inácio Lula da Silva destinados a incrementar los impuestos sobre grandes empresas y transacciones bancarias.
Sin embargo, la protesta se transformó en una marcha de repudio a los aranceles impuestos por el presidente estadounidense Donald Trump contra Brasil.
La movilización mostró a una multitud reunida en uno de los principales ejes financieros de la ciudad, con banderas y carteles que expresaban su descontento.
«La manifestación había nacido como respuesta al veto del Congreso contra los proyectos del Gobierno de Lula que pretendían cobrar más impuestos sobre grandes empresas y transacciones bancarias, pero ante la coyuntura se convirtió en una marcha de repudio a los aranceles impuestos por Trump contra Brasil,» señaló el periodista Nacho Lemus de teleSUR en su publicación en X.
“Ahá, uhú. Brasil es nuestro!”
Integrantes de la @bfeministapsol queman muñeco de @realDonaldTrump en la av. Paulista como respuesta a los aranceles impuestos por el presidente estadounidense contra Brasil. pic.twitter.com/c4HRLJbg3e
— Nacho Lemus (@LemusteleSUR) July 10, 2025
Las imágenes revelaron una densa concentración de personas, con una fuerte presencia de banderas y símbolos de movimientos sociales y sindicales, así como consignas que reclamaban la defensa de la soberanía nacional.
El contexto de esta protesta se enmarca en un clima de tensiones comerciales entre Brasil y Estados Unidos, exacerbado por la decisión de Trump de imponer aranceles del 50 por ciento a productos brasileños.
Movimientos sociales y sindicatos ocupan la av. Paulista.
La manifestación había nacido como respuesta al veto del Congreso contra los proyectos del gobierno de Lula que pretendían cobrar más impuestos sobre grandes empresas y transacciones bancarias, pero ante la coyuntura se… pic.twitter.com/eEOOfPwI5C
— Nacho Lemus (@LemusteleSUR) July 10, 2025
En tanto, el presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunció la elaboración de una Ley de Reciprocidad Económica como medida de respuesta a los aranceles impuestos por Estados Unidos a las exportaciones brasileñas.
La iniciativa de Lula busca contrarrestar el impacto de los aranceles, que han sido calificados como «insostenibles» por las autoridades brasileñas. «Vamos a elaborar una Ley de Reciprocidad Económica para que, si Estados Unidos impone aranceles a Brasil, Brasil pueda responder de la misma manera,» declaró Lula, enfatizando la necesidad de defender la soberanía económica del país.
La protesta no solo abordó cuestiones fiscales y económicas, sino que también puso de relieve la percepción de una injerencia externa en los asuntos internos de Brasil, alimentando un discurso de soberanía nacional.
Protesto contra tarifaço e pela taxação de super-ricos reúne 15 mil em São Paulo
Uma manifestação em São Paulo contra o tarifaço de Donald Trump e pela taxação dos super-ricos reuniu aproximadamente 15,1 mil pessoas na noite desta quinta-feira 10, segundo uma estimativa do Monitor do Debate Político, formado por pesquisadores da Universidade de São Paulo.
A contagem ocorreu no momento de pico, às 19h30, a partir de fotos aéreas analisadas com um software de inteligência artificial. A margem de erro é de 12% para mais ou para menos — havia, portanto, entre 13,3 mil e 16,9 mil pessoas naquele momento.
Sob o mote “Centrão, inimigo do povo”, o ato na Avenida Paulista teve a organização das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, com o apoio de centrais sindicais e movimentos sociais. Também houve mobilização em outros locais, como Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Fortaleza, Curitiba, Maceió, Florianópolis, Vitória, Cuiabá e São Luís.
Protesto em São Paulo, em 10 de julho de 2025. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Entre os políticos presentes no ato em São Paulo estavam os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL), Erika Hilton (PSOL) e Rui Falcão (PT), o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) e o vereador Nabil Bonduki (PT).
A manifestação ocorreu um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma taxação de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, disseminando desinformação sobre o processo contra Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal e sobre os dados da balança comercial entre brasileiros e norte-americanos.
“Se o Trump está imaginando que o Brasil é república de bananas, ele que tire o cavalinho da chuva”, disse Boulos no protesto. “Já se foi o tempo em que o Brasil falava grosso com a Bolívia e fino com os Estados Unidos. Isso pode ser com Bolsonaro, que bate continência para a bandeira deles ou com o Eduardo Bolsonaro, que vai se esconder debaixo da saia do Trump em Miami. Mas com o Lula não é assim.”
Também estiveram na pauta de reivindicações o fim da jornada 6×1, a aprovação da isenção de Imposto de Renda para quem recebe até 5 mil reais por mês, a taxação dos BBBs — bets, bilionários e bancos —, críticas ao Congresso Nacional por revogar o reajuste do IOF e gritos de “sem anistia”.
Em 29 de junho, um ato convocado por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista reuniu 12,4 mil pessoas, também de acordo com o Monitor do Debate Político. O organizador do protesto contra a possível condenação do ex-presidente pela tentativa de golpe foi o pastor bolsonarista Silas Malafaia.