Lula se plantó ante Trump y cobrará impuestos a las empresas tecnológicas de EEUU
El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, respondió a la provocación de Donald Trump de imponer aranceles al país para manifestarse en contra del juicio contra el ex mandatario Jair Bolsonaro por intengo de golpe de Estado. En un Congreso de la Unión Nacional de Estudiantes en el estado de Goiás, Lula afirmó que va a cobrar impuestos a las empresas tecnológicas norteamericanas. Más temprano en una entrevista con CNN se plantó contra Trump: «Ningún gringo me va a dar órdenes a mi. No. Yo tengo que respetar a mí país, yo soy el que manda en este país».
El presidente brasileño también se quejó porque Estados Unidos no respondió aún ninguna de las propuestas arancelarias que envió en Planalto, en una apuesta por el diálogo. «No recibimos respuesta. La respuesta que recibimos fue el artículo publicado en el periódico, en su correo electrónico, en su WhatsApp, en su sitio web, porque ni siquiera se molestó en enviar una carta», dijo Lula ante el grupo de estudiantes. Después, lo chicaneó: «Estoy seguro de que el presidente estadounidense nunca ha negociado ni el 10% de lo que yo he negociado en mi vida», declaró.
Nesta quinta-feira (17/07), às 20h25, o Presidente @LulaOficial faz pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão em resposta à taxação de 50% sobre os produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos.
Assista para conhecer a posição do Governo do Brasil… pic.twitter.com/1kCEoLZbEe
— Geraldo Alckmin 🇧🇷 (@geraldoalckmin) July 17, 2025
Lula volvió a responder a la posibilidad de que los productos brasileños sean gravados un 50 % a partir del 1 de agosto y recordó que inició su vida política en los sindicatos, en los que aprendió el arte de la negociación. Afirmó que, en una negociación, cada una de las partes debe ceder en algo para llegar a un consenso y subrayó que espera eso de Trump, para aclarar que el presidente de Estados Unidos debe entender que «no será un gringo el que le dé órdenes» a Brasil.
Además denunció que la guerra arancelaria contra Brasil es «política» y no tiene fundamentos. Un informe que publicó Amcham días atrás y citó OUL reveló que el superávit comercial con Brasil alcanzó los 1.700 millones de dólares, una cifra que aumentó en un 500% en comparación con el mismo período de 2024. Más tarde, en una especie de cadena nacional denunció que son «falsas» las declaraciones respecto de que Brasil lleva adelante prácticas comerciales «desleales» y explicó: «Estados Unidos acumula más de 15 años de robusto superávit comercial de 410 billones de dólares».
Lula dijo que seguirán apostando a unas «bunas relaciones diplomáticas» no solo con Estados Unidos sino con todo el mundo. También defendió el sistema de pagos brasileros PIX que ayer Estados Unidos anunció que «investigará». «No aceptaremos un ataque a Pix, que es un patrimonio de nuestro pueblo. Tenemos el sistema de pagos más avanzado del mundo y vamos a protegerlo. Si es necesario usaremos todos los instrumentos legales para defender a nuestra economía incluida, la ley de reciprocidad aprobada por el Congreso nacional», sostuvo.
También mostró su indignación por el apoyo que reciben las políticas agresivas de Estados Unidos por parte de líderes políticos locales, como Bolsonaro y sus seguidores. «Son traidores a la patria, no les importa la economía del país» lanzó.
7/07 | 🔴 Presidente Lula faz pronunciamento sobre tarifaço de Trump
O presidente Lula faz um pronunciamento em cadeia nacional para responder à decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A declaração ocorre em meio à crescente…
— PT Brasil (@ptbrasil) July 17, 2025
Impuesto a las empresas tecnológicas de Estados Unidos
En su discurso a estudiantes, Lula anticipó que avanzará con un gravamen y la regulación a las grandes empresas tecnológicas. «Quería decirles que juzgaremos y gravaremos a las empresas digitales estadounidenses. No aceptamos que, en nombre de la libertad de expresión, utilicen [las redes sociales] para agredir, mentir y causar daño», declaró. Un momento bisagra del gobierno de Lula fue su cruzada contra la red social X, de la que es dueño Elon Musk, porque no cumplía con una orden le había impuesto la justicia brasileña.
Y luego sumó: «En Brasil ningúno está encima de la ley. Es preciso proteger a las familias de individuos y organizaciones que usan las redes para promover golpes y fraude, cometer crímenes de racismo, incentivar violencia contras mujeres y atacar la democracia». Y remató: «La defensa de la soberanía también se aplica a las plataformas digitales extranjeras en Brasil. Para operar en nuestro país, todas las empresas nacionales y extranjeras son obligadas a cumplir las reglas».
Em pronunciamento, Lula diz que tarifaço é «chantagem inaceitável»
Por Wellton Máximo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a separação dos Poderes e disse que ninguém está acima da lei, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão. Em discurso de cinco minutos, o presidente afirmou que responderá com diplomacia e multilateralismo às ameaças do governo de Donald Trump de impor uma tarifa de 50% a produtos brasileiros nos Estados Unidos, que classificou de «chantagem inaceitável».
Sem citar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo julgamento foi citado nas cartas recentes de Trump para justificar o tarifaço, Lula disse que as instituições agem para proteger a sociedade da ameaça de discursos de ódio e anticiência difundidos pelas redes digitais.
“No Brasil, ninguém — ninguém — está acima da lei. É preciso proteger as famílias brasileiras de indivíduos e organizações que se utilizam das redes digitais para promover golpes e fraudes, cometer crime de racismo, incentivar a violência contra as mulheres e atacar a democracia, além de alimentar o ódio, violência e bullying entre crianças e adolescentes, em alguns casos levando à morte, e desacreditar as vacinas, trazendo de volta doenças há muito tempo erradicadas”, declarou o presidente.
Destacando a independência do Judiciário, o presidente disse que não pode interferir em decisões de outros Poderes.
“Contamos com um Poder Judiciário independente. No Brasil, respeitamos o devido processo legal, os princípios da presunção da inocência, do contraditório e da ampla defesa. Tentar interferir na justiça brasileira é um grave atentado à soberania nacional”, acrescentou.
«Chantagem inaceitável»
Lula ressaltou que o Brasil sempre esteve aberto ao diálogo e tenta negociar com os Estados Unidos desde maio, quando o governo Donald Trump impôs uma tarifa de 10% aos produtos brasileiros. O presidente classificou de “chantagem” o uso de informações econômicas falsas para justificar as ameaças do governo estadunidense.
“Fizemos mais de 10 reuniões com o governo dos Estados Unidos, e encaminhamos, em 16 de maio, uma proposta de negociação. Esperávamos uma resposta, e o que veio foi uma chantagem inaceitável, em forma de ameaças às instituições brasileiras, e com informações falsas sobre o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos”, declarou.
Afirmou que o governo está se reunindo com representantes dos setores produtivos, da sociedade civil e dos sindicatos para tentar negociar com os Estados Unidos. Segundo Lula, essa é uma grande ação que diversos segmentos da economia, como a indústria, o comércio, o setor de serviços, o setor agrícola e os trabalhadores.
Lula destacou que o Brasil responderá aos ataques do governo Trump por meio da diplomacia, do comércio e do multilateralismo. “Estamos juntos na defesa do Brasil. E faremos isso de cabeça erguida, seguindo o exemplo de cada brasileiro e cada brasileira que acorda cedo, e vai à luta para trabalhar, cuidar da família e ajudar o Brasil a crescer. Seguiremos apostando nas boas relações diplomáticas e comerciais, não apenas com os Estados Unidos, mas com todos os países do mundo”, acrescentou.
Lula lembrou que, em dois anos e meio de governo, o Brasil abriu 379 novos mercados para os produtos brasileiros no exterior. Reafirmou que o governo pode usar todos os instrumentos legais para defender a economia, como recursos à Organização Mundial do Comércio até a Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso Nacional.
«Traidores da pátria»
O presidente manifestou indignação pelo apoio de alguns grupos políticos ao ataque tarifário do governo Trump.
“Minha indignação é ainda maior por saber que esse ataque ao Brasil tem o apoio de alguns políticos brasileiros. São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no quanto pior, melhor. Não se importam com a economia do país e os danos causados ao nosso povo”, declarou.
Big techs
O presidente acrescentou que a fiscalização das plataformas digitais estrangeiras, um dos itens citados por Trump para justificar a imposição da tarifa, tem como objetivo defender a soberania nacional. Ele ressaltou que todas as empresas que operam no Brasil são obrigadas a cumprir a legislação brasileira.
“A defesa da nossa soberania também se aplica à atuação das plataformas digitais estrangeiras no Brasil. Para operar no nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras são obrigadas a cumprir as regras”, destacou.
Pix
Sobre as reclamações do governo de Trump ao Pix, Lula disse que o governo não aceitará ataques ao sistema de transferências instantâneas, que classificou como um patrimônio do país.
“O Pix é do Brasil. Não aceitaremos ataques ao Pix, que é um patrimônio do nosso povo. Temos um dos sistemas de pagamento mais avançados do mundo, e vamos protegê-lo”, comentou.
Números
O presidente apresentou números para desmentir as alegações do governo norte-americano sobre supostas práticas comerciais desleais por parte do Brasil.
“A primeira vítima de um mundo sem regras é a verdade. São falsas as alegações sobre práticas comerciais desleais brasileiras. Os Estados Unidos acumulam, há mais de 15 anos, robusto superávit comercial de US$ 410 bilhões [com o Brasil]”, declarou.
Em relação ao desmatamento, usado nas alegações de Trump para ameaçar o país, Lula lembrou que o Brasil atualmente é referência mundial na defesa do meio ambiente. “Em dois anos, já reduzimos pela metade o desmatamento da Amazônia. E estamos trabalhando para zerar o desmatamento até 2030”, afirmou.
“Não há vencedores em guerras tarifárias. Somos um país de paz, sem inimigos. Acreditamos no multilateralismo e na cooperação entre as nações. Mas que ninguém se esqueça: o Brasil tem um único dono: o povo brasileiro”, concluiu Lula, ao terminar o pronunciamento.