Centrales sindicales y diputados del PT rechazan las medidas de ajuste

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Centrais sindicais fazem manifestação no Congresso contra pacote de ajustes do governo

Liderados pelo ex-líder do PT Vicentinho (SP) e o deputado Paulinho da Força (SD-SP), dirigentes da CUT, Força Sindical e todas as principais centrais sindicais fizeram um périplo nesta terça-feira pelas presidências da Câmara, com Eduardo Cunha (PMDB-RJ); e do Senado, com Renan Calheiros (PMDB-AL) para pedir a revogação das Medidas Provisórias 664 e 665, que sustentam o pacote de mudanças na área trabalhista e previdenciária. No salão azul do Senado os sindicalistas fizeram uma manifestação e bradaram palavras de ordem do tipo “ô Dilma, presta atenção, ou revoga as MPs ou paramos a Nação!”

— Além da presidente Dilma estão os trabalhadores. Não dá para jogar aqui uma matéria dessa importância sem conversar — disse Vicentinho, que já disse ter apresentado “um monte” de emendas para mudar as MPs patrocinadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy .

No gabinete do presidente Eduardo Cunha, os líderes sindicais desfiaram um rosário de reclamações da presidente Dilma e do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que teria tentado convencê-los das vantagens do pacote. Mas disseram que as negociações com o Planalto não tiveram sucesso porque as MPs já estavam assinadas.

— Queremos buscar aqui no Congresso um espaço de interlocução qualificada para que as medidas não sejam aprovadas em rito sumário. Que se evite o dano no início. Esse vai ser um ano complicado, de demissões, e não podemos pagar essa conta alta sozinhos — apelou Pedro Armengol, secretário adjunto de relações do Trabalho da CUT.

— Esse mês foi um desastre para os trabalhadores. E o governo não conversa, simplesmente jogou esse pacote no nosso colo — completou Ubiraci Dantas Oliveira, presidente da CGTB.

Depois de ouvir todos os dirigentes, o presidente Eduardo Cunha sugeriu que pressionassem os parlamentares membros das comissões mistas de mérito que já analisam as duas MPs, pois nada poderia fazer para mudar ali alguma coisa.

— Em relação às MPs nosso espaço é menor. O que é possível é , depois de terminado esse processo na comissão, fazer uma mesa de negociação e tentar uma conciliação no texto final a ser votado — disse Eduardo Cunha, completando que a Casa sempre estará aberta para os representantes das centrais.

O deputado Paulinho aproveitou o encontro com Cunha para pedir também a derrubada do veto presidencial a correção da tabela do Imposto de Renda em 6,5%, cuja votação foi marcada para o próximo dia 24.

— O veto da correção da tabela do IR será votado no dia 24 de fevereiro, já com o rito novo, com a cédula eletrônica. Um partido deve destacar esse item da correção da tabela para ser votado separado — disse Cunha.

Marta critica pacote

O encontro dos sindicalistas com Renan Calheiros foi acompanhado por vários senadores da bancada petista: Marta Suplicy (PT-SP), Paulo Rocha (PT-PA), Paulo Paim (PT-RS) e Lindbergh Farias (PT-RJ). Alfinetando a presidente Dilma Rousseff, a senadora paulista logo em seguida postou foto do encontro em sua página do Facebook e distribuiu críticas ao pacote , em apoio as centrais, dizendo que não podem arcar com os custos de uma má gestão.

“Os trabalhadores não são responsáveis pela situação atual da economia. E por isso não devem arcar com o ônus da má gestão da coisa pública. Se for para melhorar o que precisa ser melhorado, não pode ser de forma açodada, sem discussão com os interessados e sem tentativa de enfrentar o problema na raiz: por exemplo, na rotatividade que, para diminuí-la, poderíamos investir mais em qualificação, em vez de agir somente no seguro desemprego”.

O Globo

Petistas apresentam emendas contra ajuste fiscal do governo

Chamadas pelas centrais sindicais de “pacote de maldades”, as Medidas Provisórias 664 e 665, que planejam endurecer e dificultar o acesso do trabalhador ao seguro desemprego, pensão por morte, auxílio doença e abono salarial, sofrem pressões na Câmara e no Senado.

Já há uma grande pressão de líderes do PT para que o governo reveja os cortes anunciados logo na posse da nova equipe econômica. Das 435 emendas propostas, 66 são de parlamentares do partido.

O senador pelo Rio de Janeiro Lindbergh Farias argumentou que o governo não pode entrar em conflito com as centrais sindicais e que deveria equilibrar a balança “para que os ricos paguem essa conta”.

Farias apresentou cinco emendas às MPs, entre elas, a criação de novas alíquotas para o Imposto de Renda e revogação da isenção da cobrança do IR sobre lucros e dividendos e remessas para o exterior.

O deputado federal e ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vicentinho, apresentou uma emenda que mantém as regras atuais para o pagamento de pensões no caso de morte por acidente ou doença relacionada ao trabalho. A MP acaba com o benefício vitalício para cônjuges até 35 anos.

Além disso, a senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffman (PT-PR) alegou que as alterações merecem um debate mais amplo com a sociedade. Há, inclusive, pressões para que o governo apresente uma proposta de taxação das grandes fortunas por meio de um projeto de lei complementar.

Brasil de Fato

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