Brasil: Dilma asegura que hay derecho de protestar «pero no de ser violentos” y el PSDB se adhiere a las movilizaciones pro-impeachment

Brasil: Dilma asegura que hay derecho de protestar “pero no de ser violentos” y el PSDB se adhiere a las movilizaciones pro-impeachment
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DILMA: O QUE NÃO TEMOS É O DIREITO DE SER VIOLENTO

A presidenta Dilma Rousseff voltou a comentar ontem (11) as manifestações contrárias ao governo que ocorreram nos últimos dias e as que estão programadas para o próximo domingo (15). Dilma disse que “passou a vida” protestando nas ruas e que não tem o “menor interesse” em restringir o direito à livre manifestação no país.

“Já falei para vocês que sou uma pessoa mais velha e sou de uma época em que não era possível se manifestar. As pessoas que se manifestavam iam direto para a cadeia ou eram chamadas de subversivas ou de nomes piores. Eu passei minha vida manifestando nas ruas, principalmente na minha juventude. Não tenho o menor, mas o menor interesse, o menor intuito, nem tampouco o menor compromisso com qualquer processo de restrição à livre manifestação neste país”, disse, em entrevista a jornalistas em Rio Branco, após entregar casas a famílias atingidas pela enchente no Acre.

Segundo Dilma, como o país não vive uma ditadura, os brasileiros têm o direito de se manifestar, mas sem que haja violência. “A livre manifestação é algo que o Brasil tem de defender e tem, ao mesmo tempo, de defender que ela seja feita de forma pacífica”.

No último domingo (8), enquanto o pronunciamento da presidenta em cadeia nacional de rádio e TV era exibido, moradores de cidades brasileiras protestaram contra o governo com panelaços e buzinaços. Na terça-feira (10), durante evento em São Paulo, a presidenta foi recebida com vaias por parte dos presentes.

No domingo, Dilma deverá enfrentar uma nova onda de protestos. As manifestações estão sendo organizadas por movimentos contrários ao governo em várias cidades do país.

PSDB diz que participará de manifestações contra o governo no dia 15

O PSDB anunciou hoje (11) que vai apoiar as manifestações contra o governo da presidenta Dilma Rousseff convocadas para o próximo domingo (15) em várias cidades do país. O partido acrescentou que participará dos protestos.

“O PSDB, através de seus militantes, simpatizantes e várias de suas lideranças participará, ao lado de brasileiros de todas as regiões do país, desse movimento apartidário que surge do mais legítimo sentimento de indignação da sociedade brasileira”, informa a nota divulgada pelo partido nesta tarde, assinada pelo presidente da legenda, Aécio Neves, e pelos líderes do partido no Senado, Cássio Cunha Lima, e na Câmara, Carlos Sampaio.

No texto, o PSDB diz que as manifestações são legítimas em um país que vive “em plena democracia” e que a liberdade de pensamento é uma garantia constitucional. “O PSDB defende a livre manifestação de opinião e o direito à expressão dos cidadãos e, portanto, apoia os atos pacíficos e democráticos convocados para o próximo dia 15 de março em todo o país.”

Para a legenda, as ações programadas fortificam o ideal democrático. “Mais do que uma garantia constitucional, a liberdade de pensamento e de crítica é fundamento essencial para o fortalecimento da vida democrática e o enraizamento social dos valores republicanos.”

O partido não faz nenhuma referência a eventuais pedidos de impeachment de Dilma, defendido por algumas das entidades que organizam os protestos. “O PSDB repudia a atitude daqueles que, em nome de seus interesses partidários, cerceiam e deturpam o direito à livre manifestação, e tentam convencer a população de que a crítica aos governantes se confunde com atentados contra a ordem institucional e o Estado de Direito.”

No texto, o PSDB diz que um dos principais propósitos dos protestos é cobrar punição para ações corruptas. “Ao contrário de que alguns tentam fazer crer, os protestos que ocorrem nas redes sociais e nas ruas não defendem um terceiro turno, mas a rigorosa apuração de responsabilidades sobre a corrupção endêmica incrustada no corpo do Estado nacional, e cobra o abandono dos compromissos assumidos publicamente com a população”.

EBC

 

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