Para el jefe de Diputados, el impeachment contra Dilma ya no será tratado este año

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El presidente de la Cámara de Diputados, Eduardo Cunha, dijo en reunión con legisladores de su Partido del Movimiento Democrático Brasileño (PMDB) que la posibilidad de abrir un proceso de juicio político contra la presidenta Dilma Rousseff perdió fuerza y que el tema podrá ser retomado como mínimo en el 2016.

«Dijo tener la impresión de que la posibilidad de impeachment perdió fuerza, que no hay en este momento apoyo popular, pese a lo ocurrido con las cuentas de Dilma (en el auditor Tribunal de Cuentas de la Unión, TCU)», dijo el diputado Hildo Rocha (PMDB-MA), quien compartió una cena con Cunha.

La única posibilidad de retomar las discusiones del proceso de impeachment de Dilma sería, según Cunha, si el Congreso ratificara la decisión del TCU de rechazar las cuentas públicas del 2014.

«Si eso ocurre, dijo que el lanzamiento del impeachment vuelve con toda la fuerza, pero que en este año no hay ninguna posibilidad que eso ocurra», agregó Rocha.

Las declaraciones de Cunha fueron hechas el 11 de noviembre, luego que el opositor Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB) anunciara su ruptura con el presidente de la Cámara debido a las acusaciones de evasión fiscal y otros delitos que pesan sobre el legislador.

Existen en la Cámara de Diputados 10 pedidos de impeachment contra la presidenta Dilma Rousseff.

Brasil 247

Impeachment perdeu força e fica para 2016, disse Cunha a peemedebistas

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse a deputados da bancada do PMDB que a possibilidade de deflagração de um processo de impeachment contra Dilma Rousseff perdeu força e ficará para 2016, no mínimo.

A posição foi repassada aos peemedebistas em jantar na casa do presidente da Câmara na quarta-feira da semana passada (11), mesmo dia em que o oposicionista PSDB formalizou publicamente o rompimento com Cunha.

Segundo declarações de deputados que participaram do jantar, todos favoráveis ao impeachment de Dilma, Cunha disse que não irá se posicionar sobre os principais pedidos de afastamento da petista neste ano, diferentemente do que vinha afirmando até então –ele dizia que tomaria uma decisão ainda em novembro.

«Ele disse ter a impressão de que a possibilidade de impeachment perdeu força, que não há nesse momento apoiamento popular, embora o ocorrido nas contas da Dilma [o Tribunal de Contas da União rejeitou a contabilidade de 2014] sejam fato para levar o impeachment adiante», afirmou o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), aliado de Cunha e que participou do jantar.

Segundo o deputado do PMDB do Maranhão, Cunha condicionou a possibilidade de deferir um pedido de impeachment somente se o Congresso ratificar a decisão do TCU pela rejeição das contas de Dilma. «Se isso acontecer, ele disse que a deflagração do impeachment volta à tona com toda a força, mas que neste ano não há a menor possibilidade de isso acontecer», completou Rocha.

O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) fez outra avaliação da fala de Cunha durante o jantar. «Para mim, ele não pensa mais nisso de forma alguma. Se decepcionou com o PSDB, que não sabe de que lado fica e agora precisa estar com o governo».

Acusado de integrar o esquema de corrupção da Petrobras e respondendo a um processo de cassação, Cunha vinha se equilibrando entre oposição e governo na tentativa de angaria apoio para salvar seu mandato. Usa, para isso, a prerrogativa que tem de decidir, monocraticamente, sobre a sequencia ou não de pedidos de impeachment contra Dilma.

Na última semana, ficou clara uma inclinação em direção ao governo após o rompimento anunciado pelo PSDB, para quem é inconsistente a defesa que ele apresentou para explicar o patrimônio milionário que ocultou em contas na Suíça.

Há hoje na Câmara 10 pedidos de impeachment contra Dilma. O principal é o assinado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, documento que é chancelado pela oposição e por movimentos de rua anti-Dilma. Cunha vinha dizendo que iria decidir sobre esse pedido ainda em novembro.

Procurado pela reportagem, Cunha não quis se manifestar.

Folha de S. Paulo

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