Brasil: miles de manifestantes contra Temer en la apertura de los Juegos Olímpicos

Protesto Fora Temer em frente ao Copacabana Palace, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ), na manhã desta sexta-feira (5). Alessandro Buzas/Futura Press
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No dia da abertura, 3 mil protestam contra Temer em Copacabana

Cerca de 3 mil pessoas estão reunidas nesta sexta-feira na praia de Copacabana em protesto contra o presidente em exercício Michel Temer (PMDB), convocado por movimentos sociais reunidos nas Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e Frente de Esquerda Socialista. O ato ocorre horas antes da cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio.

Os manifestantes fecharam às 12h30 a pista da orla junto aos prédios, que até então seguia livre, após a passagem de uma comitiva, quando os ativistas intensificaram os gritos de «Fora, Temer». Taxistas, impedidos de seguir, começaram a buzinar e houve um princípio de tumulto. A polícia tentava, até 12h30, liberar o trânsito.

Os manifestantes começaram a chegar por volta das 9 horas. Na rua Rodolfo Dantas, um grupo de Belo Horizonte vendia desde cedo, a R$ 5, panos de chão estampados com o rosto do presidente em exercício, a R$ 5.

«Estamos vendendo pelo preço de custo, só para poder continuar fazendo. A ideia foi da turma de Belas Artes da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)», disse o estudante de Ciências Sociais Raul Lansky, de 24 anos. A dona de casa Maria do Socorro Quintão, de 50 anos, foi uma das compradoras. «Vou ter o maior prazer de limpar minha casa com esse», afirmou.

Em faixas, as palavras de ordem são «Fora, Temer», «Volta, Querida» e «Stop Coup (Parem em Golpe)». No Copacabana Palace, credenciados para a Olimpíada assistem à manifestação das sacadas. A manifestação provocou um desvio no tour da tocha olímpica pelo Rio.

O Tempo


Copacabana abre onda de protestos contra Temer durante Jogos Olímpicos

“Vamos ter um grande ato aqui, com gente de todo o Brasil, denunciando o golpe para o mundo, aproveitando que é o dia de abertura dos Jogos Olímpicos”, diz o presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, o Marcelinho, sobre as manifestações que marcam o evento esportivo nesta sexta-feira (5). O ato será realizado a partir das 11h, em frente ao Copacabana Palace, na zona sul da cidade.

Com a concentração, os organizadores da mobilização – CUT, movimentos sociais e sindical ligados à Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular e Frente de Esquerda Socialista – preveem grande repercussão internacional para denunciar o golpe parlamentar em curso no país. “A questão da denúncia do golpe tomou uma proporção mundial. Nós tivemos esta semana, inclusive, a discussão da representação do ex-presidente Lula (contra o juiz Sérgio Moro no Comitê de Direitos Humanos da ONU), nós achamos que esse debate tem de ser feito nos tribunais internacionais, não só na América Latina, mas no mundo todo, que não pode conviver com esse golpe de estado”, afirma Marcelinho.

Amanhã, as manifestações ocorrem no período da manhã na praia de Copacabana. À tarde, nos arredores do estádio do Maracanã, palco da cerimônia de abertura das Olimpíadas – a partir de 19h15 com show preliminar; a cerimônia propriamente começa às 20h e deve seguir até as 23h20.

A Frente Brasil Popular também convocou manifestações em diversas cidades para terça-feira (9), quando será votado o juízo de pronúncia no Senado, no processo de impeachment. “Está em jogo o presente e o futuro do povo brasileiro. Agora é a hora: não temos tempo a perder e não temos nada a temer”, diz a Frente Brasil Popular.

As centrais sindicais farão também no dia 16, em todas capitais, atos em defesa dos empregos e dos direitos dos trabalhadores. A data foi escolhida durante assembleias das centrais no último dia 26 de julho.

“A partir desse ato (de amanhã), nós temos algumas construções coletivas acontecendo, tem o pessoal da cultura que fez o Ocupa MinC, e neste momento está lá no Canecão, e tem vários coletivos organizando atividades, mas a nossa ideia aqui é fazer com que durante as Olimpíadas as atividades sejam bem centralizadas”, diz Marcelinho. O Canecão está ocupado desde a madrugada de segunda-feira (1º) pelo grupo de artistas que ocupava a sede da Funarte, no Palácio Capanema, e enfrentou ação de reintegração de posse da Polícia Federal, no último dia 25.

“Durante as Olimpíadas não vamos ter grandes atividades como vai ser na abertura. Teremos pequenas atividades, acontecendo pontualmente em todo o Rio de Janeiro”, diz Marcelinho. “Atividades com enfoque cultural, botando a cultura para fazer esse debate, mas dentro do VLT. No Metrô vai acontecer outra atividade, e isso vai ser descentralizado e nós não vamos divulgar. Não é atividade para chamar massa, mas para chamar atenção”, afirma, sobre a estratégia de manifestação adotada.

Contradições do governo interino

Em nota, a Frente Brasil Popular afirma que o golpe do impeachment tem como alvo «a classe trabalhadora, os setores populares, os direitos sociais, as liberdades civis e democráticas, o patrimônio público, a soberania e o Estado nacional».

O documento também expõe as contradições do governo interino, que adota discurso de austeridade, mas amplia o déficit público. Por outro lado, acaba com a obrigatoriedade de gastos governamentais em saúde e educação, impondo limites que significam um verdadeiro desmonte dos serviços públicos.

Eles também denunciam a diminuição de recursos em programas como o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família, e atacam a proposta de reforma da Previdência do governo Temer, que quer aumentar a idade mínima para acesso às aposentadorias e desvincular do salário mínimo o reajuste dos aposentados.

«Cientes de que as urnas não aprovariam o desmonte do patrimônio público e a retirada de direitos conquistados», o governo golpista, afirmam, promove também a dilapidação do patrimônio público com privatização de empresas estatais no setor elétrico, nos portos e aeroportos, a venda de campos do pré-sal para corporações transnacionais e a venda de terras e demais recursos naturais ao capital internacional.

Rede Brasil Atual


¿Cómo sigue el juicio político a Dilma?
Si el proceso a favor del impeachment contra Dilma Rousseff avanza en el Senado, el presidente del Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, convocará al juicio definitivo contra la suspendida presidenta de Brasil. La votación final se llevará a cabo en el Senado a finales de agosto. En ese caso, se requerirán dos terceras partes de los senadores (54 de 81) para destituir a Rousseff. Si no se logran los 54 votos se levantará la suspensión y volverá a ocupar la presidencia desplazando al presidente interino Michel Temer.

Comisión aprueba informe que recomienda destitución de Dilma

La comisión del Senado responsable del juicio político a la suspendida presidenta Dilma Rousseff aprobó el jueves un informe que la acusa de «atentar contra la Constitución» y recomienda avanzar hacia su destitución.

El informe fue elaborado por el miembro informante del cuerpo, el senador Antonio Anastasia, del opositor Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB), y respaldado por 14 votos, frente a sólo 5 en contra y la abstención del presidente de la comisión, Raimundo Lira, quien no se pronunció pues sólo podría hacerlo en caso de un empate.

El próxima paso hacia la condena de la mandataria será el martes, cuando el mismo informe debe ser votado por los 81 senadores brasileños, en una sesión presidida por el juez y presidente del Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Para que avance el proceso deberá ser votado por mayoría simple, lo que se descuenta.

Así el proceso de destitución entrará en su fase final, y se espera que concluya a fin de este mes.

En el juicio final, los senadores deben decidir si condenan a Dilma, lo que convertiría en presidente definitivo al actual interino Michel Temer. En esta instancia la condena requeirá al menos 54 votos. Si la mandataria suspendida fuera condenada -como se espera- tampoco podrá disputar elecciones por ocho años.

Brasil 247


Temer quer votação antecipada; Dilma apresentará carta à nação

Na reta final do impeachment no Senado, o presidente em exercício Michel Temer e a presidente afastada Dilma Rousseff adotam estratégias para saírem vencedores do processo. Ao longo da última semana, o G1 ouviu os principais responsáveis pelas estratégias políticas da petista e do peemedebista.

Para garantir o afastamento definitivo de Dilma, Temer e seus interlocutores têm tentado articular junto à base aliada no Congresso uma forma de fazer com que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), antecipe para o dia 25 ou 26 deste mês a votação do impeachment no plenário, prevista para o dia 29.

A petista, por sua vez, na tentativa de sensibilizar os parlamentares e retomar o mandato, divulgará nos próximos dias uma carta à nação, que também será entregue aos senadores. No documento, ela irá sugerir, entre outras ações, a realização de um plebiscito para que a população decida sobre se devem ocorrer novas eleições no país.

Carta

Interlocutores de Dilma dizem que o formato para a apresentação do documento ainda não está definido, mas há uma expectativa de que a divulgação já ocorra nos próximos dias.

Auxiliares dizem que, além da sugestão para novas eleições, Dilma vai listar compromissos que pretende seguir caso retome o mandato.

Além disso, outra estratégia que Dilma adotará ao longo da semana será agendar mais encontros com senadores, tanto da base aliada quanto os considerados indecisos.

A petista passou a oferecer nos últimos dias almoços e jantares a parlamentares no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, a fim de convencê-los a votar contra o impeachment.

Dilma também passou a apostar na estratégia de sugerir, em entrevistas e nas redes sociais, que haja mobilizações pelo país, por parte dos militantes contrários ao impeachment, para reforçar a tese de que há um golpe em curso e que um eventual governo Michel Temer será ilegítimo.

Antecipação

Temer tem orientado emissários a encontrar junto à base aliada no Congresso uma alternativa para antecipar em alguns dias a votação.

Entre os senadores, Romero Jucá (PMDB-RR) tem atuado na linha de frente, ao lado de Aloysio Nunes (PSDB-SP), para orientar a base e articular os votos pró-impeachment.

Presidente em exercício do PMDB, Jucá chegou a ser nomeado por Temer ministro do Planejamento em maio, mas teve de deixar o cargo após áudios revelarem que ele sugeria tirar Dilma do Planalto para “estancar a sangria” da Lava Jato.

Segundo relatos de interlocutores do governo, Temer ficou incomodado com a decisão do STF de divulgar, no sábado passado, a previsão de a votação final do impeachment ser iniciada em 29 de agosto. Para o peemedebista, dizem os aliados, como não há sinais de que Dilma conseguirá reverter o impeachment, o ideal seria começar antes disso e concluir o processo até o fim de semana dos dias 27 e 28.

Na avaliação de Temer, relatam auxiliares, o processo precisa ser resolvido antes dessa data porque ele quer participar, já nos dias 4 e 5 de setembro, da Cúpula do G20, em Hangzhou (China), como presidente da República definitivo. “Assim, ele terá peso político para falar com os demais chefes de Estado, não há a menor dúvida”, observou um interlocutor.

Oficialmente, o Palácio do Planalto nega “qualquer tipo de interferência” de Temer no andamento do impeachment. Além disso, afirma que o peemedebista acompanha somente “de longe” o processo, embora “tema” que novas mudanças no cronograma do processo possam atrapalhar votações de projetos prioritários no Congresso, como a PEC que limita o aumento de gastos públicos pelos próximos 20 anos proposta pela equipe econômica.

Acenos à oposição

Segundo relatos de assessores do governo, Temer tem feito acenos nos bastidores de que pretende, concluído o processo de impeachment, procurar os partidos que passaram a ser de oposição, como PT e PC do B.

Pela avaliação, uma eventual aproximação faria Temer contar com o apoio, ainda que informal, de alguns parlamentares de partidos contrários a ele.

Interlocutores do presidente em exercício, dizem, ainda, que ele tem se mostrado disposto a se reunir com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a definição do impeachment pelo Senado, mas um eventual encontro, relatam, dependeria de uma série de encontros prévios entre emissários do peemedebista e pessoas próximas a Lula.

Na leitura do Planalto, um possível gesto entre os dois poderia atrair setores “menos radicais” da oposição e fazer com que Temer consiga aprovar projetos prioritários no Congresso.

Tramitação do impeachment

Nesta quinta (4), a comissão especial do Senado criada para analisar o processo de impeachment aprovou o parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentado na terça (2), no qual ele concluiu que Dilma cometeu ilegalidades e sugeriu que ela deveria ir a julgamento final.

Para a próxima terça (9), está programada no Senado a votação, em plenário, do parecer de Anastasia. Pela previsão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, a análise definitiva sobre o impeachment de Dilma deverá ocorrer no dia 29 deste mês.

O Globo


Abertura da Rio-16 terá menos da metade dos líderes presentes em Londres-12

A cerimônia de abertura da Olimpíada, nesta sexta-feira (5), no Maracanã, reunirá cerca de 40 chefes de Estado e governo, segundo o Palácio do Planalto e o Itamaraty.

O número representa menos da metade dos líderes presentes no início nos Jogos de Londres, em 2012. Há quatro anos, cerca de cem autoridades estiveram presentes na abertura da Olimpíada na capital britânica.

Entre os líderes estrangeiros com presença confirmada no Rio, estarão o presidente da França, François Hollande , o premiê da Itália, Matteo Renzi, e o príncipe Albert de Mônaco, além do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Representará os EUA o secretário de Estado, John Kerry.

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o premiê espanhol, Mariano Rajoy, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, estão entre as principais ausências.

Putin desistiu de ir ao Rio depois de a IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) banir o atletismo do seu país de competições internacionais -decisão depois confirmada pela CAS (Corte Arbitral do Esporte).

Das autoridades brasileiras estão confirmadas as presenças dos ministros dos Esportes (Leonardo Picciani), da Defesa (Raul Jungmann), da Justiça (Alexandre de Moraes) e da Fazenda (Henrique Meirelles), além das do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Também farão parte do grupo o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), o governador afastado do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o governador interino, Francisco Dornelles (PP).

As autoridades serão recebidas em um coquetel no Palácio do Itamaraty, às 17h, no centro do Rio, pelo presidente interino, Michel Temer, e de lá seguirão para o Maracanã.

TOLERÂNCIA

A cerimônia de abertura, que tem início previsto para as 20h,terá como mensagem principal a importância da tolerância em um mundo politicamente complicado, disse o cineasta Fernando Meirelles, diretor criativo do evento.

«O mundo está muito tenso. Existe essa situação política no Brasil, que a gente nunca viu. Nos EUA também está assim, com Trump [candidato republicano à Presidência] e a Inglaterra, com a história de sai ou não sai [da União Europeia]», disse.

Meirelles afirmou que a mensagem é «buscar as semelhanças e celebrar as diferenças, em vez de combatê-las». Além da política, o ambiente será outro foco da abertura dos Jogos.

«Precisamos parar de agredir nosso planeta, o problema da mudança climática é muito grave, não podemos mais brincar com o ambiente.»

A organização dos Jogos vai distribuir mudas de plantas para os atletas e sementes para os convidados.

VAIAS

Logo depois de Temer falar, a organização planeja soltar fogos de artifício no estádio. Segundo a Folha apurou, o objetivo é evitar que as emissoras de TV captem um possível momento constrangedor com vaias ou xingamentos do público contra Temer. A estratégia seria usada com qualquer governante, para impedir interrupções na cerimônia de abertura.

Indagado sobre a operação, Andrucha Waddington, também diretor criativo da abertura, afirmou que «isso é assunto da área técnica, nós nunca pensamos nisso».

Folha de S. Paulo

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